Degustadores Sem Fronteiras | CARTA ABERTA DE REPÚDIO
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CARTA ABERTA DE REPÚDIO

16 ago 2016, Posted by degustadoresfronte in Notícias e Artigos

Prezados amigos,

Escrevo-lhes para tornar público meu protesto contra a insensata e hipócrita lei que, na prática, proíbe o consumo de qualquer quantidade de bebida que contenha álcool para os motoristas de veículos. O consumo moderado de bebidas, como o vinho e a cerveja, fazem parte da cultura dos povos do ocidente há séculos e estão incorporadas ao ritmo de vida das pessoas civilizadas. Não se trata aqui de defender a liberdade dos beberrões, que colocam em risco a segurança das pessoas; trata-se de garantir o direito de, após um dia estressante de trabalho, poder sair para jantar com sua esposa, namorada ou amigo e poder tomar ao menos duas taças de vinho que seja. O limite de 0,1 miligrama de álcool por litro de sangue (a lei anterior, que era sensata, falava de 0,6 miligrama) é ridículo e impraticável. Estão tentando implantar um modo de vida que me faz recordar a “Prohibition Law” (Lei Seca) norte-americana, de 1920, que tantos males acarretou à sociedade dos Estados Unidos e que só nos deixou de bom os filmes de gangsters sobre Al Capone, Eliot Ness e outros tantos que vieram na esteira.

Nem mesmo as gentis velhinhas, que voltam de seus chás à tarde, guiando cuidadosamente seus carros após degustarem dois ou três bombons recheados de licor, estão a salvo! Elas também podem pagar pesadas multas e serem implicadas criminalmente por este “gravíssimo erro”.

É revoltante que, em um país em que campeiam os mensalões, as falcatruas e o tráfico de drogas, nossos legisladores e homens públicos percam seu tempo com bobagens deste quilate. A sociedade tem que se opor a essa medida truculenta antes que seja tarde. Daqui a pouco vão exigir que as mulheres sejam cobertas por burcas com o pretexto de se evitar o contágio por doenças sexualmente transmissíveis.

AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT

  • Laércio

    Costumo dizer que, quando não sabermos fazer algo, nosso hábito é eliminar o problema. Mais ou menos assim: seu cachorro tem pulgas, para resolver o problema, mate o cachorro. Só que quem define as leis, não sente esses problemas. Claro.

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