Degustadores Sem Fronteiras | DÃO
3419
post-template-default,single,single-post,postid-3419,single-format-standard,ajax_fade,page_not_loaded,

BLOG

DÃO

16 fev 2010, Posted by degustadoresfronte in Notícias e Artigos

Portugal é sinônimo de riqueza e diversidade quando o assunto é vinho. É realmente notável como, num país de tão modesta extensão territorial, se pode encontrar uma gama tão grande de microclimas, variedades de uvas e estilos de vinhos.

Uma dessas regiões que merecem destaque é o Dão, que completa esse ano seu centenário como Região de Origem Demarcada. Ocupando a província de Beira Alta, no centro-norte de Portugal, entre os rios Douro e Tejo, o Dão tem em Viseu a sua capital regional. Os rios Dão – que empresta seu nome à zona – e o Mondego cortam essa bela região cercada por serras e coberta por farta vegetação, constituída principalmente por pinheirais. Dá gosto caminhar por essas terras verdes, encher os pulmões com seu ar tão puro e apreciar a beleza da paisagem marcada pelos vinhedos levemente acobreados pelo início do outono.

O clima ali é temperado e seco no verão, ideal para a maturação das uvas, e frio no outono e no inverno, quando a vinha hiberna. O granito e o xisto cobrem a maior parte das encostas, onde são plantados vinhedos de suas principais uvas regionais, as tintas Alfrocheiro, Touriga Nacional, Tinta Pinheiro, Bastardo, Tinta Roriz, Jaen, e as brancas Encruzado, Sercial, malvasia Fina, Verdelho e Borrado-das-Moscas.

Os primeiros documentos comprovando o plantio da videira e a produção de vinho na região datam do final do século XIV, o que faz do Dão uma das mais tradicionais regiões portuguesas. Os vinhos tintos constituem a maior parte da produção e se caracterizam por uma bela coloração rubi-brilhante, aromas delicados, boa acidez e aptidão para a guarda. Seu teor alcoólico não é muito alto e o estágio em carvalho é a norma, durando até 18 meses. Os brancos, bastante frescos e frutados, geralmente afinam cerca de 6 meses em barricas.

O RENASCIMENTO DO DÃO

Depois de um longo período em que a qualidade dos vinhos da região periclitou, devido principalmente à produção excessiva e qualidade sofrível que marcou os anos 1970, o vinho do Dão renasceu nos últimos anos, voltando a ter uma posição de destaque no cenário português.

• Produtores – José Maria da Fonseca (Dão Terras Altas), Caves Acácio, Caves Aliança, Messias, Caves Dom Teodósio, Sogrape (Dão Grão Vasco) etc.
AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT

Sorry, the comment form is closed at this time.