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Um novo DOCG no Piemonte: Terre Alfieri

17 dez 2020, Posted by degustadoresfronte in Notícias e Artigos

Como é comum nos países europeus, os vinhos italianos são classificados conforme a procedência de suas uvas. Tal critério geográfico é a principal referência sobre a qualidade e as características de um vinho. É o contrário do que ocorre no chamado Novo Mundo, nos quais o nome da uva – que geralmente aparece no rótulo – é a principal informação sobre a qualidade e as características de um vinho.

A Itália tem, em ordem crescente de importância, os Vini da Tavola, os IGT (Indicazione Geografica Tipica), os DOC (Denominazione di Origine Controlatta) e os DOCG (Denominazione di Origine Controlatta i Garantita). Estes últimos constituem a elite dos vinhos da bota, dentre os quais podemos citar: Barolo, Barbaresco, Brunello di Montalcino, Vino Nobile di Montepulciano, Chianti e Ovada.

Até 2020, os vinhos Terre Alfieri eram classificados como DOC. No entanto, após árduos esforços, tais vinhos ganharam o status de DOCG, cujo nome é uma homenagem ao poeta Conde Vittorio Alfieri. A produção de vinho ali não é grande, mas tem ótima qualidade. Bem próxima de Asti, produz vinhos basicamente elaborados com as uvas Arneis (branca) e Nebbiolo (tinta), devendo ter em sua composição um mínimo de 85% dessas variedades.

Sete são as comunas da província de Asti aptas a utilizar a denominação: Antignano, Celle Enomondo, Cisterna d’Asti, Revigliasco, San Damiano, San Martino e Tiglione. Já nas proximidades de Cuneo temos Castellinaldo, Govone, Magliano Alfieri e Priocca. Os solos são constituídos pela chamada “areia de Asti” e por sedimentos marinhos datados de 5,3 a 2,6 milhões de anos.

Os Terre di Alfieri podem ser “Superiore”, tendo o Arneis sido envelhecido por 6 meses e o Nebbiolo, por 12 meses, sendo 6 em barricas de carvalho. Há também o Nebbiolo Riserva, que requer 24 meses de envelhecimento, metade deles em barris de carvalho.

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