19-05-2011 - VINI VINCI'11

Dentro de alguns dias, terá início a 3ª edição do Vini Vinci, o grande evento bienal da importadora Vinci, que reunirá mais de 40 grandes vinícolas da África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Itália, Portugal e Uruguai, servindo uma seleção de cerca de 240 vinhos, incluindo muitas novidades e lançamentos.

No Rio de Janeiro, o Vini Vinci no dia 23 de maio (segunda-feira), das 17h às 22h, no Sofitel. Em São Paulo, nos dias 24 e 25 de maio (terça e quarta-feira), das 17h às 22h, no Grand Hyatt (Av. das Nações Unidas, 13301 - Brooklin).

Entre os produtores que estarão presentes estão os franceses Luc Baudet, do Château Mas Neuf, e Bertrand-Gabriel Vigouroux, da Georges Vigouroux; os italianos Giancarlo Guarnieri, da Lanciola, e Antonio Argiolas, da Argiolas; os espanhóis Joan Arrufí, da Altavanis, e Alvaro Comenge, da Comenge; o português Joaquim Guimarães, da Monte da Ravasqueira, e o brasileiro Eduardo Angheben, da Angheben.

Também participam do evento enólogos como Alessandro Cellai, das italianas Castellare di Castellina, Fuedi del Pisciotto, Podere Monastero e Rocca di Frassinello; Gabriel Pisano, da uruguaia Viña Progreso, e a portuguesa Joana Cunha, que trabalha ao lado de Francisco Olazabal na Quinta do Mondego.

Mais informações pelo site www.vincivinhos.com.br/vinivinci2011/

 

19-05-2011 - EMPREENDIMENTO CHINÊS DA MOËT IRÁ APRIMORAR PALADAR DO PÚBLICO

Moët Hennessy assina contrato de joint venture com empresa chinesa para produzir espumante sofisticado no país. Acredita-se que a introdução de espumantes aos produtores e à população irá expandir o mercado de vinhos na China.

O negócio foi fechado este mês com a empresa agrícola estatal Ningxia Nongken para produzir vinho em uma área de 67 hectares na região norte de Ningxia Hui.

Segundo o porta-voz da Moët, este será o primeiro espumante produzido na China a partir de métodos convencionais e os primeiros vinhos estarão prontos em três anos.

Para Rex Yeung, da Dynasty Wines de Hong Kong, com a iniciativa, a produção vinícola no país irá progredir e mais empresas se estabelecerão, desenvolvendo o paladar das pessoas e aumentando o mercado de espumantes.

A LVMH, holding da Moët, já conquistou um bom mercado para o cognac e o champagne na China.

Ambas as companhias esperam que a joint venture atraia muitas outras empresas ao país.

Essa sede chinesa de vinho continua a aumentar. Segundo dados recentes da International Wine and Spirit Research (IWSR), concedidos pela Vinexpo, o consumo de vinhos na China e em Hong Kong aumentou mais de 100% entre 2005 e 2009.

De acordo com a Vinexpo, esses números aumentarão mais 20% até 2014. A produção nacional de vinhos na China deve crescer 77% nos próximos quatro anos. Em 2009, os produtores do continente foram responsáveis por 83% do consumo de vinhos do país.

Juntos, China e Hong Kong formam o maior importador de vinhos de Bordeaux do mundo.


19-05-2011 - VINHOS E ESPUMANTES BRASILEIROS SÃO SERVIDOS NO FESTIVAL DE CANNES

Rótulos de 14 vinícolas brasileiras, do RS, SC e do Vale do São Francisco, serão apreciados no estande do Cinema Brasil na capital do cinema francês.

Os vinhos e espumantes brasileiros brilharam no Festival de Cinema de Cannes, na França. No dia 14/05, no lounge do Cinema Brasil, parceiro do projeto Wines of Brasil – desenvolvido parceria entre o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) – realizou-se um happy hour de relacionamento para 150 convidados. Foram servidos rótulos brasileiros de 14 empresas das três principais regiões vitivinícolas do país (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Vale do São Francisco): Aurora, Basso, Casa Valduga, Cooperativa Vinícola Garibaldi, Don Giovanni, Don Guerino, Dunamis, Miolo, Pericó, Perini, Peterlongo, Piagentini, Pizzato e Rio Sol.

Além do coquetel, na segunda-feira, dia 16, no Boulevard de La Croisette, foi feita uma festa para 300 convidados com a presença do elenco e equipe dos filmes “Trabalhar Cansa” e “Abismo Prateado”, que estão sendo exibidos em Cannes neste ano. O objetivo do encontro promovido na sexta participação consecutiva do Cinema Brasil no Festival de Cinema de Cannes é celebrar a seleção dos dois filmes e a presença da delegação nacional no festival e dar às produtoras associadas a oportunidade única de relacionamento com agentes de vendas, distribuidores e produtores internacionais.

O projeto Cinema Brasil é uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (SIAESP). Vinte e três associados da parceria participarão do Producer’s Network, que acontece dentro do Marché Du Film e reúne cerca de 500 produtores, distribuidores, diretores de festivais, agentes de venda internacionais e representantes de instituições de diversos países para discutir temas relacionados ao mercado audiovisual. Dois filmes nacionais,“Trabalhar Cansa” e “Abismo Prateado”, concorrem a prêmios nas mostras competitivas do festival.

14-02-2011 - VINHOS BRASILEIROS TÊM 22 RÓTULOS INCLUÍDOS NAS CARTAS DE CHURRASCARIAS NOS EUA

Trabalho de promoção realizado pelo projeto Wines of Brasil nos Estados Unidos em 2010 fez aumentar a participação da quantidade de empresas presentes no mercado norte-americano e de vinhos disponíveis aos consumidores.

O investimento feito em 2010 nos Estados Unidos pelo projeto Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Ibravin e a Apex-Brasil, já gerou resultados positivos para as vinícolas brasileiras. Vinte e dois rótulos de vinhos brasileiros foram incluídos nas cartas de churrascarias brasileiras nos EUA. Elas participaram de uma ação promocional e comercial que distribuiu ingressos para corridas da Fórmula Indy aos consumidores que pediam vinho brasileiro em 20 churrascarias brasileiras das redes Fogo de Chão e Plataforma. Em parceria com a Apex-Brasil, patrocinadora oficial da Indy, foram distribuídos 200 ingressos (já com acompanhante) para cinco corridas em cinco estados norte-americanos (Indiana, Texas, Nova Iorque, Ilinóis e Flórida).

Com a demanda criada pelos consumidores participantes da promoção, que pediam vinho brasileiro nas churrascarias para concorrer a ingressos da Fórmula Indy, a Casa Valduga passou de uma pequena venda de US$ 642,8 em 2009 para US$ 98,4 mil em 2010. A Perini praticamente dobrou sua exportação aos Estados Unidos, pulando de US$ 15,7 mil em 2009 para US$ 29,2 mil em 2010. Ambas as cantinas gaúchas tiveram vários rótulos incluídos nas cartas de vinhos das churrascarias Fogo de Chão e Plataforma. A Miolo, que tinha exportado um volume grande de vinhos em 2009, teve um grande consumo de produtos nas churrascarias, aliviando seus estoques.

No total, a exportação de vinhos brasileiros engarrafados para os Estados Unidos somou US$ 252 mil em 2010. As 28 ações realizadas em torno da Fórmula Indy impactaram diretamente 5.426 norte-americanos (trade e consumidores) sem considerar os demais clientes das churrascarias durante o período da promoção. “Mais importante do que o valor, que tende a crescer a partir deste ano, conseguimos atingir nosso maior objetivo, que era despertar no consumidor norte-americano o interesse em conhecer os vinhos do Brasil”, avalia a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. Por consequência, acrescenta ela, “aumentamos as vendas e a visibilidade das vinícolas brasileiras que investiram no mercado norte-americano”.

Para este ano, está sendo concluído um projeto que envolva os sommeliers das churrascarias brasileiras nos Estados Unidos, também aproveitando a participação da Apex-Brasil como patrocinadora oficial da Fórmula Indy. A iniciativa deve ocorrer durante a New York Wine Expo, que acontece de 25 a 27 de fevereiro, em Nova York, nos Estados Unidos, que terá a participação de oito vinícolas, sendo seis gaúchas – Aurora, Lidio Carraro, Casa Valduga, Miolo e a trading Suriana, que representará as vinícolas Geisse, Sanjo (SC), Santo Emílio (SC) e Dom Cândido.

14-02-2011 - WINES OF BRASIL TRAZ CINCO JORNALISTAS INTERNACIONAIS PARA A SERRA GAÚCHA

Um dos mais famosos críticos de vinhos do mundo – o britânico Oz Clarke – está no Brasil pela segunda vez para conhecer mais a produção vitivinícola do país. Ele participa do Projeto Imagem do Wines of Brasil que, numa parceria entre o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), promove os vinhos finos brasileiros no mercado externo. Outros quatro jornalistas internacionais fazem parte do grupo do Projeto Imagem: Michael Desimme e Jeffrey Joseph Jenssen, dos Estados Unidos; Antti Uusitalo, da Finlândia; e Frank Kaemmer, da Alemanha.

Entre os dias 14 e 19 de fevereiro, eles visitarão 11 vinícolas na Serra Gaúcha – Miolo, Pizzato, Casa Valduga, Don Laurindo, Aurora, Don Giovani, Geisse, Lidio Carraro, Boscato, Perini e Salton – todas integrantes do Wines of Brasil. Fazem parte da programação degustações de vinhos das vinícolas Irmãos Basso, Piagentini, Adega Cavalleri, Campos de Cima e Courmayeur e das cantinas do Planalto Catarinense (Santo Emílio e Sanjo), e uma visita à Escola de Gastronomia UCS-ICIF, em Flores da Cunha. Na sexta-feira (19), às 16h, na sede do Ibravin, haverá um painel reunindo os cinco jornalistas, que apresentarão suas impressões a respeito dos vinhos brasileiros.

14-02-2011 - CONSUMIDORES CHINESES ENXERGANDO ALÉM DE BORDEAUX

Chineses consumidores de vinhos finos estão diversificando além do Bordeaux e comprando uma maior variedade de vinhos da Borgonha ao Novo Mundo.

Segundo o diretor administrativo da Berry Bros & Rudd em Hong Kong, Nick Pegna, as vendas de Borgonha pela empresa triplicaram durante a campanha para a safra de 2009 nos dias que antecederam o Ano-Novo Chinês.

Don St Pierre Jr, CEO da ASC Fine Wines, acrescenta que a demanda por vinhos top de outras regiões já vinha aumentando.

Pegna destaca que os Bordeaux continuam à frente nas vendas de vinhos finos, dizendo ainda que as vendas do Mouton-Rothschild, Margaux e Haut-Brion aumentaram nos últimos dois meses.

“Em termos gerais, o mercado está menos polarizado e os consumidores estão diversificando mais…”

St Pierre diz que os negócios ainda vão bem, mas acrescenta que a procura pelos Bordeaux, que ficava entre os cinco ou sete primeiros vinhos finos, agora está entre 16 e 20 chateaux.
Edward Ragg, da Dragon Phoenix Fine Wine Consulting, acrescenta: “Mais consumidores entendidos estão interessados no valor garantido de produções classificadas menos conhecidas… Apreciadores de vinho em busca de algo novo pendem entre os similares do Borgonha e do Rhône. Isso acontece de fato entre consumidores mais jovens e abastados que costumam não ser tão parciais em relação à França e mostram interesse em vinhos de primeira qualidade vindos de diversos países”.

 

17-12-2010 - CRÍTICOS INGLESES DESTACAM QUE ESPUMANTE DO BRASIL PRECISA DE UM NOME

Após visitar vinícolas na Serra Gaúcha, Jonathan Ray e Charles Metcalfe chegaram a uma conclusão – os espumantes são um símbolo do Brasil e devem se tornar uma categoria única.
Os dois conhecidos jornalistas e escritores ingleses especialistas em vinhos são unânimes em apontar a necessidade de se encontrar um nome para o espumante brasileiro. A conclusão de ambos veio depois de visitarem, separadamente, algumas vinícolas da Serra Gaúcha, onde puderam experimentar a diversidade e a qualidade do espumante elaborado no Brasil. Eles foram trazidos à principal região produtora de vinhos e derivados do País pelo projeto Wines of Brasil (Wof), realizado pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
“Os espumantes são o futuro do Brasil. Eles poderão ser para o Brasil o que a Carménère é para o Chile, a Malbec para Argentina e a Tannat para o Uruguai”, disse Jonathan Ray, reconhecido escritor de vinhos e jornalista colaborador de diversas publicações no Reino Unido. “Acredito que os espumantes poderiam ser uma categoria especial – algo como Brut de Brazil – do mesmo modo que a África do Sul, por exemplo tem o cap classique”, observou, acrescentando que os consumidores brasileiros e os visitantes estrangeiros, especialmente atraídos pela Copa do Mundo de Futebol e pelas Olimpíadas, poderiam se acostumar a reconhecer essa nova categoria de bebidas genuinamente brasileira. “Eles poderiam pedir, posso ter uma taça de Brut de Brazil, por favor?”, exemplificou.
Após degustar 30 espumantes brasileiros, ao lado do jornalista brasileiro Marcelo Copello, na sede do Ibravin, em Bento Gonçalves, Charles Metcalfe foi enfático: “Vocês precisam encontrar um nome para o espumante brasileiro, a exemplo da Cava”. Copello concordou, dizendo que as borbulhas verde-amarelas são um diferencial do Brasil no mundo do vinho, pela variedade de estilos e aromas.
“Vocês têm a vantagem que o Brasil tem uma imagem muito positiva no mundo inteiro. A maior parte das pessoas enxerga o Brasil como um país amável e divertido”, disse Metcalfe, jornalista independente que escreve para Decanter (Reino Unido), Meininger Wine Business International (Alemanha), World of Fine Wine (Reino Unido) e Wine, a essência do Vinho (Portugal), entre outras publicações.
Dos 30 espumantes degustados por Metcalfe e Copello, 13 receberam nota acima de 88. “Foi um resultado excelente”, comenta a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.

17-12-2010 - MOUTON 2008 PRATICAMENTE DOBRA DE PREÇO

A safra 2008 do Chateau Mouton Rothschild praticamente dobrou de valor após o artista chinês Xu Lei ter sido confirmado para criar seu rótulo.
No final de novembro, o vinho estava sendo negociado no Live-ex por cerca de £7.898 a caixa - um aumento de 85,7% em relação a seu preço em outubro, £4.254.
Isso lançou o Mouton 2008 para o segundo lugar, atrás do Lafite, no patamar dos top de 2010. Durante o ano, o vinho aumentou em valor 192,5% comparado com novembro de 2009.
Mas não é a primeira vez que o Mouton Rothschild apresenta um artista chinês em seu rótulo: o rótulo do Mouton 1996 foi criado pelo renomado calígrafo chinês Gu Gan.
Gan tem diversas obras expostas no British Museum,e é presidente da Society of Modern Calligraphy and Painting. No longo período em que ficou na Europa, ele visitou a Mouton em 1996 e criou, nas palavras da baronesa, "um belo e um tanto melancólico rótulo caligráfico".
"Senti, há 15 anos, que era hora de chamar um artista chinês. E este ano parece ter sido o momento certo para fazer isso de novo. Mas eu nunca usarei um rótulo de um artista cujo trabalho eu não admire."
O Mouton 2009, no entanto, não teve tanta sorte. Enquanto o Lafite aumentou seu valor em mais de 25 % nestes 6 meses, desde que foi lançado em junho deste ano, o Mouton perdeu 10%, representando o pior desempenho entre os mais bem sucedidos de Bordeaux.
Um motivo para o desempenho tão apagado para uma reconhecida grande safra tem nome: Robert Parker. O crítico americano deu ao vinho a pontuação relativamente baixa de 96-98+, enquanto o Lafite recebeu um praticamente perfeito 98-100.

01-12-2010 - VENDAS DE VINHO DO PORTO PARA O BRASIL SÃO AS MAIS ALTAS DESDE 2005

O mercado brasileiro já importou mais Vinho do Porto até outubro de 2010 do que em qualquer dos últimos cinco anos.
Segundo dados do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), as vendas portuguesas de Vinho do Porto para o Brasil seguem em alta, com o melhor registro desse período.
Nos primeiros dez meses do ano atingiram 4,47 milhões de euros, valor que colocou o mercado brasileiro entre os "Top 10" de consumidores de Vinho do Porto, cujas vendas somaram 279,8 milhões de euros de janeiro a outubro.
No ano passado o Brasil havia ficado na 11ª posição entre os mercados de consumo do Vinho do Porto.
As exportações do produto para o Brasil cresceram 43% em relação ao mesmo período do ano passado, uma evolução bem acima da subida geral das vendas de Vinho do Porto de 6,2%, segundo os dados do IVDP.
Os dez mercados que este ano têm o maior consumo de Vinho do Porto são França (24,4% do valor total), Portugal (13,3%), Holanda e Bélgica (10,9% cada), Reino Unido (10,6%), Estados Unidos (7,2%), Canadá (4,9%), Alemanha (3,7%), Dinamarca (3,2%) e Brasil (1,6%).
O IVDP tem procurado divulgar os vinhos portugueses no exterior e, no primeiro semestre de 2010, o Brasil esteve na programação. Em maio e abril, o IVDP promoveu aqui um conjunto de ações promocionais, incluindo degustações de vinhos do Douro e do Porto seguidas de jantar harmonizado no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Curitiba.

26-07-2010 - AQUECIMENTO GLOBAL: UMA BENÇÃO PARA A RIESLING

Isso foi o que se concluiu na Conferência Riesling Rendezvous realizada em Seattle.
Participaram da conferência – apresentada por Ernie Loosen, eleito Homem do Ano pela Decanter em 2005, e Ted Baseler, presidente da Château Ste. Michelle – 350 profissionais de diversos países.
Segundo os palestrantes, as temperaturas mais quentes propiciam o cultivo da Riesling em novas regiões e garantem estabilidade em regiões mais tradicionais – embora, em algum momento, os produtores venham a ter que se adaptar, ou se mudar.
“Em lugares onde chegávamos a ter duas safras ruins e algumas desastrosas a cada dez anos, não temos um ano ruim há quase uma geração”, diz Helmut Dönnhoff, da região de Nahe, na Alemanha.
Para Maynard Amerine and Albert Winkler da UC Davis, as zonas com temperaturas entre 13,2 e 15,2 ºC entre 1 de abril e 31 de outubro são as mais indicadas para o plantio da Riesling.
As temperaturas em regiões clássicas como Rheingau, Wachau e Alsácia aumentaram pouco mais de 1 ºC nos últimos 30 anos, gerando maior constância em suas safras de qualidade.
Ao mesmo tempo, o aquecimento fez crescer a produção em áreas até agora desconhecidas para a Riesling, como Finger Lakes em Nova York, Niágara em Ontario e a Península Old Mission em Michigan.
Enquanto essa evolução tem sido boa para frutas de clima frio, Dr. Greg Jones da Southern Oregon University e o professor Hans Schultz de Geisenhim apresentaram novos dados de como o aquecimento global poderá influenciar o futuro da Riesling.
Com a elevação das temperaturas, as áreas propícias para a produção da uva estão se deslocando para o norte, para maiores altitudes e lugares mais frescos, enquanto os viticultores são obrigados e encontrar novas maneiras de lidar com a proteção e garantir o equilíbrio da produção.
“... se as temperaturas subirem entre 1,5 até 5 graus nos próximos anos, como acreditamos que irá acontecer, e o padrão das chuvas mudar, regiões mais quentes e ensolaradas como os vales Clare ou Eden, na Austrália, terão que se adaptar.”
Segundo os climatologistas, 2010 será o ano mais quente já registrado em todo o mundo. Isso se deve, em grande parte ao El Niño, fenômeno climático que aquece o Pacífico a cada seis ou sete anos.

 

26-07-2010 - NOVA CLASSIFICAÇÃO DO CRU BOURGEOIS

A nova “Reconnaissance de Cru Bourgeois” será anunciada no dia 23 de setembro.
A Cru Bourgeois Alliance de Bordeaux criou um novo e radical sistema de vinhos de referência para a nova classificação.
A classificação é considerada controversa desde sua atualização em 2003, quando 78 produtores contestaram com veemência sua exclusão.
Agora um conselho formado por profissionais do mundo do vinho – mas sem proprietários de châteaux – está selecionando vinhos de referência que irão estabelecer o padrão de qualidade para todos os 290 vinhos que solicitaram o status de Cru Bourgeois.
O conselho selecionou 40 vinhos do Médoc e de denominação Haut-Médoc e 40 AOC. Após uma série de degustações às cegas, duas notas de degustação padrão e pontuações médias são criadas.
A média dos pontos dados por cada degustador é a pontuação a ser alcançada para que o vinho seja reconhecido como Cru Bourgeois.
Haverá apenas uma categoria – a Cru Bourgeois, sem a Premium e a Super-premium, que criaram confusão em 2003.
O diretor da Alliance, Frederique Dutheillet de Lamothe, diz que o sistema surgiu da “agonia” resultante do colapso da classificação daquele ano.
Após diversas avaliações realizadas em um período de muitos anos, a classificação de 2003 – contestada pela primeira vez em 2004 – foi anulada quando um tribunal de Bordeaux considerou o processo de classificação “parcial” e “corrompido”.
Dos 490 châteaux que solicitaram a classificação, a Câmara de Comércio de Bordeaux registrou 247 como: 9 Cru Bourgeois Exceptionnel, 87 Superieur e 151 Cru Bourgeois.
Alguns produtores foram excluídos e acusaram o conselho – que incluía donos de châteaux, comerciantes de vinho e outros profissionais do setor – de favorecimentos. Setenta e oito produtores que foram excluídos pediram a anulação.
O novo sistema foi aprovado no ano passado, mas não sem críticas. Um grupo de ex-Cru Bourgeois Exceptionnels decidiu formar sua própria aliança, “Les Exceptionnels”.

 

26-07-2010 - IMPORTADORA DECANTER REALIZA MAIS UMA EDIÇÃO DO DECANTER WINE SHOW

A importadora Decanter promoverá no mês de agosto o Decanter Wine Show 2010, que está em sua 3ª edição e reúne 70 produtores de 12 países e cerca de 450 vinhos.
O evento será realizado dia 02 no Rio de Janeiro, dias 03 e 04 em São Paulo, dia 05 em Belo Horizonte e 06 em Florianópolis, com ingressos a R$ 180,00 por dia, com direito a brindes e descontos. Para adquirir ingressos: www.decanter.com.br.

 

18-05-2010 – TOP TEN EXPOVINIS

A 14ª Edição do Expovinis Brasil elegeu seus 10 melhores vinhos. Segue abaixo a relação:

Espumante Nacional
Grand Legado Brut – Wine Park

Espumante Importado
Ferrari Perle 2002 (Itália) – Ferrari, importadora Decanter

Branco Chardonnay
Villagio Grando 2008 (Brasil) – Villagio Grando

Branco Sauvignon Blanc
Yealands Estate 2008 (Nova Zelândia) – Yealands Estate, sem importadora

Branco Outras Castas
Mesh Riesling (Austrália) – Mesh, importadora KMM

Rosé
Château de Pourcieux 2009 (França) – Château de Pourcieux, importadora Cantu

Tinto Nacional
Sesmarias 2008 – Miolo

Tinto Novo Mundo
Morandé Grand Reserva Syrah 2005 (Chile) – Morandé, importadora Morandé

Tinto Velho Mundo
Herdade do Esporão Touriga Nacional 2007 (Portugal) – Herdade do Esporão, importadora Qualimpor

 

18-05-2010 – PESQUISA MOSTRA IMPORTÂNCIA DA MULHER CHINESA NA COMPRA DO VINHO

As mulheres passarão a ter papel essencial no consumo de vinho na China, segundo pesquisa recente realizada pela Vinexpo.
O estudo avaliou o comportamento de 2.810 mulheres do Japão, China, Hong Kong e oreia do Sul para comparar seus hábitos de consumo.
A pesquisa revelou que mais de 40% das consumidoras no Japão, o mercado de vinho mais consolidado da Ásia, tomam vinho mais do que duas vezes por semana.
Ela sugere também que o mundo do vinho precisa prestar mais atenção às chinesas, que agora estão consumindo vinho em “quantidades significativas”.
Entre as chinesas entrevistadas, 50% delas eram as únicas responsáveis pela compra do vinho, nunca pedindo a recomendação de terceiros. As japonesas, por outro lado, costumam pedir indicação ao escolher seus vinhos.
Além disso, enquanto 92% das japonesas e 74% das coreanas entrevistadas responderam escolher o vinho pelo sabor, para as chinesas, a questão da saúde é a grande preocupação. 38% das entrevistadas disseram beber vinho por causa de seus benefícios para a saúde, contra 22% que o fazem pelo paladar.
O único consenso entre as apreciadoras de vinho asiáticas é sua preferência pelo tinto.
Mais de dois terços das asiáticas preferem vinho tinto, contrastando com as mulheres do Reino Unido e dos EUA, que consomem vinho branco em muito maior quantidade, segundo Richard Halstead, diretor da Wine Intelligence.
“As asiáticas têm uma relação não convencional com o vinho, sem associá-lo a traumas ou tabus”, comenta o CEO da Vinexpo Robert Beynat. E acrescenta, “Elas escolhem seus vinhos livremente, pelo preço ou sabor”.
A pesquisa promovida pela Wine Intelligence mostra que 55% de todo o vinho consumido no Reino Unido é comprado por mulheres, e que as ocidentais o fazem principalmente por prazer e propósitos sociais, e não por seus benefícios à saúde.

 

18-05-2010 – VINHO INGLÊS. QUEM DIRIA…

O Co-operative Group, supermercado do Reino Unido, irá produzir seu próprio vinho inglês, de videiras cultivadas em uma das terras da companhia em Gloucestershire.
O vinhedo de seis acres em Down Ampney, perto de Cirencester, produzirá um vinho branco, principalmente da uva Ortega, a partir de 2014, aproximadamente.
“É um pequeno empreendimento, mas temos grandes expectativas em relação a ele”, diz Christine Tacon, diretora administrativa da Co-operative Farms, que comercializará os vinhos.“Down Ampney tem condiçoes propícias para um vinhedo”.
O varejista, conhecido por sua ética nos negócios, irá plantar uma mistura de flores silvestres acompanhando as vinhas, para estimular a vida selvagem, incluindo as abelhas.
A Co-op é a última de uma série de grandes companhias e personalidades a investir em vinhedos ingleses, como o supermercado rival Waitrose, que irá produzir um vinho espumante de vinhas cultivadas em sua fazenda em Hampshire a partir de 2014.
Steven Spurrier, consultor e editor da revista Decanter, e sua esposa Bella plantaram um vinhedo em Dorset’s Bride Valley, enquanto Christian Seely, da AXA Millésimes, investiu num projeto para produzir vinho espumante em Hampshire.
Richard Balfour-Lynn, magnata dono da loja de departamentos Liberty e das redes de hotéis Malmaison e Hotel du Vin, produz um respeitadíssimo espumante, o Balfour Brut rosé, em sua propriedade Hush Heat, em Kent.
Atualmente, existem mais de quatrocentos vinhedos no Reino Unido, com área total cultivada de 1.100 hectares.

20-01-2010 – SENAC LANÇA PÓS-GRADUAÇÃO EM NEGÓCIOS DO VINHO

A Universidade Senac acaba de lançar seu Curso de Pós-Graduação (Latu Sensu) de Especialização em Administração de Negócios do Vinho. O curso propõe o desenvolvimento de competências que propiciem a gestão crítica, inovadora e eficaz para os negócios do vinho.

O curso atenderá um mercado crescente de pessoas ligadas aos negócios do vinho que trabalham em importadoras, distribuidoras, produtoras, atacadistas, supermercados, hotéis, restaurantes e para aqueles que queiram entrar nesse mercado.

Mais informações no site www.sp.senac.br/posgraduacao.

 

20-01-2010 – REVELADO ARTISTA DO MOUTON 2007. MAS, E O DE 2008?

Especulações de que o autor do rótulo do Mouton 2008 será um artista chinês ofuscou o anúncio do artista de 2007.
O escultor e artista gráfico francês Bernar Venet desenhou o rótulo do Chateau Mouton Rothschild 2007.
Conhecido por suas monumentais estruturas de aço, Venet foi incumbido da missão pela própria dona da Mouton, Baronesa Philippine de Rothschild.
A imagem de Venet foi descrita como sugerindo “as curvas de um barril, enquanto arcos evocam cálices enraizados na terra e abertos, como raízes de videiras, à preciosa dádiva do céu.”
Venet, 68, sucede Lucien Freud, cuja imagem de uma curiosa zebra amarela e um pote de planta ilustrou o rótulo de 2006. Como de costume, o pagamento foi feito com caixas de vinho daquela safra.
Mas o anúncio do autor do rótulo de 2007 foi ofuscado por especulações de quem seria o de 2008.
Em setembro do ano passado, o ainda não engarrafado Mouton 2008 subiu de £1850/caixa para £2200 sob rumores de que o rótulo do vinho seria pintado por um importante artista chinês – com o objetivo de impulsionar as vendas na região.
A especulação foi tanta, que o Mouton 2008 foi o vinho mais comercializado no Liv-ex Índex.
Segundo do diretor-gerente da Mouton, nenhuma decisão foi tomada em relação ao rótulo da safra de 2008 e que, de qualquer maneira, não haverá qualquer anúncio até pelo menos o final deste ano.
A série de rótulos da Mouton Rothschild criados por artistas de prestígio teve início em 1945. Entre eles, nada menos que Picasso, Braque, Dalí, Miró, Chagall, Francis Bacon, Andy Warhol e príncipe Charles.

 

20-01-2010 – AMARONE PROMOVIDO A DOCG

Os DOCs italianos Amarone della Valpolicella e Recioto della Valpolicella foram promovidos ao status Denominazione Origine Controllata e Garantita (DOCG), conforme anunciou o Ministro da Agricultura da Itália.
DOCG é o mais alto nível de qualidade existente na Itália e na União Europeia, com a manobra tida por muitos como um passo para fixar o status do Amarone em seu mais importante mercado de exportação, os EUA.
Carlo Boscaini, de sua propriedade de mesmo nome, disse ser uma infelicidade isso ter acontecido após 15 anos de batalhas entre produtores. Sabrina Tedeschi, da mesma forma, aguardava há muitos anos por essa promoção, dizendo ser muito importante para a economia do país, por ser um dos melhores vinhos italianos vendidos no exterior. Segundo ela, este deveria ser o primeiro passo para repensar a faixa para definir uma área limitada de vinhedos montanhosos sobre os planos como merecedores do status DOCG.
Giuseppe Rizzardi, da Bardolino's Guerrieri Rizzardi, comemorou o impacto que a medida pode ter na redução da quantidade de Amarones falsificados em alguns mercados exportadores.

 

09-10-2009 – VILLA FRANCIONI LANÇA NOVOS VINHOS NO MERCADO

Até o final do ano, a Villa Francioni lançará cinco novos rótulos no mercado nacional, com destaque para o Michelli, produzido com uvas Sangiovese originárias da Toscana e, em menor proporção, com Cabernet Sauvignon e Merlot. Sua produção é limitada, constituindo-se de apenas 2.500 garrafas.
A vinícola lança também o Chardonnay Lote II – vinho branco com qualidade superior em função da perfeita combinação das características especiais das safras de 2008 e 2009. Segundo a presidente do Conselho de Administração da empresa, Daniela Borges de Freitas, “a última parcela do vinhedo colhido neste ano foi no dia 04 de junho, após uma noite de geada, o que representou a colheita mais tardia do hemisfério sul, um marco da vitivinicultura brasileira.”
A linha Joaquim ganha novos vinhos. Em novembro serão lançados o Joaquim Rose, Joaquim Brut e o varietal Joaquim Cabernet Sauvignon.
Localizada na Serra Catarinense, no município de São Joaquim, a Villa Francioni teve seus primeiros lançamentos em 2005 e atualmente possui seis rótulos no mercado: os tintos Joaquim, Francesco e Villa Francioni; os brancos Villa Francioni Chardonnay e Sauvignon Blanc; e o Rosé. De excelente qualidade, vêm surpreendendo os especialistas da área e têm sido considerados entre os melhores vinhos produzidos no Brasil.
A vinícola conta com uma equipe técnica altamente profissional e com a assessoria de Gustavo Gonzales, diretor técnico da vinícola americana Mondavi.

 

09-10-2009 – MIOLO WINE GROUP COMPRA ALMADÉN DA PERNOD RICARD

A multinacional Pernod Ricard, líder mundial em destilados e vinhos, anuncia a venda de sua marca Almadén para a Miolo Wine Group, uma das empresas mais importantes do segmento de vinhos no mercado nacional.
Com a aquisição, a Miolo Wine Group – do qual fazem parte as vinícolas Miolo e Lovara e o empresário gaúcho Raul Anselmo Randon – torna-se líder entre as vinícolas brasileiras produtoras de vinhos finos e também o maior proprietário nacional de vinhedos próprios.
Com o objetivo de duplicar a participação da Almadén no mercado nacional nos próximos 10 anos, o grupo planeja investir R$ 12 milhões iniciais em marketing, vinhedos, mecanização, tecnologia e na modernização da estrutura de enoturismo, semelhante à do Vale dos Vinhedos.
A Almadén será uma empresa independente, mas seguirá as mesmas orientações técnicas dos outros projetos do grupo.
“A Almadén é muito tradicional e respeitada pelos brasileiros. Nosso objetivo será agregar a esta marca nossa filosofia na elaboração de vinhos”, como afirma Adriano Miolo, enólogo e diretor técnico da Miolo Wine Group.

 

09-10-2009 – VENDA DE VINHOS GAÚCHOS CRESCE 14% DE JANEIRO A AGOSTO

A comercialização de vinhos gaúchos, responsáveis por cerca de 90% do mercado nacional, teve um aumento de 14,25% de janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
A informação foi divulgada pelo gerente de Promoção e Marketing do Instituto Brasileiro do Vinho, Diego Bertolini.
Foi divulgado também o mais recente levantamento do Ibravin, considerando esse período, que revelou a venda de 145,5 milhões de litros de vinhos finos e de mesa, ante 127,3 milhões de litros no mesmo período de 2008; um crescimento de 20% na comercialização de espumantes; e a queda de 2% na importação de vinhos no país. Segundo Berolini, isso se deve a dois fatores principais: a maior agressividade comercial das vinícolas, participando de eventos, feiras etc.; e o reconhecimento cada vez maior da qualidade dos vinhos nacionais por parte dos consumidores brasileiros.
Apesar desses dados, a comercialização de vinhos brasileiros ainda sofre com o prejuízo dos anos anteriores. Segundo Carlos Raimundo Paviani, diretor-executivo da Ibravin, “Este ano está representando uma virada na tendência de queda da participação dos vinhos brasileiros no mercado nacional, porém, há cinco anos estamos estagnados no volume de vinho vendido dentro do país”.
A obrigatoriedade do Selo de Controle Fiscal para as Sangrias e os Coquetéis, desde o início do ano, o clima mais frio deste inverno e a adaptação dos consumidores à Lei Seca também são tidos como fatores que influenciaram o aumento das vendas neste ano.

ESPUMANTES

A comercialização de vinhos espumantes produzidos no Rio Grande do Sul cresceu 20% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2008.
A alta segue a tendência de aumento no consumo de espumantes moscatéis, conforme comenta o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, “O consumo de moscatéis puxa todo o mercado de vinhos, já que eles são a porta de entrada para espumantes secos e vinhos brancos e tintos.”

 

 

01-09-2009 – BORDEAUX: SAFRA DE 2009 PODE SER A MELHOR DESDE 2005

Após uma estação quente e seca, os produtores de Bordeaux estão cautelosamente otimistas em relação à safra de 2009 – já comparando-a com a de 2005.
Grandes expectativas acompanham um verão quente e ensolarado. Apesar de um pouco de chuva ser bem-vinda, eles esperam que setembro não estrague o que pode ser um grande ano.
Para Emmanuel Cruse, proprietário do Château d’Issan, “até o momento, é a melhor estação desde 2005. Estamos torcendo para que setembro seja tão bom quanto foi no ano passado.”
Os produtores relatam que as variedades tintas estão amadurecendo mais rápido que de costume, tanto na margem esquerda como na direita.
Cruse ainda acrescenta, “As uvas Merlot já estão saborosas, e acreditamos que o início da vindima aconteça antes que o esperado – talvez entre 15 e 20 de setembro. A Cabernet Sauvignon não fica muito atrás.”
Gavin Quinney, da propriedade Château Bauduc, em Entre-deux-Mers, foi um dos muitos que tiveram prejuízo com as chuvas de granizo ocorridas em maio.
“Se não tivesse perdido 80% da minha colheita, eu estaria comemorando esta estação. O clima está incrivelmente favorável.”
St.-Émilion, na margem direita, foi a mais afetada pelas tempestades de granizo, mas o Château Teyssier não saiu no prejuízo. Jonathan Malthus, o proprietário, comenta, “No que se refere a quantidade e qualidade, estamos na melhor situação desde 2005”.

 

01-09-2009 – PÚBLICO AJUDA A MONTAR CARTA DE VINHOS DE RESTAURANTE PELO TWITTER

Um famoso restaurante de Londres utilizará o Twitter na elaboração de sua carta de vinhos.
Uma equipe de seis especialistas fará a degustação dos vinhos, e aqueles que gerarem maiores divergências serão submetidos a votação aberta ao público. Os três vinhos mais votados passarão a fazer parte da carta de vinhos do restaurante.
“Estou animado pelo fato de um restaurante do calibre do L’Anima reconhecer o potencial da mídia social e ousar com projetos inovadores para estimular o interesse de seus clientes pelo vinho de uma maneira diferente”, diz o consultor de mídias sociais Robert McIntosh, que trabalhou com o restaurante nessa ação de marketing.

 

01-09-2009 – VINHOS PASSARÃO A VIR DA ESCÓCIA SE A MUDANÇA CLIMÁTICA NÃO FOR INTERROMPIDA, SEGUNDO CHEF FRANCESES

Um grupo de chefs, sommeliers e proprietários de chateaux se manifestou para exigir do país metas mais ambiciosas para reduzir o aquecimento global.
Ao presidente Nicolas Sarkozy foi imposta a difícil situação: proteger o vinho francês propondo um acordo na conferência internacional sobre mudança climática que acontecerá em Copenhagen, no mês de dezembro, ou assistir à morte lenta da viticultura no país, enquanto os vinhedos cruzam o Canal da Mancha e seguem para o norte.
“(...) os vinhos franceses estão em perigo”, 50 nomes importantes do mundo do vinho e da gastronomia na França manifestaram-se em carta aberta. “Com teor alcoólico mais elevado, aromas muito maduros e texturas mais densas, nossos vinhos irão perder sua característica única.”
As alterações climáticas têm levado a culpa pelos prejuízos sofridos pelos vinhedos franceses, provocados por correntes de calor, tempestades de granizo em Bordeaux e novas doenças que têm acometido as vinhas.
De acordo com os signatários, se as temperaturas globais subirem mais de 2% antes do final do século, “nosso solo não sobreviverá”.
“Surgirão regiões vinícolas onde normalmente não se cultivam vinhedos, como a Bretanha e a Normandia”, segundo o climatologista francês Jean-Pierre Chaban. “Se espalhará para a Grã-Bretanha. Imagine só vinhedos no sul da Suécia e na Escócia.”
Os signatários querem que o governo proponha um acordo global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa por países industrializados em 40% até 2020 e estabeleça “sólidos mecanismos de apoio” aos países em desenvolvimento.
De acordo com o Departamento para o Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais, hoje existem 416 vinhedos na Inglaterra e 2.732 acres de vinhas sendo cultivadas – um aumento de 45% nos últimos 4 anos.
“Até onde sabemos, ainda não há vinhas na Escócia, apesar dos rumores. Está acontecendo gradualmente. Tudo depende do quão acuradas são as previsões a longo prazo, mas dizem que em 2080 estará muito quente para se cultivar uvas no sul da Inglaterra.”

 

 

22-04-2009 – FEIRA DE BORDEAUX TERÁ CASA CHEIA

São boas as perspectivas da VINEXPO 2009, que acontecerá nos dias 21, 22, 23, 24 e 25 de Junho, na cidade de Bordeaux. Os espaços já estão todos vendidos para cerca de 2 400 expositores de 45 países. Itália, França e Espanha, as maiores produtoras de vinho do planeta, que respondem por 52,5% da produção total, confirmaram sua participação com pavilhões nacionais  e também com empresas isoladas de renome como a Luigi Cecchi&Figli, Gonzalez-Byass, Hugel& Fils e Champagne Roederer, dentre outras.
Chile e Argentina ocuparão o mesmo espaço de 2007 (ano da última feira, já que ela é uma bienal) , enquanto países como o México, Portugal e África do Sul aumentaram sua presença em 4,4%, 8% e 22% respectivamente. A exposição reserva ainda quatro novidades, mostrando vinhos e destilados das debutantes Suécia, Bielo-russia, Madagascar e Brasil.

22-04-2009 – EXPOVINIS BRASIL 2009

13º SALÃO INTERNACIONAL DO VINHO, a mais importante mostra de vinhos da América Latina, abre suas portas no próximo dia 05 de maio e continua aberta ato o dia 07. O evento deverá superar os números de 2008, quando foi visitado por 15 000 pessoas e abrigou 260 expositores.
A mostra acontecerá no TRANSAMÉRICA EXPO CENTER, na Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387, junto à Ponte Transamérica. Mais informações no site www.expovinis.com.br

 

22-04-2009 – CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM VINHO E CULTURA

A Universidade da Borgonha - em Dijon, na França, que integra a cátedra da UNESCO “Cultura e Tradição do Vinho”, do Institut Jules Guyot – está com as inscrições abertas para o curso de pós-graduação lato sensu em Vinho e Cultura. As aulas, dessa segunda turma, terão início na 2ª quinzena de maio e acontecerão na Universidade Candido Mendes, que é conveniada à instituição francesa.

A pós-graduação abordará disciplinas de diversas esferas, como cultura, ciência, arte e mundo dos negócios, enfocando o universo do vinho em seus aspectos históricos, mitológicos, geográficos, sensoriais e mercadológicos. O curso atenderá a demanda dos mais variados serviços da indústria gastronômica.

Todo o conteúdo assim como as disciplinas foram elaborados de acordo com a diretriz da cátedra da Unesco. O programa pretende estimular a pesquisa e difundir a valorização da cultura do vinho e seu mercado em expansão mundial, ampliando o conhecimento e a técnica da bebida como patrimônio cultural da humanidade.

O curso tem como público-alvo empresários, produtores, garçons, sommeliers, chefs de cuisine, maîtres, importadores, autônomos, profissionais das áreas de Comunicação, Economia, Administração, Ciências Sociais, História, Direito, Gastronomia, Hotelaria, entre outras, que buscam aprofundamento técnico e cultural no campo do vinho , além de gestores, assessores e técnicos de empresas produtoras, importadoras, ou que comercializem vinho e produtos correlacionados. A pós-graduação se divide em cinco módulos:

HISTÓRIA DO VINHO
- Dos Primórdios ao Renascimento;
- A Revolução Industrial e a era Moderna;
- Guerras, Conflitos e Preservação Cultural;
- História Contemporânea do Vinho.

GEOGRAFIA DO VINHO
- As Rotas do Vinho no Velho Mundo;
- As Rotas do Vinho no Novo Mundo;
- Viticultura, Climatologia e Terroir;
- Vinho, Cultura e Globalização.

CIÊNCIA E PERSPECTIVAS DO VINHO
- O Universo da Enologia;
- A Ciência a Serviço da Enogastronomia;
- Vinho e Saúde;
- Atualidades e Perspectivas em Enologia.

ARTE E IMAGINÁRIO DO VINHO
- Os Sentidos Organolépticos;
- Degustação e Percepção Sensorial;
- Enogastronomia;
- Enoturismo e Difusão do Vinho.

GESTÃO E NEGÓCIOS DO VINHO
- Mercado e Economia do Vinho;
- Aspectos Jurídicos e Institucionais;
- Gestão, Marketing e Planejamento Estratégico;
- Recursos Humanos e Profissionalização de Serviços
- Metodologia de Pesquisa.

* Vale salientar que os módulos e as disciplinas poderão ser cursados separadamente como cursos de extensão universitária. O programa promove também turmas exclusivas para instituições e corporações com conteúdos adaptados ao universo de interesse.

Serviço:
Pós-graduação lato sensu em Vinho e Cultura
Carga horária – 372 horas
Duração – 16 meses
Local - Universidade Candido Mendes – Centro-RJ - Rua da Assembleia, 10

Inscrições e informações – (21) 9972-7693
e-mail: pecs@candidomendes.edu.br  

As aulas serão realizadas à noite, sempre, às terças e quintas-feiras.

 

13-02-2009 – O VINHO BRASILEIRO PERDE ÂNGELO SALTON

O luto se abateu sobre o mundo do vinho brasileiro no dia 10 de fevereiro de 2009. Com apenas 56 anos de vida e ainda com muita energia e sonhos para realizar, o empresário Ângelo Salton Neto tombou vítima de um enfarte fulminante. A notícia surpreendeu a todos, levando uma multidão de amigos a velarem seu corpo no cemitério do Araçá, de onde o corpo saiu, às 16h, para o Crematório de Vila Alpina. Seu pai, o gaúcho Azir, havia se transferido para São Paulo para gerenciar o depósito da empresa, e aqui nasceu seu filho Ângelo, onde se criou, tendo se formado em Engenharia pela Universidade Mackenzie. Começou a trabalhar na empresa da família, fundada em 1910, no setor de vendas do Conhaque Presidente, que também pertence ao grupo. Em 1986, com apenas 33 anos, foi alçado à presidência do grupo, onde confirmou sua competência e tino comercial, realizando uma verdadeira revolução dentro da Vinhos Salton. Sem abandonar os vinhos populares, que fizeram o nome do grupo, Ângelo despertou para a importância dos vinhos finos de alta qualidade, e a isso se dedicou com afinco. Para tanto investiu pesado na reconversão de seus vinhedos, nos processos de qualidade, na construção de sua enorme e moderna vinícola, em Tuiuti, e no marketing. Nos últimos sete anos fez o faturamento da empresa dobrar, alcançando os 180 milhões de reais em 2008. Mas falta ainda falar da maravilhosa figura humana. Foi um dos maiores incentivadores da difusão da cultura do vinho no Brasil. Seu apoio a confrarias e associações de vinho pelo Brasil foi fundamental para que atingíssemos hoje o invejável grau de conhecimento que a média de nossos enófilos possui. Durante o período em que fui presidente da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho de São Paulo, a SBAV, fui testemunha de sua generosidade para conosco, e também para outras associações, revistas e também amigos. Ângelo deixa a esposa Fátima e quatro filhos. Sua enorme figura carismática, simpática e bonachona era marcante. Afinal, o corpo não poderia ser pequeno para abrigar um coração tão grande... Deixou em sua passagem um número enorme de amigos sinceros, que sem dúvida não se esquecerão dele.

 

13-02-2009 – CALOR E FOGO DIZIMAM A SAFRA AUSTRALIANA

A safra de uvas da Austrália desse ano deverá ser pelo menos 15% menor do que a do ano passado. O calor chegou a assustadores 48 ºC nos últimos dias, queimando a vegetação ressequida. As chamas foram depois espalhadas pelos fortes ventos quentes. A situação é caótica e desesperadora não só para os produtores de vinho, mas para a população em geral. Yarra Valley, perto de Melborne, foi a região mais atingida. Só ali os mortos chegam a 130. A vinícola Roundstone foi totalmente destruída, juntamente com seu restaurante. Domaine Chandon, Lance Family Vineyards e Punt Road foram parcialmente danificadas.

Segue abaixo, segundo a revista inglesa Decanter, os percentuais de perda de cada região:

Yarra Valley – 50% abaixo da média
Barossa Valley – 20 a 30% abaixo da média
Coonawarra - 40 a 50% abaixo da média
Mudgee - um pouco abaixo da média
Hunter Valley - um pouco menos de 10% abaixo da média
Margaret River – um pouco abaixo da média
Tasmânia - 20% abaixo da média
Riverland - 15 a 20% abaixo da média

 

16-12-2008 – DOM PÉRIGNON RENDE HOMENAGEM AOS SEIOS DE CLAUDIA SCHIFFER

A Moët Henessy, através de sua marca de champanhe Dom Pérignon, acaba de lançar uma taça cujo modelo são os seios da supermodelo Claudia Schiffer. O autor da obra, que tem um cunho mais decorativo, é o figurinista Karl Lagerfeld, fã da musa alemã. Seria então a segunda vez na história que seios de mulheres famosas inspiram taças de champanhe, já que – diz a lenda – a antiga taça arredondada que se usou por muito tempo teria sido moldada em um dos seios de Maria Antonieta. Tanto Schiffer quanto Lagerfeld tiveram uma longa ligação publicitária com a marca Dom Pérignon. Em 2007, a dupla alemã foi host de uma série de festas luxuosas quando se lançou a Oenothèque 1993, o cuvée top da Maison. A taça de cristal, que vem acompanhada de uma garrafa do champanhe Oenothèque 1995, custa a bagatela de U$ 3.150,00.


16-12-2008 – DOMAINE DE LA ROMANÉE-CONTI PRODUZIRÁ TINTOS EM CORTON

O legendário Domaine de la Romanée-Conti vai produzir vinho tinto nos vinhedos de Denominação (Appéllation) Corton pela primeira vez na história. Seus proprietários Aubert de Villaine e Henri-Fréderic Roch acabam de comprar uma área de 2,3 hectares do Domaine Prince Florent de Mérode na área. O DRC pretende produzir ali três Grand Crus – um Corton-Bessandes, um Corton-Clos-du-Roi e um Corton-Renardes.Os novos vinhos serão elaborados por Didier Dubois, atual enólogo da Prince Florent de Mérode, porém sob a orientação de Nicholas Jacob, diretor do DRC. Os vinhos serão lançados em 2012, em quantidades diminutas.

16-12-2008 – DESCOBERTA TECNOLOGIA CAPAZ DE ANULAR AROMA BOUCHONÉE

Uma técnica desenvolvida por cientistas da NASA capaz de eliminar componentes contaminantes dentro de naves espaciais podem destruir também o TCA ( 2,4,6 -tricloroanisol). O “aerocida” foi originalmente desenvolvido em 1990 para manter frutas e vegetais frescos nas estações espaciais. Provou-se que tal tecnologia é capaz de – em 24 horas e numa sala vedada -- eliminar de 90 a 95% do TCA, a mesma substância que produz o desagradável cheiro de mofo nas rolhas, que contamina depois o vinho. O processo funciona sugando-se o ar da caixa selada que é transferido para uma caixa com um catalisador de dióxido de titânio, que é depois irradiado por lâmpadas UV, oxidando todos os contaminantes orgânicos. O “aerocida” já é utilizado em hospitais e depósitos de alimentos, mas é novo na indústria do vinho.

 

20-10-2008 – UNIFICAÇÃO DAS REGRAS DE DENOMINAÇÃO DE ORIGEM PREOCUPA PRODUTORES TRADICIONAIS

Representantes da indústria vitivinicultora italiana demonstraram apreensão quanto às novas reformas da legislação da União Européia para o vinho. As mudanças planejadas pelo Mercado Comum Europeu irão substituir os atuais sistemas de denominação regionais por duas denominações padrão para todos os signatários. O efeito na Itália seria a fusão de diversas áreas produtores, com a diminuição das atuais 316 DOCs, 38 DOCGs e 118 IGTs para apenas 182 regiões, divididas entre as novas classificações DOP e IGP. Na prática, denominações atualmente distintas, como Barolo, Dolcetto e Barbera, passarão a fazer parte do Barolo DOP, por exemplo. Sub-zonas também serão banidas dos rótulos, e as flexíveis IGTs terão que obedecer regras mais rígidas quando forem transformadas em IGPs. Os produtores mais conservadores alegam que isso poderá destruir séculos de tradição vinícola e causar caos no mercado. "isso obviamente não faz o menor sentido, e destruirá décadas de trabalho em prol da proteção e garantia da individualidade de nossos vinhos", diz Claudio Salaris, diretor do Consorzio Barolo. Ele admitiu, no entanto, que haverá benefícios, com uma garantia maior contra fraudes em um sistema unificado de denominações.


20-10-2008 – ROMANÉE CONTI ALCANÇA MAIS UM RECORDE EM LEILÃO DA SKINNER

A auditoria Skinner, de Boston, uma novata no mundo do vinho, alcançou um recorde para a venda do top Borgonha, Domaine de la Romanée Conti, e dos californianos Screaming Eagle and do Harlan Estate. Em leilão de vinhos top realizado em 19 de setembro, foi vendido um lote de três garrafas do Romanée Conti 1911 por US$ 20.250 a garrafa – mais que o triplo do valor estimado. O recorde anterior para essa safra era de US$ 19.120, alcançado em outubro de 2006. No entanto, o recorde ainda é da garrafa safra 1945 que a Christies vendeu em maio de 2007 por incríveis US$ 60.000. Além do Romanée, duas garrafas de Screaming Eagle 2005 (Napa Valley) alcançaram US$ 2.430 cada. Já as três garrafas do também californiano Harlan Estate 1993 chegaram ao valor de US$ 810 a garrafa. Nem a crise financeira abalou o mercado dos vinhos de alto luxo, e os lances continuam ferozes. "As pessoas que gostam desses vinhos incrivelmente caros sabem como encontrá-los", disse a diretora Marie Keep. "Quando eles vêem algo que os interessa, eles vão direto, sem se importar com a atmosfera financeira".

20-10-2008 – ERRAZURIZ ANUNCIA GARRAFAS MAIS LEVES PARA SEUS VINHOS BÁSICOS

A Viña Errazuriz, do Chile, decidiu adotar garrafas mais leves em seus vinhos básicos para reduzir o gasto de energia na produção e transporte. Numa iniciativa pioneira no país, ela planeja engarrafar até o fim de 2008 todos os seus vinhos tintos da linha Estate (exceto o Pinot Noir) em garrafas bordalesas de 425g. A redução no peso das garrafas será de 60g em relação às anteriores. O próximo passo é desenvolver garrafas apropriadas para o Pinot Noir e os vinhos brancos. Não haverá diferença no custo das garrafas, já que a fabricante, Cristalerias Chile, não terá economia de escala. No entanto, a Errazuriz espera que seu exemplo seja seguido por outros produtores, de modo a reduzir custos de matéria-prima e emissões de poluição. A Viña Carmen já anunciou que parte de sua gama de vinhos será vendida em garrafas leves.


08-09-2008 – CATEDRAL ANGLICANA QUER ATRAIR FIÉIS COM UM BAR DE VINHO

A Catedral de Birmingham, no norte da Inglaterra, anunciou recentemente que planeja levar a tradição de servir vinho na Igreja um passo adiante. Além de molhar a hóstia no vinho, durante a comunhão, o diretor de eventos da paróquia anglicana agora quer abrir um bar de vinhos no local. Segundo autoridade eclesiásticas, o plano faz parte de um projeto para levar mais fiéis à igreja e de arrecadar mais fundos para a paróquia. No entanto, nem todos concordam com a idéia. Em entrevista ao jornal britânico Daily Telegraph, o secretário-geral da Church Society, uma organização para promover a fé anglicana, reverendo David Philips, afirmou que "abrir bares que servem vinho não parece um modo apropriado de gerar dinheiro para a igreja".


08-09-2008 – SAI SEGUNDA EDIÇÃO DO DIVERTIDO O MAPA DO TESOURO

O site Academia do Vinho (www.academiadovinho.com.br) acaba de lançar a 2a edição de seu livro O Mapa do Tesouro, um Guia Divertido para Iniciantes no Mundo do Vinho. De forma bem humorada, o livro aborda todos os temas que o iniciante deve conhecer para iniciar sua caminhada em busca dos tesouros do mundo do vinho: sua história, as uvas, a vinificação, os tipos de vinho, harmonização com alimentos, armazenamento e serviço, além dos "personagens" do vinho e as principais zonas produtoras do mundo. Mais informações e compras pelo site www.academiadovinho.com.br.


08-09-2008 – SAFRA DE BORDEAUX ATRASA, MAS DEVE REPETIR CARACTERÍSTICAS DE 2007

A colheita da safra 2008 de Bordeaux começou com atraso no dia 5 de setembro. Os primeiros cachos de Sauvignon Blanc foram colhidos pelo Château Carbonnieux, na appelation Pessac-Léognan, dez dias depois do que no ano passado. Em relação à média histórica da região, o atraso é de duas semanas. Atribui-se isso à falta de insolação durante a estação de crescimento. O rendimento deve ser menor também, devido a problemas nos períodos de floração e de formação dos cachos. A podridão nos vinhedos, no entanto, é menor do que no ano passado, graças à melhora do tempo nas últimas semanas de agosto. Os produtores temem, porém, a chuva que voltou a cair nesta semana. Se houver boas condições, a qualidade das uvas deve seguir à do ano passado: uvas sadias, capazes de produzir vinhos com teor alcoólico médio de 12,7°. A colheita da Semillon deve se iniciar em dez dias; as tintas, no entanto, só terão a vez no fim de setembro.


27-08-2008 – MÁ-FORMAÇÃO DAS UVAS E GRANIZO PÕE EM RISCO SAFRA 2008 NA BORGONHA

Os produtores da mais tradicional região vinícola da França estão tensos. Já é certo que a safra 2008 da Borgonha será menor do que a do ano passado: as videiras produziram cachos em menor quantidade e qualidade. Para piorar, chuvas de granizo atingiram partes da zona em plena primavera, período de formação das uvas. Apesar de os produtores dizerem que ainda é cedo para julgar a qualidade da safra, os efeitos negativos de uma primavera fria e úmida são quase certos. A primeira tempestade de granizo, que caiu no final de julho (verão no hemisfério norte), chegou a destruir 60% dos frutos em alguns vinhedos da Côte D'Or. A segunda caiu no início de agosto e atingiu toda a Borgonha, em especial a região de Mâcon. De acordo com o BIVB, órgão de comércio vinícola da região, Chablis foi a zona menos afetada pelo granizo. Produtores de appellations tradicionais, como Vosne-Romanée, também negaram que os prejuízos tenham sido significativos. Ainda que os danos tenham sido localizados, os viticultores borgonheses estão tendo que lidar com outro mal: o míldio, fungo que afeta também outras províncias francesas. A previsão do tempo para as próximas semanas, no entanto, é otimista: o tempo deve ficar ensolarado e seco, ideal para amadurecer as uvas e combater os fungos. A qualidade da colheita – que deve iniciar em setembro – ainda é uma incógnita.

 

06-06-2008 – QUARTA EDIÇÃO DO ENCONTRO MISTRAL TRAZ GRANDES NOMES DO VINHO PARA SÃO PAULO E RIO

São Paulo e Rio de Janeiro recebem neste início de junho a quarta edição do Encontro Mistral. O evento, organizado pela importadora de Ciro Lilla, traz novamente uma grande seleção de vinhos, enólogos e produtores. Dentre os mais de 80 produtores representados de 13 países diferentes, se destacam casas consagradas, como Bollinger, Biondi-Santi e Alión. Além de escolher entre 500 rótulos para degustação, o público poderá conversar com nomes como o português Luís Pato, grande símbolo da Bairrada; Telmo Rodríguez, o rei dos best-buy espanhóis; o enólogo italiano Marco Pallanti, produtor de grandes Chianti Classicos; Nicolás Catena, que pôs a Argentina no mapa mundial dos vinhos top; entre outros. O evento contará também com produtores de destilados, como o Cognac Delamain e a Grappa Nonino. A capital paulista recebe o Encontro Mistral entre 9 e 11 de junho, no Hotel Grand Hyatt. No dia 12, é a vez dos cariocas, no Sofitel de Copacabana. Não serão vendidos ingressos no local do evento. Mais informações no site www.mistral.com.br/encontro .

23-05-2008 – MORRE ROBERT MONDAVI, O “PAI DO NAPA VALLEY”

Robert Mondavi, o grande ícone do vinho californiano, faleceu aos 94 anos no último dia 16. Considerado o "pai do Napa Valley", Mondavi foi o maior responsável por quebrar o domínio europeu e botar a Califórnia no rol dos grandes produtores de vinho do mundo. Persistente, poderoso e às vezes turrão, Mondavi era descendente de viticultores italianos. Um pouco rude, um pouco sofisticado, era tanto bom técnico como marqueteiro. Depois de provar que seus vinhos mereciam o reconhecimento do mundo, Mondavi se engajou em parcerias com tradicionais produtores do velho mundo. Com o barão Phillipe de Rothschild, criou o lendário Opus One. Depois, fez negócios com Frescobaldi, Chadwick e outros. No entanto, algumas medidas acabaram conduzindo suas empresas a uma crise que levou à venda do grupo Mondavi para a gigante Constellation, em 2004. Mesmo assim, Robert Mondavi continuou sendo o presidente emérito da vinícola que fundou, exercendo grande influência. Nos últimos anos de vida, doou milhões de dólares à UCLA Davis, a divisão da universidade californiana especializada em vitivinicultura, e fundou um centro de artes e vinho na cidade de Napa.


23-05-2008 – REPRESENTANTES DO NOVO MUNDO PENSAM EM ALTERNATIVA Á VINEXPO

Um grupo de representantes de vinícolas do Novo Mundo está se mobilizando para boicotar a tradicional feira francesa Vinexpo, que acontece em junho de 2009, em favor de um evento similar em outra parte da Europa. As desavenças, que não eram novas, foram se avolumando nas últimas edições. Os produtores do Novo Mundo alegam que a Vinexpo continua favorecendo os países produtores da Europa e, mais especificamente, a França. Diversos representantes da Austrália, África do Sul, Califórnia, Nova Zelândia, Chile e Argentina mantiveram reuniões na feira alemã Prowein para tentar fechar uma posição. A princípio, serão consultadas figuras proeminentes do mundo do vinho para descobrir qual seria a receptividade a uma mostra de vinhos que ocorresse às vésperas da Vinexpo. Outra opção aventada é a realização de uma feira exclusiva de vinhos do Novo Mundo, que aconteceria entre setembro e outubro do ano que vem em Londres. O mais provável é que, mesmo que um dos dois formatos propostos vingue, parte dos exibidores continue também expondo na feira de Bordeaux. Isso porque os mais insatisfeitos, como os sul-africanos, os australianos e os neozelandeses, já não participaram das últimas edições da Vinexpo. Os órgáos desses países se retiraram após terem sido prejudicados pela desastrosa quebra do ar condicionado do pavilhão, em 2003, durante o mais quente verão da história francesa.


23-05-2008 – VINHO: PARA JOVENS FRANCESES, CARO E ANTIQUADO; PARA AMERICANOS, SOFISTICADO E MODERNO

Um estudo conduzido pela americana Liz Thatch mostra que os jovens franceses têm cada vez menos afinidade com o vinho - diferentemente dos norte-americanos da mesma idade. Para os franceses entre 21 e 30 anos, o vinho é caro e antiquado - sem falar na dificuldade em entender o rótulo francês e escolher uma garrafa dentre tantas opções nas prateleiras dos mercados. Esses franceses trocaram o vinho pela cerveja e pelos destilados, além das bebidas não-alcoólicas. E o mais chocante: mais da metade alegou não gostar do sabor do vinho. Já os norte-americanos consideram que beber vinho é uma atitude moderna e sofisticada. Não à toa, é a eles que se atribui grande parte do crescimento nas vendas da bebida nos últimos anos. A sugestão dos jovens franceses para reverter a tendência? A venda de garrafas menores em bares, restaurantes e casas noturnas. Mesmo assim, vale esclarecer: o consumo de vinho entre jovens franceses ainda é maior do que o dos americanos.


21-03-2008 – ESTUDO PREVÊ CRESCIMENTO ANUAL DE 10 A 20% NO MERCADO ASIÁTICO DE VINHOS

Estudo divulgado no início do mês pelo Conselho de Comércio e Desenvolvimento de Hong Kong estima que o mercado asiático de vinho cresça entre 10 e 20% ao ano nos próximos cinco anos. Com isso, o consumo regional dobraria em relação ao valor negociado este ano. China, Hong Kong, Taiwan, Singapura e Coréia do Sul devem puxar o crescimento, de modo que o valor total do vinho consumido na região, excluído do Japão, deve atingir US$16,67 bilhões em 2012. Espera-se que a China seja o principal expoente desse crescimento, chegando a se tornar o maior importador em volume. Em termos de valor, estima-se que as vendas cheguem a US$870 milhões anuais em 2017. Uma nova política tarifária para o vinho em Hong Kong prevendo a retirada das taxas deve fazer com que a cidade se beneficie mais com o aumento do consumo. Com isso, ela deve se tornar um pólo de distribuição de vinhos finos comparável a Londres e Nova York. As taxas, antes, chegavam a alcançar 40% do valor. A cidade já tem em sua agenda a primeira International Wine Expo programada para agosto. Casas de leilão da Europa e dos EUA, como Bonhams e Acker Merral and Condit, já estão se mexendo para promover vendas na ilha.


21-03-2008 – 40 NOVAS COMUNAS PODERÃO PRODUZIR UVAS PARA O CHAMPAGNE

Numa atitude inédita em 80 anos, a área de produção de Champagne deve ser ampliada em breve. O Instituto Nacional de Origem e Qualidade (INAO) aprovou a inclusão de 40 novas regiões de plantio de uvas para o champagne, ao mesmo tempo em que excluiu duas áreas. Assim, das 319 comunas autorizadas, a região passará a contar com 357. Os preços de terrenos nas novas terras da AOC devem disparar, mas o volume vendido só deve ter maior crescimento a partir de 2020. Isso porque, apesar de os trâmites burocráticos se encerrarem em 2009, o plantio só deve ser iniciado em 2015. Em entrevista à Agência France Presse, Gille Flutet, do INAO, declarou: "Se seus vinhedos caírem do lado errado da divisa, eles valerão €5.000 o hectare. Do outro lado, valerão €1 milhão. A quantidade de áreas nas quais o vinho poderá ser amadurecido também cresceu, de 634 para 675 comunas. A aprovação da expansão é vista como uma resposta à demanda cada vez maior pelo champanhe. De acordo com o INAO, a revisão da área produtora já está sendo pedida desde 2003 pelo Sindicato Geral de Viticultores de Champagne. A atual zona de 33,5 mil hectares foi criada em 1908, registrada em lei em 1927 e referendada em 1984 por um parecer técnico do INAO.

Embora a lista oficial ainda não tenha sido publicada, a imprensa já repercutiu um rol das novas comunas. A maioria delas se localiza no departamento do Marne: Baslieux-les-Fismes, Blacy, Boissy-le-Repos, Bouvancourt, Breuil-sur-Vesle, Bussy-le-Repos, Champfleury, Courlandon, Courcy, Courdemanges, Fismes, Huiron, La-Ville-sous-Orbais, Le-Thoult-Trosnay, Loivre, Montmirail, Mont-sur-Courville, Peas, Romain, Saint-Loup, Soulanges, Ventelay. No departamento de Aube, temos: Arrelles, Balnot-la-Grange, Bossancourt, Bouilly, Etourvy, Fontvannes, Javernant, Laines-au-Bois, Macey, Messon, Prugny, Saint-Germain-l'Epine, Souligny, Torvilliers, Villery. Finalmente, em Aisne, foi aceita a comuna de Marchais-en-Brie e no Haute-Marne as de Champcourt e Harricourt. Vinhateiros e proprietários na comuna de Germaine, excluída das atuais áreas permitidas, contestarão a decisão do INAO. Já na outra comuna retirada da AOC, Orbay l'Abbaye, não se espera nenhum tipo de protesto. De acordo com o prefeito Pierre Yves Jardell, ali "as vinhas dão muito trabalho para poucos benefícios".


21-03-2008 – VINHOS BRASILEIROS CONSEGUEM BOM RESULTADO NA VINALIES

Os vinhos brasileiros obtiveram um bom desempenho no Concurso Vinalies Internationales, em Paris, realizado entre 29/2 e 04/03. Catorze produtos nacionais receberam premiações; no total, 126 degustadores avaliaram 3.022 amostras de 36 países. Phillipe Mével, enólogo da Chandon do Brasil, fez parte da banca examinadora. Além da pontuação, os degustadores precisaram fazer uma avaliação descritiva, repassada aos expositores.

Segue a lista de premiados brasileiros:

Medalha de Ouro
Panizzon Espumante Moscatel 2007 - Sociedade de Bebidas Panizzon

Medalha de Prata
Amadeu Espumante Brut 2006 - Vinícola Cave de Amadeu
Aurora Espumante Moscatel - Cooperativa Vinícola Aurora
Chandon Brut Excellence - Moët Hennessy do Brasil
Chandon Brut Reserve - Moët Hennessy do Brasil
Chandon Passion - Moët Hennessy do Brasil
Courmayeur Espumante Moscatel 2007 - Vinícola Courmayeur
Miolo Cuvée Guiseppe 2004 - Vinícola Miolo
Salton Desejo Merlot 2005 - Vinícola Salton
Santa Collina Espumante Brut 2007 - Cooperativa Viti-vinícola Aliança
Santa Collina Chardonnay Premium 2007 - Cooperativa Viti-vinícola Aliança
Santa Collina Espumante Moscatel 2007 - Cooperativa Viti-vinícola Aliança
Santa Collina Sauvignon Blanc Premium 2007 - Cooperativa Viti-vinícola Aliança
Zanotto Merlot 2005 - Vinícola Campestre

26-01-2008 – VALE DOS VINHEDOS ESPERA 30 MIL TURISTAS PARA PERÍODO DE COLHEITA

O período entre janeiro e março, época da colheita de uvas no Brasil, costuma ser o pico nas visitações turísticas ao Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. Neste ano, a Associação de Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale) estima um crescimento de 30% no número de visitantes nesse período em relação a esses três meses no ano passado, superando a marca de 30 mil pessoas. No total do ano passado, foram 120.962 turistas recebidos, um crescimento de 14% em relação a 2006. A região investiu pesado na infra-estrutura para enoturismo nos últimos anos. Além de visitar vinícolas e de provar a culinária da região, de influência italiana, o turista hoje em dia tem à disposição bons hotéis e pousadas, um spa do vinho, um memorial dedicado à bebida, dentre outras atrações. Os produtores estão entusiasmados não só com o aumento na visitação, como com a safra 2008: até agora, o sol tem contribuído com o amadurecimento das uvas, e as castas mais precoces, como a Pinot Noir e a Chardonnay, já estão sendo colhidas num bom estágio de maturação.

26-01-2008 – BOTTLE SHOCK, O PRIMEIRO DE DOIS FILMES SOBRE O JULGAMENTO DE PARIS, É LANÇADO EM SUNDANCE

O primeiro dos dois filmes retratando o lendário Julgamento de Paris de 1976 estreou no Festival de Sundance com críticas apontando em várias direções. O Julgamento de Paris foi uma degustação às cegas de Chardonnays e Cabernets Sauvignon da França e da Califórnia na qual, surpreendentemente, os vinhos americanos bateram os franceses por unanimidade, revoltando alguns dos próprios degustadores. "Bottle Shock", de acordo com a revista "Variety", é uma história "para as massas" e possui "trechos dolorosamente previsíveis e sentimentais", mas é compensado por um "retrogosto chamoso". Nessa versão da história, o foco está na família Barrett, do Chateau Montelena, da Califórnia, que acabou sendo um dos vencedores do Julgamento de Paris. Steven Spurrier, o então proprietário de uma loja de vinhos em Paris que organizou a degustação, é retratado como um inglês orgulhoso e metódico, e chegou a ameaçar um processo contra os realizadores de "Bottle Shock". De acordo com os críticos, a afetação britânica de Alan Rickman, que interpreta Spurrier, deve garantir boa parte das risadas. O filme aposta também em uma trama romântica, lembrando de certo modo a combinação "Sideways" de vinho, sol, romance e comédia. Apesar de os produtores do filme ressaltaram a veracidade dos fatos, para a Variety, Bottle Shock conta um "história real que só Hollywood poderia ter inventado". Steven Spurrier, assim como George Taber, jornalista da revista Time que acompanhou a degustação e escreveu o livro O Julgamento de Paris, apóiam a outra versão, que ainda não foi filmada devido à greve dos roteiristas de Hollywood.


26-01-2008 – WINES OF CHILE SURPREENDE COM CARMENÈRES E NOVOS PRODUTORES

Produtores e apreciadores do vinho chileno se surpreenderam na última semana com os resultados do 5º Prêmio Vinos de Chile, realizado em Santiago. Em vez de dar as melhores notas para Cabernets do Vale do Maipo ou para brancos de Casablanca, o júri acabou prestigiando os Carmenère, as pequenas vinícolas e as regiões emergentes. O prêmio de melhor vinho foi dado ao blend da Viña La Rosa, Ossa 6th Generation 2004, produzido em Cachapoal. O melhor Carmenère foi o da Arboleda, de Eduardo Chadwick, que se disse surpreso com os resultados, que favoreceram "muitos vinhos desconhecidos (...) cujos produtores eu quero visitar agora". As vinícolas que ganharam mais prêmios foram a Falernia (melhor Sauvignon Blanc, do Valle do Elqui - região ao norte, tradicional produtora de pisco - , e branco best buy, além de melhor Syrah com a Viña Mayu, de sua propriedade) e a Anakena (melhor Outros Brancos, com seu Viognier, e Pinot Noir). Surpreendentemente, o melhor Cabernet Sauvignon, da Tabontinaja, é proveniente do Valle do Maule. De acordo com Michael Cox, da Vinos de Chile, o resultado reflete a diversidade de estilos do vinho chileno atual, com novas regiões despontando e outras tradicionais melhorando a qualidade.

 

07-12-2007 – ‘SABORES DO ALENTEJO’ RECEBE PRÊMIO DUPLO NA SUÉCIA

O livro Os sabores do Alentejo - História, vinhos e receitas, de Aguinaldo Záckia Albert, recebeu dupla premiação do Gourmand World Cookbook. Publicado pela editora Senac-SP, o título foi vencedor nas categorias melhor livro de culinária estrangeira e melhor guia culinário de viagem, concorrendo com publicações de vários outros países. O livro anterior de Záckia, O admirável novo mundo dos vinhos e as regiões emergentes, também havia recebido essa distinção sueca em 2004 na categoria melhor livro sobre vinhos no Brasil. A entrega dos prêmios finais acontecerá em maio de 2008.

07-12-2007 – CIENTISTAS DA ITÁLIA E DOS EUA MAPEIAM GENES DA MATURAÇÃO DAS UVAS

Pesquisas encaminhadas por cientistas italianos e norte-americanos conseguiram detectar os "genes do amadurecimento" nas uvas, possibilitando a criação de um novo método para selecionar os frutos. Com o recurso de mapear os processos envolvidos na maturação das uvas, as vinícolas poderão no futuro saber quais clones de videira produzirão melhores vinhos. Dois estudos, publicados na revista BMC Genomics, mostram que muitos outros fatores biológicos e moleculares estão envolvidos no amadurecimento, além dos teores de açúcar e de acidez medidos atualmente nas vinícolas. Para a equipe, é preciso considerar outros indicadores para se detectar o auge do processo, e a expressão maior de certos genes na época da colheita pode ser um marcador importante nisso. Enquanto a equipe americana detectou e descobriu detalhes do funcionamento de genes associados não só a estágios do amadurecimento, como à quantidade de flavonóides e outras substâncias, os italianos descobriram que a análise da expressão de mais de mil genes combinados ao longo de três estações do ano podem indicar a tendência de maturação da uva. Eles também descobriram que outros genes têm sua expressão influenciada pelas condições de clima e solo, comprovando sua importância na produção de bons vinhos.


07-12-2007 – CONJUNÇÃO DE FATORES PÕE ABASTECIMENTO DE COGNAC EM RISCO

Atenção, amantes do Cognac: uma conjunção de baixo estoque, safra reduzida em 2007 e de crescimento na demanda podem fazer com que não haja bebida suficiente para todos por algum tempo. De acordo com a agência de notícias France Presse, as vendas do destilado francês subiram 40% desde 2001, ano em que o mercado japonês, o principal do produto, sofreu um colapso nas vendas. Como conseqüência disso, os produtores vinham reduzindo a produção e os estoques. De acordo com o CEO da casa Camus, Cyril Camus, há conhaque suficiente para suprir a atual taxa de vendas, mas, pelo ritmo em que elas vêm aumentando nos últimos dois anos, haverá risco num futuro próximo. O Cognac é consumido principalmente na Ásia e nos EUA. A bebida, produzida no sudoeste da França principalmente com a uva Ugni Blanc, é, depois de destilada, envelhecida em barris de carvalho. O problema do abastecimento foi aumentado depois da perda de quase 25% da safra em 2007, devido a condições climáticas. O reflexo disso nos preços poderá em breve ser sentido. Ainda assim, há esperança de alívio para o próximo ano, graças aos investimentos em novos alambiques feitos no início deste ano por várias casas, devido à expectativa, na época, de uma safra maior.

 

05-10-2007 – CHAMPAGNE RUINART CHEGA AO BRASIL

A casa da champagne mais antiga em funcionamento finalmente tem dois de seus vinhos trazidos para o Brasil. A LVMH, maior conglomerado de produtos de luxo do mundo e dona também das marcas Moët & Chandon, Krug e Veuve Clicquot, passa a importar um blanc de blancs e um rosé da vinícola fundada por Nicolas Ruinart em 1729. Seguindo os passos de seu tio, o monge beneditino Dom Thierry Ruinart, Nicolas passou a produzir champagne em grande escala quando um decreto real francês de 1728 permitiu o transporte de vinhos em garrafas, em vez de barris, condição primordial para o espumante. O Ruinart blanc de blancs (isto é, feito só com uvas brancas) é produzido com Chardonnay da Côte des Blancs, enquanto o rosé é feito com 45% de Chardonnay e 55% de Pinot Noir da região de Montagne de Reims (sendo 19% desse total vinificado como tinto e o restante em branco, isto é, sem as cascas).


26-09-2007 – PROCURA-SE: RIESLING ALEMÃO, DEMANDA EM ASCENSÃO, PRODUÇÃO EM QUEDA

Os produtores alemães estão em festa: as exportações de Riesling atingiram um nível recorde em 2006, de acordo com os dados mais recentes da Wines of Germany. O relatório informa que as vendas chegaram a 2,9 milhões de hectolitros, com o valor inédito de €193 por hl pagos ao produtor, €79 a mais do que era pago em 1993. O maior mercado continua sendo o do Reino Unido: o valor das vendas no varejo teve aumento de 6,7% no ano passado. Já nos EUA, esse número subiu 27,2% no ano passado, e o volume cresceu 15,6%. O crescimento na demanda se deu justamente após uma série de safras de rendimento abaixo da média, o que fez com que os produtores tivessem poucos exemplares da safra de 2006 para vender. O mercado espera uma estabilização a partir do próximo ano, com a previsão de que a safra 2007 juntará boa qualidade com maior rendimento em relação às anteriores. Alguns produtores reclamam, no entanto, que apesar do grande crescimento na produção de vinhos secos (atualmente 60% dos Riesling), os mais exportados continuam sendo os vinhos frutados e mais doces. Outra tendência cada vez mais forte é a dos tintos, tanto no consumo interno como na produção. No país dos brancos, 54% do vinho consumido já é tinto e 37% da área plantada é de variedades tintas; além disso, a produção de Pinot Noir já é a terceira do mundo, com mais área dedicada a essa cepa do que Austrália, Nova Zelândia e Chile juntos.


26-09-2007 – PREÇOS DOS BORDEAUX SE RECUPERAM EM 2007

“Uma lufada de esperança”. Foi assim que Bernard Farges, presidente do Syndicat Viticole AOC Bordeaux et Bordeaux Supérieur, definiu a recém-anunciada queda nos estoques de vinhos da região, com um simultâneo aumento nos preços de venda. De acordo com o sindicato, que aglutina produtores responsáveis por 60% das exportações de Bordeaux e 66% do consumo interno, os preços do tonel de 900 litros estão subindo gradualmente após uma forte queda nos últimos anos. Valores que por muitos anos se mantiveram numa média de €1,100 por tonel, caíram para uma média de €835 durante as vendas de 2005/2006. Os dados referentes ao período entre agosto de 2006 e julho de 2007 mostram um aumento de 5,3% nos preços e de 15% no volume de vendas. Os indícios de uma safra de pequeno volume em 2007 animaram ainda mais os produtores. No entanto, ainda há margem para descontentamento. Para Farges, o patamar de €880 atingido no exercício mais recente ainda está longe do mínimo de €1000 considerado ideal para lucratividade. Ele acrescenta que o programa de retirada de vinhas e a crise nas medidas de destilação também foram importantes em reestruturar o mercado, mas adverte que o desafio agora é manter o equilíbrio entre oferta e demanda e evitar um círculo vicioso com uma nova valorização do Bordeaux.


26-09-2007 – PINOT NOIR DA CASA MARIN CONQUISTA VINALIES E ROBERT PARKER

O vinho Casa Marin Pinot Noir Lo Abarca Hills 2004 foi premiado com a medalha “Grande Ouro” no concurso Vinalies 2007, na França. Considerada um dos mais importantes prêmios internacionais do vinho, a medalha “Grande Ouro” é dedicada a vinhos excepcionais em suas categorias. Produzido no Vale de San Antonio, região vinícola costeira do Chile recentemente descoberta e produtora dos melhores brancos e Pinots Noirs do país, o Lo Abarca Hills já havia recebido recentemente 92 pontos do crítico Robert Parker. Os vinhos da Casa Marin são importados pela Vinea Store: www.vineastore.com.br .


16-08-2007 – WINES FROM BRAZIL COMEMORA CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES

O consórcio de produtores Wines from Brazil, formado por 20 vinícolas, comemora no próximo dia 17 a marca de vinte países compradores de seus vinhos. Dezesseis delas já estão exportando para países como EUA, Japão, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia, Angola e Colômbia, entre outros. O Projeto Setorial, promovido pela Ibravin e pela APEX (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) para facilitar a inserção no mercado externo de vinhos finos nacionais, foi iniciado em 2002 com a participação de seis vinícolas. Atualmente, pequenos e grandes produtores de regiões do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Vale do São Francisco já fazem parte do grupo. A previsão é que o volume das exportações chegue a US$ 2 milhões em 2007.


16-08-2007 – TEMPO RUIM E REDUÇÃO DE VINHAS FAZEM SAFRA FRANCESA CAIR AO NÍVEL DE 2003

De acordo com o ministério da Agricultura francês, a safra deste ano deve render menos de 50 milhões de hectolitros de vinho, o menor nível desde 2003. Naquele ano, graças à incrível onda de calor que tomou a Europa, a produção havia sido de 47,5 milhões. Para 2007, a estimativa foi revisada de 51,2 milhões de hl da previsão inicial, em julho, para 49,9 milhões agora. Embora o clima possa ser parcialmente responsabilizado pela queda, o ministério alega que haverá uma queda de 23% na produção de Vins de Table graças a um programa de redução de vinhas no sul da França; já a produçao de AOCs deve cair 2%. No entanto, o comunicado confirma que a mudança na estimativa entre julho e agosto se deve ao tempo ruim. Se o clima continuar chuvoso, a safra pode ser ainda mais prejudicada, com o risco de atingir os níveis de 2003.


16-08-2007 – XV AVALIAÇÃO NACIONAL DE VINHO TEM 260 AMOSTRAS INSCRITAS

A tradicional Avaliação Nacional de Vinhos, promovida pela ABE (Associação Brasileira de Enologia), chega a sua 15ª edição neste ano. Em 2007, 61 vinícolas inscreveram 260 amostras de vinho para serem avaliadas por um corpo de 80 enólogos até 24 de agosto. As degustações se iniciaram no dia 6 no Laboratório de Análise Sensorial da Embrapa Uva e Vinho; a degustação final da XV Avaliação, com os vinhos selecionados nesta primeira etapa, será feita no dia 29 de setembro em Bento Gonçalves, com transmissão simultânea por video-conferência no Rio de Janeiro, contando com 700 degustadores no RS e 300 no RJ. O entusiasmo da organização é grande, devido ao crescimento nas premiações, no prestígio externo e nas exportações de vinhos brasileiros, além do reconhecimento oficial da profissão de enólogo ocorrido recentemente.

 

07-07-2007 – VINHOS BRASILEIROS EM DESTAQUE NO JANCISROBINSON.COM

Três anos depois da visita ao Brasil da inglesa Jancis Robinson, uma das mais conceituadas críticas de vinho do mundo, sua assistente e editora do site jancisrobinson.com, Julia Harding, publicou boas avaliações sobre vinhos top nacionais. Em degustação organizada em Londres pelo presidente da ABS-SP, Julia provou principalmente vinhos da excelente safra de 2004. Para alguns deles, chegou a dar notas 17+ e 18 em uma escala de 20 pontos, um feito de bastante destaque levando-se em conta o pequeno destaque dado ao vinho brasileiro até pouco tempo atrás pela imprensa enológica mundial. Apesar de algumas ressalvas a um pequeno desequilíbrio no amargor final dos vinhos, a avaliação confirma e mostra uma evolução em relação à primeira prova de vinhos brasileiros feita por Jancis, na qual declarou gostar da leveza e da acidez dos nossos tintos (ler mais aqui). Veja abaixo a relação dos vinhos com suas respectivas pontuações, em ordem decrescente:

- Salton Talento 2004 Tuiuty – Bento Gonçalves – 18
- Salton Talento 2002 Tuiuty – Bento Gonçalves – 17+
- Miolo Merlot Terroir 2004 – Vale dos Vinhedos – 17
- Salton Desejo Merlot 2004 – Serra Gaúcha – 17
- Villa Francioni – Sauvignon Blanc – 17-
- Villa Francioni – Chardonnay Lote 1- Blend das safras 2004 e 2005 – 17-
- Excellence par Chandon Brut Reserve – 16+
- Miolo Quinta do Seival Castas Portuguesas 2004 – Campanha – 16+
- Villa Francioni – Vinho Tinto Fino Seco 2004 – 16,5
- Pizzato Reserve Merlot 2004 – 16-
- Miolo Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2004 – Campanha – 16-
- ViniBrasil Paralelo 8 2005 – Vale do São Francisco – 16-
- Vinícola Argenta – Cuvée Luiz Argenta 2005 – Flores da Cunha – 15
- Espumante Miolo – 15

07-07-2007 – VINEXPO 2007 CONFIRMA VITALIDADE DO MERCADO MUNDIAL DE VINHO

Boa organização, mais visitantes e aumento nas vendas - além de um clima bem mais ameno do que nas últimas edições - garantiram um resultado satisfatório para a Vinexpo 2007. De acordo com a organização, a feira teve neste ano 3% mais visitantes do que em 2006. A cada vez maior presença de representantes, compradores e visitantes de mercados orientais, como China, Índia e Rússia, também impressionou. Embora algumas ausências tenham sido sentidas, como as dos vinhos australianos e de produtores tradicionais, como Moët et Chandon e Freixenet, mais de um terço dos maiores negociantes de vinhos mundiais estavam lá. Quem não ficou muito contente com a Vinexpo foram os produtores da África do Sul. Seus vinhos ficaram retidos na alfândega e só chegaram alguns dias depois do início da feira, gerando perdas de vendas em relação a outros anos. Apesar de incidentes menores como este, a feira foi considerada bem-sucedida, ainda mais com a estimativa de que as vendas no mercado de vinhos e seus destilados cheguem a US$300 bi no mundo todo em 2010, contra US$277 bilhões em 2005. Quem precisa mostrar fôlego nesse crescimento é o mercado da própria França, há alguns anos em declínio tanto em vendas internas como em exportações.

07-07-2007 – PRODUTORES RADICAIS AMEAÇAM ONDA DE REVOLTAS NO SUL DA FRANÇA

Exposições, estátuas, cartazes - e ameaças explícitas: no aniversário da revolta de vinicultores de 1907, no sul da França, há até espaço para reclamações de produtores da atualidade. Para o dia da Cultura Européia, que acontece entre 19 e 20 de setembro, a região do Languedoc-Roussillon escolheu a revolta como tema. A vila de Marseillan e as cidades ao seu redor serão especialmente decoradas para a ocasião e terão grandes eventos. Um dos principais temas promovidos é a defesa da vitivinicultura tradicional do Languedoc contra o crescimento da industrialização na área. A revolta de 2007, que acabou em violentos protestos, foi a primeira ocorrida entre viticultores do sul da França. Eles protestavam contra a invasão de vinhos da Argélia, na época colônia francesa, que eram mais baratos e faziam concorrência direta aos produtos do Midi. Tentando pegar carona na onda de celebrações, o CRAV (Comité Regional d'Action Viticole), suspeito de promover sabotagens nos últimos anos, incentivou na televisão local uma nova onda de protestos cem anos depois. O grupo pede aos franceses para que "mostrem ser sucessores legítimos dos rebeldes de 1907", a fim de "garantir que as futuras gerações consigam tirar seu sustento da terra". A concorrência de novas regiões vinícolas ao redor do mundo tem tirado cada vez mais mercado dos produtos franceses, aumentando a crise do já subsidiado mercado agrícola do país.

30-05-2007 – CAUDALIE VAI ABRIR NOVO SPA DE ENOTERAPIA NO PLAZA HOTEL

O ambicioso projeto de reforma do Plaza Hotel de Nova York, um dos mais famosos do mundo, vai incluir a abertura de um spa vinoterapêutico Caudalie. A partir de meados de novembro, quinze quartos no primeiro andar do hotel estarão abertos para receber clientes para massagens com Sauvignon, banhos de mosto de Cabernet e tratamentos faciais com extratos de uvas. "Será especialmente bom para mulheres da cidade que querem ganhar um brilho rápido", diz Mathilde Thomas, co-proprietária do Caudalie e filha dos donos do Château Smith Haut Lafitte, de Pessac-Léognan, Bordeaux. O Plaza, ao lado do Central Park, está passando por uma grande remodelação: quando reabrir, terá 180 apartamentos de alto padrão e 152 quartos de hotel. Os planos para a instalação em Nova York começaram há dois anos; o mercado americano é o maior da Caudalie fora da França. "O Plaza se considera o château de Nova York, então o casamento é perfeito". Além de Bordeaux, Paris e agora Nova York, a Caudalie abriu spas em Taiwan, no Vale do Sonoma, California, no Piemonte e no hotel da Marqués de Riscal, em Rioja.

30-05-2007 – NOVA ZELÂNDIA INVESTE US$17 MI PARA DETERMINAR CARACTERÍSTICAS DO SAUVIGNON BLANC

Pesquisadores neozelandeses do Marlborough Research Centre e da Universidade de Auckland receberam verbas para levar adiante uma pesquisa que examinará as qualidades diferenciadoras da Sauvignon Blanc. Financiado praticamente meio-a-meio pelo governo e por empresas vinícolas, o projeto estima investir US$17 milhões nos próximos seis anos para desenvolver métodos de análise e determinar como e porquê o Sauvignon neozelandês tem o gosto que tem - para com isso explorar esse conhecimento comercialmente. "Os consumidores podem identificam as características frutadas e herbáceas do Sauvignon Blanc - a acidez cítrica e os toques de maracujá e frutas tropicais", diz Damian Martin, do comitê de pesquisas. "A maioria deles prefere um balanço entre os dois lados". Depois de mais cinco anos de pesquisa nesta fase, o estágio seguinte é buscar as técnicas vitivinícolas que podem regular cada componente da estrutura do vinho de acordo com o desejado, como a seleção de diferentes tipos de levedura, o manejo da condução das vinhas em relação à exposição ao sol, a nutrição do solo, a elevação do terreno e outros aspectos ligados ao terroir. O foco inicial da pesquisa é Marlborough. Uma vez determinados os métodos de medição, ela será expandida para frutos e vinhos de outras áreas, que como resultado podem ser postos em primeiro plano na produção da uva. Outro projeto dos pesquisadores é levantar verbas para estender a pesquisa à Pinot Noir.

30-05-2007 – TOUR MISTRAL TRAZ 25 PRODUTORES PARA PERCORRER CINCO CAPITAIS

A importadora Mistral realizou nos últimos dias 28 e 29 de maio a segunda edição de seu Tour Mistral bienal, reunindo 25 importantes produtores de 11 países no Hotel Hilton. Mais de 200 vinhos da África do Sul, Argentina, Austrália, Chile, Espanha, França, Grécia, Itália, Nova Zelândia, Portugal e Uruguai foram expostos e degustados. Dentre os produtores presentes, destaque para o argentino Nicolas Catena Zapata, o português Luis Pato, e a francesa Hélène Affattato, do Château la Gatte. O Tour agora parte para Belo Horizonte (30 de maio), Brasília (31 de maio), Curitiba (1 de junho) e Rio de Janeiro (2 de junho). No ano que vem, será realizado o Encontro Mistral, evento também bienal de maior porte já tradicional no calendário do mundo do vinho no Brasil.

30-04-2007 – L´ACADEMIE DU VIN DE PARIS SE PREPARA PARA VOLTAR ONLINE

A escola de vinhos L´Academie du Vin se prepara para em breve ser relançada online. A escola, fundada em 1972 pelo jornalista e crítico de vinhos inglês Steven Spurrier e por Jon Winroth, marcou época em Paris ao ensinar britânicos e norte-americanos a apreciarem vinhos. O declínio veio a partir de 1988, quando foi comprada pela rede Repaire de Bacchus, e fechou em 1991. Quem gerenciará a Academie du Vin de Paris na internet será o site Chateauonline, com o comando do somelier Jean-Michel Deluc, uma "pessoa perfeita para continuar o trabalho iniciado em 1972", de acordo com Spurrier. O site entra no em 15 de maio de 2007 no endereço www.academieduvin.fr .

30-04-2007 – MICHEL ROLLAND ABRE EMPRESA PARA COMERCIALIZAR SEUS VINHOS

Michel Rolland, o mais famoso consultor de vinhos e flying-winemaker do mundo, abriu sua própria empresa para comercializar vinhos, abandonando o sistema de négociants tradicional. Seu genro, David Lesage, será o diretor-executivo da companhia Rolland Collection, que a princípio cuidará da distribuição dos produtos de cinco vinícolas em Bordeaux, duas na Argentina, duas na África do Sul e uma na Espanha, todas de propriedade de Michel e sua esposa Dany ou joint-ventures. "Nós percebemos que os vendedores franceses são muito bons em vender vinhos franceses, mas é mais difícil para eles negociar vinhos de outros países", disse Lesage. "Tínhamos um monte de consumidores perguntando onde eles poderiam comprar nossos vinhos, e com os muitos intermediários do sistema de négociants era difícil saber." Segundo ele, o objetivo da nova empresa é "se aproximar de nossos consumidores." Por enquanto, os vinhos das propriedades para as quais ele presta consultoria não serão o alvo da empresa.

30-04-2007 – PREÇOS EM BORDEAUX DEVEM MANTER O NÍVEL DE 2006

De acordo com Steven Spurrier, editor-consultor da revista Decanter, a safra de 2006 deve manter os preços de 2004, embora seja uma safra melhor. Diz ele que os donos teriam fechado um acordo em Prieure-Lichine, em Margaux, no qual se teria concluído que este nível de preços seria "perfeito para o mercado". "Ninguém discordou da teoria de Spurrier ainda", diz ele. Spurrier complementa que esta é uma safra cujos vinhos não podem ser comprados fora do preço. "O que é claro é que aqueles com dinheiro - como Cos d´Estournel e Lafite - que foram capazes de dar atenção à safra tanto nos vinhedos como na cantina, fizeram grandes vinhos.Quem cruzou os dedos esperando pelo melhor não fez nada de especial". O clima foi muito difícil e muitos produtores não conseguiram se adequar perfeitamente à condição. "Dei muitas três estrelas, mas poucas pontuações top".

24-03-2007 – CHIANTI CLASSICO ADERE A LIGA PELA PRESERVAÇÃO DOS NOMES DE REGIÕES VINÍCOLAS

A região do Chianti Classico, a mais tradicional da Toscana, é a primeira zona produtora italiana a se juntar a um grupo voltado à proteção da identidade das marcas e regiões vinícolas. A coalização junta 13 regiões produtoras como Sonoma County, Champagne, Tokaji, Napa Valley, Victoria, Porto e Jerez, que assinaram uma declaração conjunta para proteger os nomes dos vinhos e seus requisitos de produção. Graças à confusa legislação vinícola antiga da Itália, modificada há poucos anos, a região do Chianti foi expandida e teve seus critérios de controle de qualidade afrouxados, fazendo com que a reputação do vinho como um todo caísse tanto quanto a qualidade média dos produtos. Com isso, os tradicionais produtores do Consorzio Chianti Classico passaram a investir em sua imagem para diferenciar-se das demais zonas do Chianti, e por isso foi a primeira região italiana convidada a se juntar ao grupo.

24-03-2007 – VÁCUO LEGAL IMPULSIONA VENDA DE CHIPS DE CARVALHO EM BORDEAUX

Graças a um vácuo na legislação, as vendas de chips de carvalho para vinhateiros de Bordeaux aumentou em 200%. A lei que proíbe o uso dos cavacos de carvalho nas regiões AOC (denominações de origem controlada) foi escrita em 2006, mas ainda não entrou em vigor. Com isso, os produtores se adequam à regra da União Européia que permite sua utilização, ainda que apenas após a fermentação. Produtores de média e baixa qualidade compram tocos, sachês e chips para aromatizar seus vinhos e economizar na compra de barris. Muitos produtores escondem o expediente, já que a prática é malvista por não propiciar a microoxigenação e dar menos sutileza aos aromas. A previsão é que a regulamentação proibitiva demore a ser implementada, se de fato for, devido às eleições francesas nestes anos.

24-03-2007 – EXPORTAÇÕES DE VINHO NORTE-AMERICANO DOBRAM EM DEZ ANOS

Produtores dos EUA estão em polvorosa. As exportações norte-americanas cresceram em 30% no último ano - nos últimos dez anos, a venda de vinho americano para outros países mais do que dobrou. Deste total medido pelo Instituto de Vinho da California, 95% são produtos californianos. O valor das vendas alcançou US$876 milhões em 2006, contra US$673 mi no ano anterior. Metade do vinho norteamericano é exportado para outros continentes. O crescimento das vendas em valor para a Europa chegou a 48%. A Ásia também se mostrou um mercado promissor, com crescimento de 53% em valor das vendas para a China e 68% para Cingapura.

 

16-01-2007 – FENAVINHO 2007 OFERECE QUASE UM MÊS DE ATRAÇÕES

A edição deste ano da Festa Nacional do Vinho (FENAVINHO Brasil), promovida pela prefeitura de Bento Gonçalves, promete trazer entre 26 de janeiro e 20 de fevereiro atrações das mais diversas aos visitantes dos 300 mil m² do parque de eventos. Além de conhecer mais de oitenta vinícolas de diversas regiões produtoras do Brasil que exporão seus vinhos, os visitantes poderão conferir cursos de degustação, espaços gastronômicos e informações sobre vinho e saúde, sem falar em um espetáculo cênico sobre a história cultural do vinho criado por técnicos da festa de Parintins. Mais informações podem ser lidas no site www.fenavinhobrasil.com.br .


16-01-2007 – VINHO NA TELEVISÃO MINEIRA

Entrou no ar no dia 13 de janeiro a primeira edição do 'Espaço Ideal Viver Vinhos', transmitido via cabo em Minas Gerais. O programa apresentou entrevistas com Guilherme Correa, candidato ao Campeonato Mundial de Sommelierie, e Julio Anselmo de Sousa Neto, que falou sobre vinho para o verão. Além diss, o Programa Espaço Ideal também tem um quadro sobre harmonização de receitas apresentadas por chefs com vinhos. Os mineiros podem conferir o programa pelo canal 14 da Net, aos sábados, terças e quintas feira, às 21h30, ou pelo canal 22 da WayTV, sempre aos sábados, segundas, quartas e sextas-feira, às 21h30, ou aos domingos, às 18h. Mais informações no site www.programaespacoideal.com.br

16-01-2007 – ACADEMIA DO VINHO LANÇA SITE SOBRE VINHOS BRASILEIROS

No próximo dia 2 de fevereiro, no Pavilhão da Fenavinho, em Bento Gonçalves/RS, será lançado pela Academia do Vinho o Site do Vinho Brasileiro. Hospedado no endereço www.sitedovinhobrasileiro.com.br, o portal promete congregar informações sobre as vinícolas, entidades, legislação, prêmios e regiões produtoras do Brasil, além de notícias, curiosidades e agenda de eventos. Dirigida por Carlos Arruda, a Academia do Vinho (www.academiadovinho.com.br) disponibiliza informações sobre vinho na internet desde 1997 e posteriormente se expandiu para outras mídias e passou a oferecer outros serviços.

16-01-2007 – COMEÇAM PREPARATIVOS PARA NOVA EDIÇÃO DO VINHO FEST

Já se iniciaram os preparativos para o Vinho Fest 2007, evento que promete reunir lojistas, importadores de vinhos e representantes em Belo Horizonte. Programada para os dias 21, 22 e 23 de junho, a mostra organizada por Márcio Oliveira ocorrerá no Mercure Hotel BH Lourdes, que é parceiro na realização. Como ponto diferencial, o evento terá todo o seu lucro revertido a obras e entidades beneficentes.

 

20-12-2006 – FILOXERA AMEAÇA 70% DOS VINHEDOS DO YARRA VALLEY

Depois de muitos anos, a praga filoxera volta a representar grande ameaça a viticultores, desta vez na Austrália. Um foco do inseto - que se fixa às raízes da videira e pode demorar até dois anos para ser descoberto - foi localizado em vinhedos da Foster´s em Coldstream, no Yarra Valley, uma das regiões de maior prestígio do país. A descoberta põe em alerta todo o país - na região do vale do Yarra, 70% dos vinhedos correm alto risco por não estarem plantados em 'cavalos' - isto é, com enxertia dos sarmentos de videiras européias (próprias para vinhos) em raízes de videiras americanas (uvas de mesa). A área já está em quarentena; o Departamento de Indústrias Primárias declarou uma área com raio de 5 km como de controle, impedindo a saída de maquinário e produtos do local. Este é mais um baque para a região, que em 2006 teve perda de 40% da produção devida às geadas que caíram em outubro.

20-12-2006 – PRODUTOR SUL-AFRICANO LANÇA 'CHARUTO PARA VINHOS TINTOS'

Um charuto feito para se fumar com vinho tinto seco. Esta é a proposta do novo lançamento do produtor sul-africano Mike Ratcliffe. 'Series X', pela marca Vilafonté - a mesma de seus vinhos produzidos em Bordeaux com a enóloga Zelma Long. Para ele, a maioria dos churutos são desenvolvidos para conhaques, fazendo com que 'matem' os sabores do vinho. Para conseguir a harmonização, ele usou tabaco cubano enrolado em folhas de Sumatra, com sabor mais suave e doce do que as dominicanas. A estimativa de Ratcliffe é de que em dez anos seja alcançado o resultado desejado, mas ele nega intenção de entrar de forma competitiva no mercado de charutos, classificando a iniciativa como "um pouco de diversão".

20-12-2006 FRANCESES COGITAM INCORPORAR ‘VINHO’ À GRADE CURRICULAR PRIMÁRIA

Matemática, história, línguas e... apreciação do vinho. O currículo do ensino primário na França pode incorporar esta disciplina inusitada como uma iniciativa para recuperar o mercado consumidor interno e manter viva a tradição vinícola. De acordo com uma pesquisa do jornal The Guardian, 90% dos franceses abaixo dos 25 anos não bebem vinho. Além disso, a taxa de consumo na França caiu 45% nos últimos 36 anos, problema agravado para os produtores pela concorrência com os vinhos do Novo Mundo. Para driblar esse cenário, membros do partido governista UMP crêem que ensinar a história da enologia fará com que as crianças cresçam "conscientes de que precisam exigir qualidade do produto e respeito à natureza". Eles enfatizam, no entanto, que além dos efeitos benéficos do vinho, as aulas abordarão os perigos do excesso.


01-11-2006 – PICHON LALANDE VENDIDO APÓS MESES DE NEGOCIAÇÕES

Depois de meses de muita especulação e negociações com diversas vinícolas, foi confirmada a venda do Château Pichon Longueville Comtesse de Lalande para Louis Roederer. May-Eliane de Lencquesaing, atual proprietária, venderá uma parcela majoritária da vinícola, assim como o Château Bernardotte, um cru bourgeois, e Glenelly, propriedade na África do Sul comprada em 2003. May-Eliane, já com mais de 80 anos, dirige a vinícola há 30 anos e é uma das figuras mais conhecidas da enologia francesa. A venda se deve às pesadas taxas de herança cobradas na França, que poderia levar a empresa à falência na divisão entre os sucessores. De acordo com os dois lados da negociação, não haverá mudanças no quadro de funcionários e a definição da cota que permanecerá com a família deverá ser feita até o final do ano.

01-11-2006 – PRODUTORES AUSTRALIANOS PODEM PERDER UM QUARTO DA SAFRA DEVIDO A SECA E GEADAS

Uma seca generalizada e geadas fortes no sudeste do país podem reduzir a colheita australiana em um quarto e causar perdas de milhões de dólares. A seca deve causar uma redução de 15% e as geadas, mais 10%. Uma colheita padrão renderia 2 milhões de toneladas de uvas, mas os danos podem superar a perda de 500 mil toneladas (ou 375 milhões de litros de vinho) caso se confirme a previsão meteorológica de pouca umidade para as próximas duas semanas. Em termos de receita, o prejuízo pode atingir AUS$350 milhões. Regiões como Limestone Coast, Yarra Valley e o norte da Tasmânia, de clima mais frio, sofreram até cinco geadas em um mês. Já em outras, como o Barossa Valley, o maior problema é a seca, que em alguns pontos do país já dura cinco anos e que tem causado freqüentes racionamentos de água para irrigação.

13-09-2006 - TIRADENTES RECEBE VII ENCONTRO DA ACADEMIA DO VINHO

A sétima edição do Encontro Internacional do Forum Enológico da Academia do Vinho - Vamos à Montanha 2006, que acontece entre 21 e 24 de setembro, acontecerá na acolhedora cidade histórica de Tiradentes. O encontro, que atrai confrades de todos os cantos do Brasil, contará com degustações temáticas e paralelas, jantares e almoços harmonizados em restaurantes, além de um leilão com os vinhos da adega de Edilson Krüger. A inscrição custa de R$230,00. Para conferir as atividades, pode-se entrar no site www.academiadovinho.com.br ou entrar em contato com a Zenithe Travelclub pelo telefone (31) 3225 7773 ou email fit1@zenithe.tur.br.

13-09-2006 – QUATRO NOVAS AOCs APROVADAS NA FRANÇA

O órgão francês responsável pelas delimitações de origem de vinhos (appellattions), INAO, aprovou quatro novas denominações. O Instituto Nacional de Apelações de Origem não só criou novas como também estendeu outras já existentes. Existe a possibilidade de que novas appellations possam ser aprovadas entre novembro e janeiro. Duas das novas AOCs, Orléans and Orléans-Cléry, ficam no Loiret. Orléans possui vinhos brancos, tintos e rosés feitos com Pinot e Chardonnay. Orléans-Clery, menor, tem a Cabernet Franc como varietal principal. Chaume é agora delimitada da AOC Coteaux du Layon. Seus vinhos, feitos com Chenin, são brancos doces, afetados pela passerillage (ventos fortes). Pézenas é uma denominação nova dentro da AOC Coteaux de Languedoc. A appellation será estendida para cobrir Collioure, Côtes du Roussillon, Corbières, Cabardès, Limoux and Minervois, num primeiro passo antes da criação de uma AOC regional Languedoc.

13-09-2006 – ARGENTINOS APROXIMAM-SE DE INVESTIDORES ESTRANGEIROS

Uma vinícola argentina está oferencendo lotes subdivididos de 800 ha de terras para vinhedos premium em Mendoza. A companhia, Santa Maria de los Andres, espera que investidores tirem vantagem dos preços muito mais reduzidos de terra e mão-de-obra em relação a outras regiões vinícolas do mundo. Os lotes podem ser tanto plantados como limpos, e os investidores podem escolher entre vários 'pacotes'. Os novos proprietários podem escolher responsabilidade pela produção desde o plantio à venda ou então confiar todo o processo a uma equipe de vinhateiros já existente. Ricardo Bello, presidente da empresa, diz que está conversando com consultores como Paul Hobbs e Roberto de la Mota. 'É uma oportunidade única para alguém investir em terras para vinhos premium a custo acessível e ter chance de ganhar tanto com a valorização da terra como com o vinho a ser produzido nela. Nossos vizinhos são Catena, Septim e Pulenta'. 'Planejamos cultivar uvas, construir uma vinícola e desenvolver uma marca', diz Eric Spencer, que lidera um consórcio neozelandês que já decidiu investir. 'A terra custa uma fração do que sairia em Napa Valley ou outra região de prestígio. Vamos fazer vinhos premiados aqui.'

20-08-2006 – EXPORTAÇÕES FRANCESAS SE RECUPERAM EM 2006

Finalmente uma boa notícia para a vinicultura francesa, castigada nos últimos anos pela concorrência dos vinhos do Novo Mundo e de outras partes da Europa, como Itália e Espanha. De acordo com nota divulgada pelo ministério da Agricultura em 16 de agosto, as exportações de vinhos e champanhe no primeiro semestre cresceram em 2,75 milhões de euros, alta de 16,8% em relação aos seis primeiros meses de 2005. Agora em agosto, a Federação de Exportadores de Vinhos e Destilados (FEVS) havia anunciado crescimento de 18,6% entre janeiro e maio, devido principalmente ao conhaque, ao champanhe, à vodca e aos grand crus de Bordeaux. A alta foi desigual: enquanto os Bordeaux cresceram 34% nos cinco primeiros meses do ano e os Côtes-du-Rhône 33%, os Bourgognes não chegaram a 9% e os Loire, a 6%. Mesmo em Bordeaux, a situação é contrastante. O vinho tinto se recupera enquanto o branco baixa, e são os grands crus que permitem este incremento, devido às boas safras de 2003 e 2005. Embora a recuperação seja inegável, os profissionais justificam sua prudência por uma razão: as exportações aumentam, mas as cifras são calculadas em relação aos dados de 2005, um período particularmente ruim para os vinhos franceses. "As exportações cresceram pelo aumento do consumo mundial, e elas progridem também na Espanha, na Itália ou na Argentina. Portanto, isso não quer dizer que o vinho francês tem ganho partes do mercado.", diz Caroline Blot, da Viniflhor.

20-08-2006 – QUINZE BRASILEIROS PREMIADOS EM COMPETIÇÃO EM LONDRES

Os vinhos e espumantes brasileiros mais uma vez conseguiram um bom desempenho em um concurso internacional. No International Wine Spirit Competition, realizado em Londres entre março e junho, 15 vinhos e uma cachaça conseguiram medalhas, sendo cinco de Prata e 11 de Bronze. Realizado desde 1969, o The International Wine Spirit Competition tem o objetivo principal de promover a qualidade e a excelência dos melhores vinhos e licores do mundo. Neste ano, reuniu mais de 6 mil amostras de 73 países, que foram degustadas por um júri de especialistas internacional. Medalha de Prata: Aurora Cellars Proprietary Red 2004, Casa Valduga Espumante Brut 2002, Cave Geisse Espumante Brut 2003 e Amadeu Espumante Brut 2002 (Cave de Amadeu) e Miolo Reserva Cabernet Sauvignon 2004. Medalha de Bronze: Aurora Espumante Brut 2005, Cachaça Leão de Ouro (Piagentini), Conde de Foucauld Espumante Brut 2005 e Espumante Moscatel 2005 (Aurora), Peterlongo Champenoise Espumante Brut e Espumante Moscatel 2005 (Peterlongo), Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2004 (Miolo), Reserva Pietro Felice Espumante Moscatel 2005 (Irmãos Molon), Salton Espumante Brut Reserva Ouro, Volpi Chardonnay 2004 e Volpi Merlot 2003 (Salton).

20-08-2006 – COLHEITA NO LÍBANO CADA VEZ MAIS INVIÁVEL

Enquanto as uvas do Vale do Bekaa amadurecem em meio à devastação do conflito no Líbano, parece cada vez mais improvável que a safra conseguirá seguir adiante. Em épocas normais os vinicultores estariam organizando a mão-de-obra para a colheita e se preparando para a safra - que deveria começar em duas semanas. "Em duas semanas deveríamos iniciar a colheita", diz Sami Ghosn, presidente da Massaya, no norte do vale. "Mas as estradas foram todas bombardeadas, e não há coletores." Os agricultores locais se refugiaram e o itinerantes, vindos da Síria, não se arriscaram a migrar atrás de trabalho. "Nos resta rezar por um acordo político. Embora Israel esteja concentrado em destruir comunicações no vale do Bekaa, rota de trânsito de armas entre Síria e Líbano, as vinícolas do vale teriam sofrido apenas "danos colaterais". Uma fábrica de garrafas foi bombardeada e janelas de escritórios foram explodidas. "Isso é administrável, mas queremos que acabe." Sami Ghosn rebateu fortemente a idéia de que as vinícolas poderiam ser esconderijos para armas do Hezbollah. "É um absurdo sugerir que o Hezbollah [um movimento muçulmano] teria qualquer coisa a ver com álcool. Nós somos apenas pessoas que encontram todas as culturas. Temos sunitas moderados entre os investidores e xiitas que cultivam uvas para a vinícola. Não somos sectários e temos uma mensagem para todos os moderados. O vinho é a ferramenta que pode fazer isso".

24-06-2006 – LAFITE E MOUTON CONFIRMAM TENDÊNCIA DE ALTA DOS PREÇOS EM BORDEAUX

Seguindo a tendência esperada e após muitas especulações, o Chateaux Lafite-Rotschild e Mouton-Rothschild finalmente anunciaram seus preços para a safra 2005 - e que preços. O Lafite lançou os primeiros 40% do total das garrafas a €300 cada. Esse preço chega aos importadores por entre €360 e €375, sendo um dos lançamentos mais caros da história. O aumento em relação ao valor da safra 2004 é de 275%. Já o Mouton-Rotschild foi lançado a €320 pelos negociantes. Vale lembrar que esta é apenas a primeira de quatro ou cinco levas - a tendência é de aumento progressivo no preço. A maioria dos premier cru classés ainda não chegou ao mercado, mas a ansiedade levou alguns a já inicar a venda do Mouton. Gary Boom, diretor da Bordeaux Index, de Londres, por exemplo, disse que não gostaria de arriscar que sua cota de 80 caixas ficasse empacada. 'É muito dinheiro para um Mouton que não conseguiu 100 pontos'. O vinho recebeu 19/20 da Decanter e um potencial de 96 para Robert Parker. A expectativa agora gira em torno de outros quatro grandes: dois premier grand crus classés, Chateau Margaux e Latour (o outro, Haut Brion, foi lançado por €240), e dois premier cru classés de St. Emilion, os Chateaux Cheval Blanc e Ausone. Este último deve ser o mais caro de Bordeaux neste ano, chegando a €500 por garrafa de acordo com fontes conceituadas em St-Emilion.

24-06-2006 – SALTON LANÇA LINHA ‘DIDÁTICA’ DE VINHOS VARIETAIS

A vinícola gaúcha Salton lançou quatro novos vinhos que serão vendidos exclusivamente em sua sede, em Bento Gonçalves. O objetivo é plantar no Brasil uvas pouco difundidas por aqui, mas consagradas em outros países, com um caráter “didático”. A linha Séries, com 3500 garrafas de cada varietal, é composta por um Malbec (uva mais popular da Argentina), um Carmenère (especialidade chilena), um Cabernet Franc e um Teroldego, casta da região do Trentino-Alto Adige, na Itália, pela primeira vez plantada no país. São todos vinhos jovens sem estágio na madeira, elaborados a partir da excepcional safra 2005. A partir do lançamento da safra 2006, a linha ganha um varietal Shiraz.

24-06-2006 – 142 ANOS DE CHÂTEAU D´YQUEM À VENDA

A loja londrina Antique Wine Company compilou todas as safras do Château d´Yquem desde 1860 até 2002 em uma coleção que será posta à venda ainda neste ano e rivaliza com o acervo de garrafas mantido pela própria vinícola da região de Sauternes. O Yquem é o mais venerado de todos os Sauternes e, além da qualidade, é sempre lembrado por sua longevidade. Stephen Williams, da Antique Wine Company, ainda não decidiu se a venda será individual ou em leilão. Ele disse ser difícil calcular o valor, embora 'um dono de cassino de Las Vegas' tenha comprado uma coleção similar, porém menor, por US$ 1 milhão em 1996. Ele está otimista em relação às condições dos vinhos. 'Cada garrafa está cheia até o alto do ombro ou até mais,com muitas ainda repletas até o gargalo. A maior parte das garrafas com mais de 50 anos foi rearrolhada no Chateau'. A coleção vem com um dossiê de notas de degustação dos arquivos do Château e de publicações. Algumas das safras mais desejadas do Yquem, como a de 67, chegam a superar US$10,8 mil por caixa em leilão.

20-05-2006 -GRIFE HERMÈS É FAVORITA NA COMPRA DO PICHON-LALANDE

A família Hermès, proprietária da grife parisiense homônima, é cogitada como a provável compradora do Château Pichon-Lalande. A mesa de diretores do second cru classé de Bordeaux estaria avaliando entre cinco e dez ofertas de compradores potenciais, porém a de Hermès parece ser a mais próxima do esperado, de acordo com o diretor financeiro Jean-Claude Lafrance. Ele, no entanto, nega que o negócio já tenha sido fechado. Segundo ele, mais do que uma venda, a proposta é de uma "aliança". Não se sabe exatamente qual é o tamanho da fatia da propriedade posta em negociação. Atualmente, o Château Pichon-Lalande é dirigido pela dama do setor vinícola bordalês, Mme. Eliane de Lencquesaing, de 80 anos.

20-05-2006 – IMPORTADORA E LOJA, VINEA STORE É INAUGURADA EM SÃO PAULO

Foi inaugurada no dia 17 de abril a mais nova importadora de vinhos da capital paulista. Instalada no bairro do Paraíso, a Vinea Store é uma iniciativa do empresário e enófilo Walter de Souza e tem a proposta de trazer vinhos do novo mundo e de regiões emergentes do velho mundo. Além de importar vinhos, a Vinea também funciona como loja, vendendo vinhos top e premium do Brasil e produtos de outras importadoras. A loja possui um espaço para cursos e palestras temáticas, que serão lançados a partir de junho. Por enquanto, estão disponíveis rótulos de vinícolas como Casa Marin e Tierras de Tambo, do Chile, e Hacienda Del Plata e Casa Marguery, da Argentina, que já têm se destacado em degustações recentes. Para mais informações, entre no site www.vineastore.com.br .

20-05-2006 – CAMPOS DO JORDÃO RECEBE FEIRA DE VINHOS EM SETEMBRO

A cidade turística de Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, destino de muitos paulistanos nos meses de inverno, vai reunir os principais produtores e importadores entre os dias 6 e 9 de setembro. O Winter Wine Expo é um evento voltado tanto para especialistas da área e donos de restaurantes, hotéis e bares como para o público em geral e será realizado no Campos do Jordão Convention Center. É prevista também a realização de cursos e workshops voltados principalmente à qualificação da mão-de-obra que trabalha nestes setores e de rodadas de negócios envolvendo leilões de safras e livros raros. O editor do site Degustadores sem Fronteiras, Aguinaldo Záckia Albert, é um dos palestrantes convidados.

20-05-2006 – LANÇADA PRIMEIRA REVISTA DE ECONOMIA DO VINHO NO MUNDO

Um grupo de professores de faculdades norte-americanas de elite, como Harvard e Princeton, lançou a primeira revista especializada em Economia do Vinho no mundo. Publicada pela recém-criada Associação Americana de Economistas do Vinho, tem por objetivo, de acordo com o site, "oferecer pesquisas de alta qualidade em tema econômicos relacionados ao vinho". Com sede no estado de Washington, a associação não tem fins lucrativos e cobra uma taxa de US$39,00 de seus membros, que têm o direito de receber a revista semestral e de freqüentar suas conferências e fóruns. Exemplos de artigos produzidos pelo grupo incluem "O que determina o preço do vinho: características objetivas vs. sensoriais" e "Avaliação do efeito da informação no preço de reserva para Champagne".

07-04-2006 - PLANO FRANCÊS PODE PERMITIR CHIPS DE CARVALHO E NOME DA UVA NO RÓTULO

Numa tentativa de adaptar seus vinhos às exigências do mercado internacional, o governo francês elaborou um relatório que inclui a possibilidade de usar lascas de carvalho para aromatizar os vinhos. Além disso, a forma de se classificar os vinhos poderá ser alterada,com a redução do número de categorias para AOC, vins de pays e vins de table, a inclusão dos nomes das uvas nos rótulos será incentivada e será permitida a redução artificial do teor alcoólico dos vinhos. As cavacas de carvalho, forma mais barata de se adicionar aromas ao vinho do que os barris, já são permitidas em vinhos de categoria mais baixa há algum tempo, e sua adoção já foi aceita pelos países da União Européia. Bernard Pomel, autor do relatório, disse que é preciso “fazer vinhos para os consumidores, não os vinhos dos sonhos dos produtores” e clama por uma “revolução viticultural” na França. É esperado que muitos protestem com a decisão, que parece ser irreversível após ter conseguido o apoio do ministro da Agricultura, Dominique Bussereau. Ele também anunciou um auxílio governamental de 90 milhões de euros ,que inclui 12 milhões para alavancar exportações, pagar por estudos e painéis e para elaborar um novo logo de promoção dos vinhos franceses.

07-04-2006 – GOLDWATER, UMA DAS VINÍCOLAS MAIS PRESTIGIOSAS DA NOVA ZELÂNDIA, É VENDIDA

Uma das vinícolas de maior prestígio da Nova Zelândia, a Goldwater Estate, foi vendida por mais de NZ$10 milhões (cerca de 14 milhões de reais). O New Zealand Wine Fund, comprador da Goldwater, já havia adquirido a Vavasour Wines em 2003. A expectativa de vendas combinadas deste ano gira em torno de NZ$12 a 15 milhões a partir de cerca de 200.000 caixas de vinho. Kim e Jeanette Goldwater, fundadores da vinícola, vão reinvestir dois terços do preço de venda no fundo de vinhos neozelandês, o que lhes dará 20% das cotas acionárias e participação na diretoria. A Goldwater Estate foi a primeira a se instalar na ilha de Waiheke, perto de Auckland, e é conhecida por ter conseguido obter o recorde de garrafa mais cara de vinho da Nova Zelândia já vendida – um Sauvignon Blanc de seis litros que alcançou NZ$13,680 (aproximadamente R$18 mil) no ano passado.

07-04-2006 – ENÓLOGO DA ALMAVIVA DIZ QUE “ACABOU A ESPERA PARA O CHILE” TORNAR-SE ÍCONE

Ted Mostero, enólogo da vinícola Almaviva, declarou que o Chile está pronto para tomar seu lugar no mundo como ícone de produção de vinhos. O americano, na Almaviva (joint venture dos grupos Concha y Toro e Baron Phillipe de Rothschild) desde 2004, fez este discurso numa degustação vertical das primeiras oito safras do vinho. Perguntado se a época era a certa para o Chile vender vinhos a preços tão elevados – Almaviva custa mais de R$1,3 mil a caixa – Mostero disse que os consumidores estão satisfeitos com este valor e que a maior parte dos questionamentos a seu respeito vinham de jornalistas. “Eu não acho que o Chile deva esperar mais. Há uma particularidade no país e no terroir e a qualidade é compravada. As pessoas compram a personalidade assim como o terroir”, falou. O Almaviva segue o conceito de château e está instalado em Puente Alto, vale do Maipo. O vinho é um corte de uvas Cabernet Sauvignon, Carmenère e Cabernet Franc plantadas em um vinhedo de 42 ha.

07-04-2006 – ABE INICIA PREPARATIVOS PARA A TERCEIRA EDIÇÃO DO CONCURSO INTERNACIONAL DE VINHOS DO BRASIL

A Associação Brasileira de Enologia (ABE) começou a trabalhar na preparação do III Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, a ser realizado entre 7 e 10 de novembro na cidade gaúcha de Bento Gonçalves. Na última edição, feita em 2004, foram reunidas 401 amostras de 13 países, número que deve aumentar neste ano. De acordo com a organização, a intenção é que o Brasil se “consolide como um dos mais importantes concursos do mundo”. As inscrições para as vinícolas serão iniciadas em junho, quando será enviado o regulamento. A escolha dos vinhos no julgamento será feita às cegas por um painel de especialistas de diversos países. Mais informações podem ser lidas no site www.enologia.org.br .

01-03-2006 - BOICOTE AMERICANO À FRANÇA ATINGE VINHOS, DIZ PESQUISA

Economistas do Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas ligados à Universidade de Stanford lideraram um estudo que afirma que o boicote não-oficial do vinho francês nos EUA custou um valor estimado em US$112 milhões. Em seu ápice, a queda nas vendas semanais chegou a 26%, sendo que a redução média nos seis meses posteriores à invasão americana ao Iraque foi de 13%. A França se opôs à guerra em 2003 e o sentimento anti-francês esteve em alta depois disso. O estudo dos economistas Larry Chevis e Phillip Leslie examinou dados semanais de redes de supermercados em Boston, Los Angeles, San Diego e Houston e se disseram surpresos com o peso dos resultados. Entre março e agosto de 2003, as importações de vinhos franceses aos EUA renderam US$695 milhões, já em uma tendência de queda, sendo que o ano de 2004 apresentou diminuição de 8% em relação às vendas de 2003. "Os economistas tendem a ser céticos em relação aos efeitos econômicos dos boicotes, mas este exemplo mostra que a preocupação deve ser levada a sério", dizem eles. Pesquisas do instituto Gallup dizem que apenas 18% dos americanos consideravam a França um país aliado em abril de 2003, ante 50% em 2000. Produtores franceses foram mais céticos com os resultados e tentaram minimizar a importância dos eventos políticos. De acordo com Anthony Barton, do Château Léoville Barton, de Bordeaux, "estatísticas são como biquínis: dão uma idéia da realidade, mas escondem os detalhes".

01-03-2006 – EXPECTATIVA DE FORTE ALTA NOS PREÇOS DOS BORDEAUX 2005

O mundo dos enófilos está em alvoroço com as previsões feitas a respeito da safra 2005 de Bordeaux. Especialistas chegam a prever preços até 300% mais altos do que os da 2004, dada a qualidade da colheita. Consultores da região dizem que os vinhos do ano passado têm o potencial para ultrapassar anos lendários como 1982 e 2000. O diretor de vendas da Berry Brothers, Simon Staples, causou furor ao anunciar que estava "sem palavras" após provar o Cos d´Estournel 2005, dando a ele 19 pontos em 20 seis semanas antes das degustações en primeur, feitas diretamente das barricas a partir de 3 de abril. As declarações incomodaram o mercado de Londres, pois quebra a convenção de que os negociantes não discutam a safra antes da degustação en primeur, devido aos efeitos que isso pode causar nos preços precocemente, em prejuízo dos consumidores. Em seu site, Jancis Robinson brincou que muitos gostariam que Staples tivesse mantido sua promessa de ficar sem palavras. Ela prevê preços robustos para os vinhos do lado esquerdo do Garonne e disse "temer o pior", com a parcela top "se distanciando do resto" e sendo tabelada apenas para os "super ricos". No entanto, tudo já indicava que os produtores de Bordeaux estão sentados em uma mina de ouro. Para o negociante Laurent Ehrmann, falar em aumento de 300% é exagero, mas os primeiros lançamentos facilmente "custarão 100% ou mais" do que os de 2004, dependendo do status e da sensatez. Os produtores, de um modo geral, têm sido cautelosos e feito poucos comentários.

01-03-2006 - EXPOVINIS BRASIL CHEGA A SUA DÉCIMA EDIÇÃO EM 2006

Chega à 10ª edição o Expovinis Brasil, considerado maior salão de vinhos da América Latina. Nos dias 2, 3 e 4 de maio, especialistas e apreciadores do mundo do vinho poderão conferir em São Paulo rótulos de 12 países e degustações especiais, como a Top Ten 2006, comandada pelo jornalista Stephen Brook, da revista inglesa Decanter. Nos primeiros dois dias, degustadores de um júri internacional percorrerão os estandes e selecionarão um tinto, um branco, um espumante e um rosé. No último dia, haverá a prova final às cegas de todos os selecionados por parte dos jurados, na qual serão premiados três tintos, três brancos, três espumantes e um rosé. Também estão programadas outras três degustações especiais: “Os Melhores Tintos Nacionais de 2004 – Safra Excepcional”, trazendo em primeiro mão vinhos que ainda não foram lançados no mercado, “Top Tintos – Velho Mundo”, com vinhos inéditos no Brasil e “Top Sul Americanos”. No ano passado, o evento reuniu 190 expositores, com vinhos da África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Espanha, França, EUA, Itália, Portugal, Nova Zelândia e Uruguai, entre outros. Para este ano, estão confirmadas presenças de produtores e importadores como Moët Henessy, Gran Vin, Decanter, Vinícola Aurora, Salton, Lídio Carraro, Pernod Ricard, Vinea, Art des Caves, entre outros. Paralelamente ao Expovinis Brasil 2006, ocorrerão as feiras Brasil Cachaça 2006 e a 6º Epicure – Feira Sul-Americana do Tabaco e do Presente Fino. O Expovinis Brasil 2006 acontece de 2 a 4 de maio, no ITM Expo, Av. Roberto Zuccolo, 555, Vila Leopoldina, São Paulo. Mais informações na EXPONOR BRASIL: (11) 3151.6444, www.exponor.com.br/expovinisbrasil .

01-03-2006 - CALIFORNIANOS ESPERAM MANTER OS PREÇOS APESAR DE GRANDE COLHEITA

A safra de 2005 na California teve um acréscimo em volume de mais de um terço em relação a 2004, mas os produtores confiam que os preços permancerão estáveis. De acordo com dados recentes, o estado norte-americano registrou um recorde de 4,32 milhões de toneladas de uvas aproveitadas na safra de 2005, 35% mais do que as 3,6 milhões prensadas em 2004. Apesar de a explosão na safra dar aos produtores 67 milhões de caixas para vender, muitos acreditam que os preços das uvas não irá cair demais, alegando excelente qualidade e tendências positivas nos mercados doméstico e de exportação. Os investidores, no entanto, discordam, já que os preços se recuperaram nos últimos dois anos de grandes quedas em 2001 e 2002. Para a presidente da Associação Californiana de Produtores de Uvas Viníferas, não há risco de saturação, já que o aumento das plantações tem sido mínimo nos últimos anos. Ainda assim, Steve Fredricks, da Turrentine Brokerage, disse que a safra causará um desaquecimento no mercado de plantio em 2006, apesar de o crescimento de uvas como a Chardonnay se dever mais às condições da safra do que a novas plantações. As estimativas mostram que os preços das uvas devem aumentar 1,8%, com crescimento especial para a cepa da moda, a Pinot Noir (7,5%). A ex-ocupante do posto, Merlot, será a mais prejudicada, com queda de 9%. Nick Frey, da Associação de Produtores de Uva do Sonoma County, diz que a produção da Merlot "se manteve em excesso e os preços da uva serão fracos". Para ele, as colheitas menores em 2003 e 2004 ajudaram a equilibrar os preços; a atual safra "pode diminuir a reviravolta", mas algumas variedades "ainda estão em boa demanda". "A qualidade da colheita foi excelente. Esperamos uma ótima safra, algo como a de 1997. Ter um bom fornecimento de vinho de alta qualidade para vender em um mercado em crescimento é ótimo", acrescentou.

09-02-2006 - EXPAND DE CARA NOVA

A maior importadora de vinhos do país começa 2006 apresentando um ambicioso projeto de reformulação de imagem. Uma Expand mais descontraída, com lojas menos austeras, nova logomarca e com uma filosofia de aproximar o homem comum do vinho sintetizam as novas idéias. Em evento dedicado à imprensa especializada, a importadora realizou em sua matriz, localizada na Rodovia Raposo Tavares, dentro de seu enorme depósito de vinhos, um coquetel, ao qual se seguiu uma extensa palestra realizada por especialistas em marketing, arquitetura e design. Os conceitos sobre a nova identidade da empresa foram apresentados com projeção de imagens e também com a apresentação de uma pequena loja construída no local, de concepção bastante arrojada. O projeto de aggiornamento está sendo conduzida pela filha de Otávio Piva de Albuquerque, presidente da empresa, a jovem Tatiana Piva de Albuquerque Sartori, e teve ótima acolhida da imprensa.

09-02-2006 – TOPS DO LOIRE ENTRAM NA ONDA DO SCREWCAP

O Domaine des Baumard, em Anjou, considerado uma das melhores casas do Loire, causou frisson ao adotar as garrafas de screwcap em todas as suas linhas. Selecionado recentemente por Robert Parker como um dos três melhores produtores da região, é o primeiro top a optar por este lacre. O proprietário Florent Baumard mostrou no Salon des Vins de Loire nesta semana os vinhos Clos St Yves Savennières e Quarts de Chaume 2004 em versão de rosca. Até agora, apenas alguns grandes produtores do Loire haviam escolhido o screwcap para fechar apenas suas linhas mais básicas. A Stelvin, tampa usada por Baumard, foi lançada recentemente e é projetada para se assemelhar mais ao lacre tradicional do que as screwcaps atualmente no mercado. As reações foram diversas: enquanto produtores como Eric Morgat, do Château du Breuil, se interessaram pela embalagem "de classe", como se referiu, outros, como Henry Marionnet, se disseram "horrorizados" com o fato de um dos vinhos mais reputados do Loire estarem em embalagens com tampa de rosca.

09-02-2006 - COLCHAGUA ESTUDADO A FUNDO

Uma equipe liderada por Yerko Moreno, do Centro Técnico da Uva e do Vinho da Universidade de Talca, pretende estudar em profundidade pelos próximos três anos os vinhedos do vale do Colchagua. No projeto, organizado por um consórcio de universidades e produtores de vinho e anunciado no lançamento do top Altura, da Viña Casa Silva, serão usados recursos tecnológicos de ponta para mapear as diferenças geológicas, viticulturais e climáticas da região. Orçado em US$500 mil e parcialmente bancado pelo governo, obterá resultados para uso educacional e promocional, incluindo um mapa interativo online da área. Moreno já cogita a execução futura do projeto no vale do Maipo. De acordo com ele, Colchagua "possui muita diversidade e as vinícolas são competitivas e inclinadas à inovação".

 

NOTÍCIAS ANTERIORES - 2005

07-12-2005 - ÓRGÃO DE BORDEAUX LIMITA DENOMINAÇÃO AO PREÇO

A união de Bordeaux e Bordeaux Supérieur aprovou resolução que restringe o uso das palavras Bordeaux ou Bordeaux Supérieur nos vinhos da região. Como parte da ação armada para conter a queda no preço dos vinhos da região, a união decidiu reter os certificados de AOC (Appellation d'Origine Controlé) de produtores que não vendam seus barris ou tonéis para negociantes pelo preço mínimo de €1.000,00. Atualmente, um barril de Bordeaux Supérieur custa em média €700,00. Os procedimentos para que o produtor possa atestar que seus vinhos são desses tipos incluem um contrato assinado pelo produtor, pelo negociante e pela entidade de comercialização de vinhos de Bordeaux (CIVB), confirmando que os barris foram vendidos acima do preço mínimo. A proposta foi aprovada em assembléia geral extraordinária da união por ampla maioria de 126 dentre os 163 membros presentes. De acordo com Michèle Vernoux, da união de Bordeaux Supérieur, ”€1,000 por tonel equivale a €0,83 por garrafa, o que é totalmente aceitável”. Já o CIVB preferiu ser mais cauteloso e se reagiu à novidade dizendo que a manobra demonstrou as “severas dificuldades” enfrentadas por alguns produtores, mas que o CIVB “está convencido que o balanço entre demanda e produção pode estabelecer o preço de mercado”.

07-12-2005 – CHILE E CHINA FIRMAM ACORDO COMERCIAL BILIONÁRIO

Os presidentes do Chile e da China assinaram formalmente um acordo de livre comércio de valor superior a US$ 3 bilhões, contemplando diversas áreas, incluindo a vinícola. Apesar de ainda estar sujeito a ratificação, ele está programado para entrar em vigor em meados de 2006. Beneficiada pela crescente demanda de matérias-primas como cobre por parte da China,  a economia chilena também poderá receber investimentos chineses em retorno, inclusive no setor vitivinicultor. De acordo com o site decanter.com, os chineses parecem ter demonstrado interesse específico nas regiões vinícolas mais setentrionais do Chile, assim como em Colchagua, e já estariam em negociações com duas empresas chilenas. Por meio de negociações de última hora em Pequim, o vinho foi incluído no pacote e deve ter uma redução de tarifas de importação gradual ao longo de dez anos, até atingir zero. Nos últimos anos, o Chile tem sido o maior fornecedor de vinho a granel à China. Ele exportou mais de 30 milhões de litros, avaliados em quase US$20 milhões, em 2004. O Chile já teria iniciado negociações com o Japão para um acordo semelhante.

07-12-2005 - AUSTRALIANOS EM PÉ DE GUERRA COM PARKER

O escritor e crítico de vinhos James Halliday encabeçou um forte ataque aos críticos de vinho norte-americanos Robert Parker e Matt Kramer em relação a suas recomendações de vinhos australianos. Halliday argumentou que as notas de Parker não batem com os resultados de painéis de degustação de vinhos da Austrália, e acusou-o de basear suas recomendações em provas de “não mais que 10% dos vinhos da região”. Ele disse que os resultados dos seis últimos Sydney Royal Wine Shows mostraram que os juízes australianos preferem vinhos delicados, como os Rieslings do Clare Valley, aos “monstruosos vinhos tintos tão amados por Robert Parker”, de regiões como o Barrossa Valley. Em sua resposta, Parker chamou Halliday e seus colegas de “euro-imitadores” e acusou-os de premiarem vinhos com uma fórmula: “adicione ácido, e depois acrescente mais ácido para retirar qualquer textura ou traço do local de origem do vinhos”. Para ele, eles teriam voltado “as costas e os paladares às verdadeiras glórias da Austrália”.

18-09-2005 - O VINHO COMO ELE É? ONDA DOS REALITIES CHEGA AOS VINHEDOS

O que esses produtores de TV não inventam pra ganhar dinheiro: depois de Big Brothers e similares, programas de transformação física total, reforma da casa, troca de esposas e simulação de profissões em mês, eis que está previsto o surgimento nos EUA de “The Wine Makers”. Dividida em seis partes, a série da PBS (Public Broadcasting Service) mostrará cinco competidores elaborando seus próprios vinhos na Central Coast californiana. Os aspirantes a enólogos serão filmados em todas as etapas da produção, com direito a trabalho braçal e muitas dores de cabeça. O vencedor terá o seu vinho rotulado e lançado no mercado. A previsão de início de filmagens é para dezembro deste ano e a exibição deve ocorrer na primavera americana de 2006. No entanto, os produtores ainda não explicaram a mágica que será feita para encaixar o período da colheita, que ocorre no verão do hemisfério norte (setembro). Para a seleção, os candidatos deverão escrever uma dissertação sobre o vinho e fazer testes de câmera.

18-09-2005 - EXPECTATIVA NA CALIFÓRNIA: PRODUTORES AGUARDAM DEFINIÇÃO DO CLIMA

Os produtores californianos vivem dias de grande expectativa neste final de verão do hemisfério norte. Apesar do clima estar fora dos padrões da época, com temperaturas mais amenas, as previsões de alguns produtores é de que a safra seja espetacular. Diferentemente da Europa, o verão na costa do Pacífico está menos tórrido do que o habitual, o que deve garantir vinhos menos alcoólicos e mais elegantes. O começo de colheita já mostrou bons resultados para o Zinfandel; no entanto, a grande vedete da safra deve ser mesmo a Pinot Noir, uva que geralmente amadurece demais na região por causa do calor. Ainda assim, há alguns viticultores e enólogos céticos em relação ao fim da colheita, já que pode haver um amadurecimento desigual das uvas, especialmente na extensa região da Central Coast. Pete Seghesio, por exemplo, alegou que poucos lotes estão no ponto, e que seria necessária uma semana de temperaturas acima dos 30°C para que se obtivesse uma safra realmente fantástica.

18-09-2005 - CENTRO VINÍCOLA DE PORTE MUNDIAL PLANEJADO PARA BORDEAUX

Philippe Raoux, proprietário do Chateau d´Arsac em Bordeaux, traçou planos para um multimilionário centro de vinhos europeu em pleno Médoc. A iniciativa deve seguir o estilo californiano de agregar turismo de alta rotatividade, megaeventos e intercâmbio. A vinícola Chamvermeil, que ficará próxima a Arsac, deve ficar pronta em janeiro de 2007. Além de trabalhar com vendas pela internet e envio pelo correio, a Chamvermeil contará com loja, wine bar, centro turístico, espaço de exposições, centro educacional, restaurante e um anfiteatro para degustações. Atualmente conhecido pelo feito de ter seu vinho reclassificado dentro da appellation Margaux, Raoux afirma que o lugar certamente será pioneiro na França, importando um modelo consagrado na Califórnia e na Austrália, e destacou que terá informações sobre os grandes vinhos de todo o mundo, e não apenas da região. A obra, de 10 000m² no meio de um parque de 27ha e com custo estimado em €10 milhões, conta com o apoio de outras vinícolas do Médoc e da Câmara de Comércio de Bordeaux.

22-08-2005 - PIEMONTESES TEMEM NOVO SURTO DE DOENÇA

Produtores do Piemonte, no norte da Itália, estão preocupados com uma infecção vinífera que tem causado devastação generalizada em algumas áreas. Considera-se que centenas de hectares de vinhedos possam estar ameaçados pela doença, conhecida como Baco 22A ou Flavescenza dorata. O inseto portador do vetor, o Scaffo tritanius, não é um total desconhecido, já tendo causado estragos consideráveis em 1998, em especial na região de Alessandria, mas agora mais do que nunca os produtores estão unidos contra esse mal que faz as plantas secarem até a morte. De acordo com o consultor agrônomo Alberto Pansecchi, o doença esteve sob controle devido ao uso preventivo de inseticidas. No entanto, a previsão é de que neste ano “enfrentaremos novamente um sério surto que se espalha rapidamente pelos vinhedos de Asti, Alba e Roero”. O método preventivo mais usado é um composto inseticida orgânico feito com crisântemos e margaridas. Embora a lei estabeleça que as plantas infectadas devam ser retiradas, poucos são os pequenos produtores – especialmente com propriedades de menos de um hectare – que o fazem, ou por puro desconhecimento da doença, ou por não estarem preparados para admitir a infecção em seus vinhedos, que pode causar a perda de toda a colheita. “Além dos 15.000 hectares de vinhedos de Alessandria, pelo menos 10% foram oficialmente declarados como infectados, mas seria mais realista dizer 30%”, diz o produtor Ermanno Accornero, que perdeu 30% de seus 20 ha.

22-08-2005 - SECA DEVE REDUZIR COLHEITA ESPANHOLA EM 14%

Devido à intensa seca que assola a Península Ibérica, a safra espanhola de 2005 deverá ter, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, uma redução de 14% no volume (40 milhões de hectolitros) em relação à safra passada. Estima-se que as perdas em Portugal sejam ainda maiores, já que o país tem sido atingido com maior força; o nível do rio Douro no trecho português está preocupante, o que já causou até atritos entre os dois países vizinhos, já que a nascente do Duero fica na Espanha. Nela, no entanto, o calor não deve atingir o território por igual. Enquanto espera-se que na Catalunha, em Castela-La Mancha e Extremadura a produção despenque em 40%, os produtores de Rioja dizem que a região deve ser poupada de danos devido à sua posição geográfica. Os produtores de um modo geral tem tentado minimizar os danos dizendo que a alta qualidade das uvas deve compensar a baixa quantidade.

22-08-2005 - CHAMPAGNE TAITTINGER DEVE RETORNAR À FAMÍLIA

O mundo financeiro francês se agitou com a notícia de que o Champagne Taittinger deve retornar a seus antigos donos, de acordo com diversos rumores. Diz o jornal financeiro La Tribune que o banco francês Credit Agricole estaria considerando comprar toda a divisão vinícola do grupo Taittinger por aproximadamente €450 milhões em associação com os membros da família Taittinger. Quase todos eles estiveram envolvidos na administração da famosa casa e na chamada Société du Louvre. O grupo de marcas de luxo conhecido por este nome agrega, além do Champagne Taittinger, vários hotéis de luxo e os cristais Baccarat, e foi adquirido há poucas semanas pela companhia de investimentos norte-americana Starwood. O CEO da empresa, Barry Sternlicht, confirmou a intenção de se desfazer da divisão de champagnes para se concentrar no lado hoteleiro do negócio. O Credit Agricole preferiu não fazer maiores comentários, mas não negou a negociação. Tem-se citado parceiros em potencial para o negócio, dentre os quais os mais cotados são a casa Champagne Louis Roederer e a indústria automobilística Peugeot; esta mantinha uma fatia de 7% na casa Taittinger antes de ela ter sido adquirida pela Starwood. Outros pretendentes em potencial incluiriam os pesos-pesados LVMH, Constellation Brands e Pernod-Ricard.

20-07-2005 – HYATT WINE AWARDS PREMIA PRODUTORES NACIONAIS

Realizada entre os dias 8 e 10 de julho, a segunda edição dos prêmios “Hyatt Wine Awards” e “Hyatt Cachaça Awards”, organizada pelo hotel Grand Hyatt São Paulo em parceria com a revista Vinho Magazine, contou com 168 exemplares de vinhos brancos, tintos e espumantes de 48 produtores nacionais para o primeiro e 68 amostras de cachaças de 58 empresas de todo o Brasil. O concurso foi organizado pela Vinopres, empresa criadora do Concours Mondial de Bruxelles, uma das mais respeitadas competições de vinho do mundo. Dele participaram 25 jurados especialistas nacionais e internacionais, dentre os quais Aguinaldo Záckia Albert, editor do DSF, que degustaram às cegas todos os vinhos e cachaças selecionadas para a competição. A premiação realizada no dia 10 de julho, domingo, contemplou 60 vinhos no total, sendo 39 com medalha de prata, 17 com medalha de ouro e 4 com a medalha grande ouro: os tintos Dom Candido Reserva Merlot 2002 (Adega de Vinhos Finos Dom Candido), Lovara Cabernet Sauvignon 2004 (Vinícola Miolo), Salton Talento 2002 (Vinícola Salton) e o branco Salton Volpi Chardonnay 2004 (Vinícola Salton). Das cachaças inscritas, 22 foram premiadas, sendo 11 com medalha de prata, 8 com medalha de ouro e 3 com a medalha grande ouro, que foram entregues para a Cachaça Serra Preta (Paraíba), Cachaça Germana Heritage 10 anos (Minas Gerais) e Água da Pipa (Rio Grande do Sul).

20-07-2005 – GARAGISTAS DE BORDEAUX ENFRENTAM CRISE

O mercado está cada vez mais difícil para os ditos vinhos “de garagem” bordaleses. Em tempos de retomada dos vinhos elegantes e “clássicos” com o recuo da maré novomundista, estes pequenos produtores do lado direito do Garonne, cujo representante máximo, o Valandraud da safra 1996, já chegou a ser vendido por €750 cinco anos atrás, enfrentam uma má fase. Nos investimentos de mercado futuro, uma garrafa da safra 2004 não chega a atingir cem euros atualmente. Os garagistas apostavam em vinhos de forte extração, com uvas supermaduras de regiões menos exploradas de Bordeaux, que passavam por barricas de carvalho totalmente novas. Com o refluxo dos vinhos “de degustação” e a maior preocupação com o terroir e a compatibilização com comidas, essas bebidas não estão mais no centro das atenções. Especialistas apontam problemas como falta de identidade própria que distingua os vinhos entre si, muito foco na madeira e na fruta e excessiva supervalorização dos produtos na época de seu apogeu, especialmente pelo reduzidíssimo rendimento. Boa parte dos produtores, logicamente, culpam o mercado, que não mais comportaria vinhos tão caros ou que teria sido balançado pela guerra no Iraque e pela adoção e posterior alta do euro, embora haja quem reconheça a excessiva atenção dada ao uso de carvalho novo. Dentre os top da crítica internacional, as opiniões divergem. Jancis Robinson, notória admiradora de vinhos clássicos e hedonistas, diz que o mercado para os vinhos de garagem está em declínio. Já Robert Parker, defensor máximo dos vinhos “de degustação”, diz que eles vieram para ficar e que o mercado estaria selecionando apenas os melhores. Por fim, Steven Spurrier classifica-os de “febre” e dá como certo seu declínio com as atuais dificuldades da economia mundial.

20-07-2005 – ANTINORI CONTRATA ROLLAND COMO CONSULTOR EM NOVO PROJETO

A O enólogo-viajante francês Michel Rolland é apontado como novo consultor da propriedade dos Antinori em Bolgheri, Tenuta Campo di Sasso. Os planos da vinícola italiana incluem uma nova e grande cantina ecologicamente correta. De acordo com Ludovico Antinori, Rolland terá “carta branca para implementar [a vinícola] de acordo com suas exigências técnicas. A amizade entre os dois já dura mais de dez anos e ambos estiveram juntos na criação da Ornellaia, hoje não mais nas mãos de Ludovico, mas ainda sob a batuta do francês. Ele deve dedicar no máximo 5 dias por ano ao novo empreendimento, que terá como enóloga fixa a sueca Helena Lindberg, já que atualmente presta consultoria a 103 vinícolas em 12 países, dentre os quais o Brasil. Os novos vinhos serão Il Pino di Biserno, um corte de Cabernet Franc, Merlot e Petit Verdot, a ser lançado em 2006, e Biserno, cuja mescla também incluirá uma parcela de Syrah, em 2008.

04-07-2005 – NEGOCIANTES FRANCESES DEFENDEM RETORNO DO CEPAGE DE FRANCE

O diretor da Grands Chais de France e consultor do Ministério da Agricultura, Bruno Kessler, anunciou o retorno de uma antiga categoria de vins de pays. Em entrevista à revista inglesa Decanter durante a Vinexpo 2005, em Bordeaux, Kessler disse que a permissão para o uso da denominação Cepage de France deve ser concedido já para a safra deste ano. Segundo ele, o anúncio oficial deve ser feito em algumas semanas. “Precisamos de uma nova categoria de vinhos sob a qual possamos adaptar a oferta francesa a qualquer mercado”, falou. A resistência de diversos produtores no passado se devia à possibilidade aberta para que houvesse mistura de vinhos de diversas regiões, o que diluiria a tradicional regionalidade do vinho francês. A resistência ainda deve ser grande, porém a França enfrenta uma grande crise de queda de exportações. “O que é importante é simplificar as coisas. Nós deveríamos poder falar: ‘Esse é um merlot da França. Ponto.’ Não deveríamos ter que explicar o vinho para o consumidor”, alega Jean-Marie Chadronnier, negociante da Dourthe, outro defensor da causa. A batalha claramente será travada entre os produtores de uvas e os negociantes, responsáveis pela comercialização do vinho. “Nós vamos decidir o que é bom para o mercado. Um produtor com 10 ha de videiras não pode me dizer como vender vinho na Alemanha”, diz Kessler.

04-07-2005 – MINISTRO FRANCÊS DESTACA NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO

Dominique Bussereau, ministro da Agricultura, defendeu a divisão dos vinhos francês em duas categorias (premium e básicos) a fim de facilitar o entendimento do consumidor. Em discurso na abertura da Vinexpo 2005 – a grande feira de produtores que aconteceu em Bordeaux – Bussereau destacou a necessidade de simplificar as normas francesas, muito atreladas à tradição regionalista. Deste modo, os órgãos reguladores INAO e ONIVINS têm trabalhado para achar uma solução que contemplasse tanto os vinhos produzidos pelos defensores do terroir como os que preferirem se adaptar ao mercado globalizado. Preocupado com a possibilidade de perda de liderança nas vendas mundiais e com a crise que atinge 10% das vinícolas do país, ressaltou o apoio da União Européia com a permissão para medidas excepcionais que diminuíssem prejuízos, como o aumento da destilação, e declarou que devem ser decididas ações de curto prazo quanto aos vinhos AOC (Appelation d´Origine Controlée), como a diminuição do crescimento das plantações. O grande desafio, para ele, será que cada órgão regional de comércio elabore estratégias que adaptem os AOCs, os vins de pays e os vins de table à nova segmentação do mercado.

04-07-2005 – ABE PROMOVE SEGUNDO CONCURSO DE ENÓLOGO DO ANO

A ABE, Associação Brasileira de Enologia, lançou os cinco candidatos mais votados para irem ao segundo turno da escolha do “Enólogo do Ano 2005”. Ademir Brandelli (Vinhos Don Laurindo), Adriano Miolo (Vinícola Miolo), Gilberto Pedrucci (Vinícola Peterlongo), Lucindo Copat (Vinhos Salton) e Nauro Morbini (Cooperativa Vinícola Aurora) foram os escolhidos na primeira etapa do segundo ano da premiação. Os enólogos são os responsáveis pela elaboração dos vinhos, tendo responsáveis pelo acompanhamento do processo de fabricação, pelo cumprimento de regras de higiene e da legislação sobre bebidas, entre outras funções. Os associados da entidade poderão dar seu voto entre os dias 4 e 30 de julho. Como pré-requisitos, além da formação técnica, eram necessários três anos de experiência, estar em atividade e ter reconhecimento pela elaboração dos vinhos. Como um dos objetivos do prêmio é condecorar enólogos que tenham contribuído com inovações técnicas para o vinho nacional e garantir a continuidade desse trabalho, o vencedor ganhará uma viagem ao SIMEI (Salone Internazionale Macchine per Enologia e Imbottigliamento). Mais informações no site http://www.enologia.org.br.

 

15-05-2005 - FURLAN PARTICIPA DE REUNIÃO PARA DISCUTIR IMPORTAÇÃO DE ARGENTINOS

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, reuniu-se no último dia 4 com representantes do setor vitivinicultor nacional e diversos parlamentares e prefeitos gaúchos para discutir medidas que regulem a comercialização de vinhos argentinos de baixo preço e qualidade no país. Segundo o secretário-executivo da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados, José Fernando da Silva Protas, a questão não é de interesse “apenas da vitivinicultura brasileira. Importadores e mesmo alguns exportadores da Argentina são solidários conosco quanto à necessidade de um regramento”, a fim de evitar um novo ”’fenômeno da garrafa azul’”, que danificou a reputação dos vinhos alemães como um todo nos anos 90. Foram também sugeridas medidas de curto prazo, como o controle do contrabando de vinho pelas fronteiras com os demais parceiros do Mercosul e a diminuição do IPI referente à produção de vinhos no país.

 

15-05-2005 - DECANTER FAZ PRIMEIRA AVALIAÇÃO DE PORTO DA ATÍPICA SAFRA 2003

Vinhos estruturados, tânicos e longevos: em suma, ótimos vintage. Essa foi a primeira avaliação feita pela publicação britânica Decanter a respeito da curiosa safra de 2003 no Douro. Para quem não se recorda, foi o ano em que a Europa inteira foi assolada por uma onda de extremo calor que chegou a prejudicar diversos produtores de uvas. No consagrado vale português, no entanto, o grande volume de chuvas registrado nos meses anteriores à colheita parece ter equilibrado as tórridas temperaturas do verão e manteve uma boa hidratação dos frutos. A região costumeiramente registra temperaturas acima de 40 graus durante as manhãs no ápice da estação, porém as altas marcas registradas à noite foram atípicas; felizmente, a chuva colaborou, caindo algumas semanas antes da colheita. A revista alerta para o problema dos produtores que ainda utilizam o tradicional sistema de lagares: como não possuem controle de temperatura, tiveram de lidar com uma fermentação precoce e de difícil controle. Por outro lado, as vinícolas mais modernas conseguiram fazer vinhos do Porto concentrados, com aromas de frutas maduras e bastantes taninos, garantindo produtos de longa guarda que, em parte, ainda não estão prontos para o consumo. Estima-se que a redução em quase 30% de volume em relação à safra 2000, última vintage realizada, não se refletirá por inteiro no aumento dos preços, o que deve gerar grande crescimento na demanda.

 

15-05-2005 - JONATHAN NOSSITER APRESENTA MONDOVINO A GAÚCHOS

Depois de participar de um pré-lançamento em São Paulo no dia 18 de abril, o diretor Jonathan Nossiter, do polêmico documentário Mondovino, esteve no Rio Grande do Sul para divulgar sua obra. Juntamente com o pequeno produtor francês Etienne de Montille, Nossiter participou de debates em Caxias do Sul e Porto Alegre e visitou duas vinícolas em Bento Gonçalves. Falando em português, já que é casado com uma brasileira e mora atualmente no Rio de Janeiro, o diretor norte-americano voltou a defender o terroir e a criticar a homogeneização dos vinhos no novo mundo. Para ele, a “globalização” dos gostos pode pôr em risco às particularidades dos vinhos de pequenos produtores, e por isso o consumidor deveria ser o primeiro a resistir a esse processo. Uma declaração polêmica, considerando-se que a produção gaúcha, assim como a do restante da América do Sul, tem se pautado principalmente nos fundamentos neomundistas de Michel Rolland. Ao ser perguntado sobre os vinhos nacionais, diz apreciar muito os espumantes, classificados como “maravilhosos”, e, coerentemente com seu ponto de vista, achar desinteressantes os Cabernets e Chardonnays.

 

27-03-2005 - VINHO BRASILEIRO TEM A MELHOR SAFRA DE SUA HISTÓRIA

As previsões de uma safra excepcional em terras do Rio Grande do Sul não só se confirmaram como suplantaram as mais otimistas das expectativas. A forte insolação e a longa estiagem, que se constituíram num dramático problema para os produtores de grãos de cereais dessa região, foram uma benção para os vinhateiros da Serra e da Campanha. O resultado: uma colheita histórica, considerada a melhor de todos os tempos, que por sua vez dará origem a vinhos de altíssima qualidade quando vinificada pelos mais competentes produtores do sul brasileiro. Alguns dados divulgados pela Embrapa mostram bem como foram as condições climáticas da safra 2005:
Insolação/horas:
Dezembro safra 2005 – 250 horas (ano normal: 239 h)
Janeiro 2005 – 281 h (ano normal: 231 h)
Fevereiro 2005 – 222 h (ano normal: 199 h)
Precipitação pluviométrica/mm:
Dezembro safra 2005 – 54 ml (ano normal: 144 ml)
Janeiro 2005 – 52 ml (ano normal: 140 ml)
Fevereiro 2005 – 55 ml (ano normal: 139 ml)

 

27-03-2005 - VINEXPO 2005: MUNDO DO VINHO TEM ENCONTRO EM BORDEAUX

Criado em 1981 pela Chambre de Commerce et d’Industrie de Bordeaux, o salão VINEXPO se firmou como o principal encontro dos grandes operadores mundiais do setor de vinhos e destilados. Importadores, atacadistas, sommeliers, restaurateurs e jornalistas de todo o mundo são esperados para a edição de 2005, que acontecerá entre os dias 19 e 23 de junho. O acesso à feira só é franqueado aos profissionais do setor. Estarão presentes 2400 expositores de 41 países, 1200 jornalistas e cerca de 45000 profissionais visitantes de 140 países. Maiores informações na PROMOSALONS pelo telefone (11) 3168 1868 ou no site www.vinexpo.com .

27-03-2005 - PRODUTORES ITALIANOS VOLTAM ÀS GRANDES BARRICAS

Cresce a demanda pelos tradicionais grandes barris de madeira na Itália e em outras regiões produtoras, com a conseqüente queda da importação de barricas pequenas. Atendendo ao novo gosto do consumidor, voltado para vinhos com menos predominância de madeira, os vinhateiros italianos estão reutilizando mais vezes as chamadas “barricas francesas”, que são menores e marcam mais o vinho, para mitigar a presença da madeira em seus vinhos. Muitos estão até mesmo abandonando o seu uso e voltando a usar os tradicionais grandes barris feitos de carvalho esloveno. O movimento começa a ganhar o mundo. O tradicional produtor de barricas italiano Garbellotto informa: “Pela primeira vez nos 230 anos de história de nossa empresa, despachamos um contêiner de grandes barris para a América do Sul, destinado a produtores argentinos e chilenos”.

 

18-02-2005 – DOMAINE DE LA ROMANÉE-CONTI LANÇA RARIDADE “ACESSÍVEL”

A Domaine de la Romanée-Conti (DRC), casa francesa produtora do mais caro e reputado vinho do mundo, apresentou um raro lançamento: 13.028 garrafas de um premier cru da safra 2002 feito com uvas de seus vinhedos grand cru (mais importante denominação da Borgonha). É a segunda vez que o Cuvée Duvault-Blochet, como foi nomeado em homenagem ao fundador da casa, é lançado, tendo sido 1999 a primeira safra, lançada no mercado apenas em 2002. Além de uvas das parreiras mais jovens da delimitação DRC, selecionadas em uma segunda colheita, já que as melhores uvas dos parreirais mais antigos se destinam ao top da vinícola, o vinho também recebeu parcelas vindas de Richebourg, entrando na classificação da comuna Vosne-Romanée Premier Cru. Críticos de vinhos que tiveram acesso ao lançamento alegaram ser um vinho leve e charmoso, um Romanée-Conti “do cotidiano”, pela “pechincha” de US$140,00 a garrafa.

 

18-02-2005 – REPRESENTANTES DE PAÍSES DO NOVO MUNDO DEIXAM DE PARTICIPAR DA VINEXPO

Altos custos de aluguel de estandes e as falhas no sistema de ar refrigerado ocorridas dois anos atrás foram as principais razões alegadas por representantes de vinícolas do Novo Mundo para justificar a não-participação na Vinexpo. Os grupos New Zealand Winegrowers, Wines of South Africa, Australian Wine Bureau e a empresa E&J Gallo, da Califórnia, esta última principalmente por motivos de estratégia comercial, não estarão presentes no evento. No caso sul africano, o corte nos subsídios governamentais também foi causa fundamental da decisão. Embora os grupos genéricos tenham desistido da participação, vinhos da Nova Zelândia, África do Sul e Austrália estarão representados na feira por meio de importadores. O preço dos espaços, considerado proibitivo por alguns, fez com que muitos produtores destes países abrissem mão da colaboração por meio dos órgãos de divulgação de seus vinhos. O temor de que os incidentes de 2003 se repetissem também pesou na decisão. Na época, uma onda de calor alastrou a Europa, e o sistema de ar condicionado do local onde se concentravam os expositores do Novo Mundo deixou de funcionar, dificultando enormemente as degustações. No entanto. de acordo com a porta-voz da Vinexpo, Janet Burns, não há possibilidade de que o problema se repita neste ano, já que foi feita uma reforma no pavilhão.

 

18-02-2005 – FRANCESES PEDEM AJUDA À UE PARA DESTILAR 1 BI DE LITROS DE VINHO

A crise da queda das vendas na indústria vinícola francesa, combinada com a supersafra de 2004, levou o setor a pedir à União Européia que permita a destilação de um bilhão de litro de vinho. A proposta seria subsidiada pelo governo francês e pela UE, que desembolsaria aproximadamente 300 milhões de euros no processo. O projeto, apesar de abranger outros países do bloco, está relacionado especialmente à França, cujos vinhos comporiam um quarto do total. A gravidade da crise é tal que, em fato inédito a maioria dos vinhos destinados à destilação desta vez são classificados como AOC (Appelation d´Origine Controlée), e não Vins de Pays, que possuem menos exigência de fabricação. A destilação do vinho seria realizada principalmente para obter produtos combustíveis e farmacêuticos. É a primeira vez em dez anos que a França atinge uma sobra superior a 200 milhões de litros, devido à volumosa safra do ano passado.

 

17-01-2005 - EXPORTAÇÕES DE BORDEAUX DESPENCAM

As exportações dos vinhos de Bordeaux decresceram praticamente 25% em valor nos três primeiros semestres do ano passado, de acordo com dados publicados recentemente. O volume total de vinhos exportado diminuiu em 12% quando comparado ao mesmo período de 2003. A queda se deu especialmente nos grandes mercados tradicionais dos vinhos da região, como Alemanha, Reino Unido e EUA, onde o volume caiu 34% e o valor 58%. Na contramão destes dados, as exportações para mercados como Rússia, os Tigres Asiáticos e Japão tiveram forte aumento, em alguns países chegando a 50% em volume. No entanto, esse crescimento não foi suficiente para compensar as perdas nos mercados tradicionais. A CIVB, comissão de comércio da região, alegou diversos motivos para a queda. A forte valorização do euro frente ao dólar, somada à crescente concorrência dos países do Novo Mundo, foi determinante. Além disso, as exportações do ano de 2003 haviam sido extremamente favoráveis devido ao lançamento da valorizada safra de 2000, fazendo com que os números tivessem ficado acima da média.

 

17-01-2005 - MINISTRO ESPANHOL COMETE GAFE ETÍLICA

Os vinhos de Bordeaux muitas vezes são considerados os melhores do mundo. Tal opinião, a primeira vista perfeitamente compreensível, no entanto parece não ter agradado muito aos produtores espanhóis quando emitida por seu ministro de Relações Exteriores. Miguel Ángel Moratinos, enófilo (e francófilo) assumido, ainda declarou em entrevista ao jornal El País que “a sua especialidade são os vinhos de Bordeaux”. A cândida declaração recebeu furiosas críticas por parte da Federação Espanhola do Vinho (FEV). De acordo com a nota publicada, “se caso um embaixador espanhol admitisse que não conhece os vinhos do país já seria algo lamentável, o fato de o ministro das Relações Exteriores dizer que conhece melhor os vinhos franceses é uma retrocesso imenso para com os vinhos espanhóis.”. O presidente da entidade, Pau Roca, ainda provocou o ministro, convidando-o a visitar qualquer vinícola espanhola e provar os vinhos nacionais “a fim de remediar sua ignorância”.

 

17-01-2005 - TRADICIONAL CHÂTEAU BROWN MUDA DE DONO

A família Yvon Mau, em parceria com a empresa holandesa Dirkzwager, comprou a maior parte de uma das mais antigas vinícolas de Bordeaux, o Château Brown, localizado em Pessac-Léognan. O antigo proprietário, Bernard Barthe, manteve uma pequena parcela da empresa, mas o controle de fato agora está nas mãos de Jean-Christophe Mau, diretor da Yvon Mau Négociants, que atualmente faz parte do conglomerado Freixenet, e do Château Preuillac, do Médoc, no qual a Dirkzwager também é parceira. No entanto, Jean-Christophe afirmou que a transação teve caráter familiar e não envolve a Freixenet, por se tratar de um investimento em Bordeaux, região à qual a família Mau se encontra muito ligada. Segundo ele, o Château Brown também continuará sendo vendido por diversos negociantes, e não apenas pela empresa que ele dirige. Além disso, o enólogo que trabalhará com os vinhos tintos da casa já foi anunciado: Stéphane Derenoncourt, considerado um dos enólogos mais polêmicos de Bordeaux. A história do castelo remonta ao século XII, quando a região da Aquitânia era controlada pela Inglaterra. O nome foi dado pelo negociante escocês John Lewis Brown.

 

NOTÍCIAS ANTERIORES - 2004:

13-12-2004 – LIVROS BRASILEIROS RECEBEM PRÊMIO INTERNACIONAL

O prêmio GOURMAND WORLD COOKBOOK AWARDS 2004 da categoria Rest of the World for Books in Brasil foi concedido ao crítico de vinhos AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT por seu livro “O ADMIRÁVEL NOVO MUNDO DOS VINHOS E AS REGIÕES EMERGENTES”, da Editora Senac. O livro “OS SABORES DA SICÍLIA”, da chef MARIA MONTANARINI, da mesma editora, foi escolhida como melhor livro na categoria de melhor livro de cozinha italiana escrito fora da Itália. Ambos os livros concorrerão ao título “BEST IN THE WORLD”, com os melhores do mundo em todas as categorias. O prêmio final será em fevereiro de 2005 na Suécia, em jantar de gala com a presença do rei sueco. A lista dos vencedores em todas as línguas estará disponível no site www.cookbookfair.com.

 

13-12-2004 – KWV DEMITE ENÓLOGOS IMPLICADOS EM ESCÂNDALO DE ADULTERAÇÃO

Segunda maior e a mais conhecida vinícola sul-africana, a KMW demitiu dois de seus mais renomados enólogos depois de descobrir que haviam adulterado os vinhos Sauvignon Blanc da empresa. Gideon Teron e Ian Niedwoudt, enólogos responsáveis pela elaboração do Laborie Sauvignon Blanc 2004 e do KMW Reserve Sauvignon Blanc 2004, respectivamente, foram demitidos depois de comprovado o fato de que adicionaram aromatizantes às barricas de vinho. Mais de 60 000 litros de vinho no valor de 128 000 euros terão de ser destruídos. O Laborie foi adulterado com pimenta verde e o Reserve com piracina. As duas substâncias são naturais, porém ilegais.

 

13-12-2004 – BISCOITO FINO PARA AS MASSAS

O conhecido comerciante britânico de vinhos THRESHER está decidido a “desmistificar” os vinhos finos com uma “prestige collection” que inclui alguns dos melhores nomes do Novo e do Velho Mundo do vinho. Em parceria com o comerciante LAY&WHEELER pretende lançar a coleção em suas 25 lojas pela Grã-Bretanha com a inscrição “ WINES TO DINE FOR” , alguma coisa como “Vinhos para acompanhar sua refeição”, nos rótulos. Alguns top da Borgonha como o Savigny-Les-Beaune Les Montchenevoy, de Javillier-guyot, e um Meursault de Olivier Leflaive, assim como os vinhos premium da Henschke, de Barossa Valley, Clayvin e Bordeaux e Riojas de alta qualidade fazem parte do lote. Os vinhos serão vendidos entre 10 e 40 euros. Thresher afirma que quer fazer chegar grandes vinhos aos consumidores médios. Tomara que a moda pegue também aqui no Brasil.

 

25-10-2004 – VINÍCOLAS NACIONAIS SE UNEM PARA CONQUISTAR MERCADO EXTERNO

Em associação com a Agência de Promoção de Exportações (Apex) e do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), seis vinícolas gaúchas decidiram lançar uma estratégia unificada de marketing para alavancar as exportações do produto nacional. O grupo, formado por Casa de Lantier, Aurora, Casa Valduga, Salton, Lovara e Miolo, pretende investir R$2,78 milhões num projeto conjunto denominado “Wines from Brazil”, focado especialmente nos mercados norte-americano, inglês e russo. A expectativa é de que se consiga um aumento de 88% nas vendas exteriores em relação a 2003, chegando-se a um total de US$ 455 mil. Além das ações promocionais, a verba também deve ser usada na realização de estudos a respeito do mercado consumidor, da concorrência e das condições de comércio e tarifas de cada país. Aposta-se principalmente no custo-benefício, nos certificados de qualidade compatíveis com o padrão de exigência internacional e no expressivo aumento de premiações que o vinho nacional, em especial o espumante, tem obtido ultimamente como formas de colocá-lo no foco das atenções nos mercados consumidores. O presidente da Apex, Juan Quirós, destacou os grandes investimentos que outros países sul-americanos têm recebido na área, como Argentina e Chile, e disse que pretende trazer jornalistas especializados dos países importadores para conhecer os vinhos brasileiros. De agora em diante, eles também estarão presentes nas cestas promocionais da Apex e serão servidos em eventos por ela promovidos, a exemplo do que já acontece com a cachaça.

 

25-10-2004 - GIGANTE CONSTELLATION OFERECE US$1,3 BI PELA MONDAVI

O grupo vinícola norte-americano Constellation, o maior do mundo desde a fusão com a australiana BRL Hardy´s, ofereceu aproximadamente 1,3 bilhões de dólares para comprar a tradicional Robert Mondavi Corporation. Instalada em países como Chile, EUA, Austrália, França e Nova Zelândia, a megaempresa agora tem como alvo uma das mais bem reputadas vinícolas da Califórnia. De acordo com o CEO da Constellation, Richard Sands, a negociação seria uma excelente oportunidade de crescimento para sua empresa, dada a qualidade e variedade de vinhos produzidos pela Mondavi. O proprietário, Robert Mondavi, não disse nada além de que não havia rejeitado a oferta.

 

25-10-2004 – RIEDEL E SPIEGELAU, MAIORES CONCORRENTES NO MERCADO DE TAÇAS, SE UNEM

A cristaleria austríaca Riedel anunciou que agora detém todas as ações da tradicional rival alemã Spiegelau, fundada em 1521. As duas marcas, maiores concorrentes no mercado de taças especiais, agora estão unidas devido à compra do grupo Nachtmann pela Riedel, tornando a nova empresa a maior produtora mundial de taças de vinho, com um faturamento consolidado estimado de 220 milhões de euros para este ano. As negociações para a formação do grupo Riedel-Spiegelau-Nachtmann já se estendiam por mais de dois anos e, portanto, a notícia não surpreendeu o mercado.

 

25-10-2004 – ACADEMIA DO VINHO LANÇA GUIA DE VINHOS PARA INICIANTES

A Academia do Vinho, entidade de Belo Horizonte, publicou recentemente o livro “O Mapa do Tesouro”, de Carlos Arruda. Com valor sugerido de R$13,50, aborda o universo do vinho de forma descontraída e bem humorada, sendo destinado para o grande público que deseja se iniciar na área. Editado e distribuído pela própria associação, a fim de garantir o baixo custo, o livro traz informações básicas tanto da parte prática quanto da teórica, tendo como objetivo principal desmistificar a bebida, ainda hoje vista como elitista. O livro também pode ser adquirido via Internet, no próprio site da Academia.

 

22-09-2004 – ANGELO GAJA AGORA NA MISTRAL

A importação dos vinhos do piemontês Angelo Gaja no Brasil mudou de mãos, estando agora sob os cuidados da importadora Mistral. Angelo Gaja é o monstro sagrado da vitivinicultura da Itália, sendo mesmo considerado o grande artífice da revolução de qualidade que este país experimentou nos últimos 30 anos. Foi eleito várias vezes o “Homem do Ano” pelas revista Decanter e Wine Spectator, sendo também o maior colecionador dos almejados “tre bicchieri” da revista Gambero Rosso. Para comemorar o fato, o austríaco Willi Klinger, braço direito de Gaja, está no Brasil apresentando os vinhos do Rei do Barbaresco.

 

22-09-2004 – SALTON MOSTRA SEU "TALENTO"

Chegou, finalmente, ao mercado o tão aguardado vinho top de linha da Salton. Elaborado a partir de 3 uvas (Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat), o Talento é produto do trabalho de dois renomados enólogos: o brasileiro Lucindo Copat e o argentino Angel Mendoza (ex-Bodegas Trapiche). O vinho obteve ótima receptividade da crítica especializada e deve marcar época na produção nacional. Leia mais a respeito em breve na seção VINHO DO MÊS.

 

22-09-2004 – KIRCHNER ASSINA PLANO ESTRATÉGICO DE EXPORTAÇÃO

Em reunião realizada na Casa Rosada, o presidente argentino, Néstor Kirchner assinou, juntamente com os governadores de Mendoza, San Juan, La Rioja e Río Negro, principais estados produtores de vinho do país, decreto que estabelece um Plano Estratégico para o setor. As metas são de elevar as exportações de vinhos do país dos atuais 300 milhões de dólares para 2 bilhões até o ano de 2020. De acordo com José Luis Gioja, governador de San Juan, o dinheiro virá da própria indústria e o Estado não deverá investir “um só peso argentino”. Entre os projetos, estão a criação de uma identidade do vinho argentino, a luta por melhores acordos internacionais e mais pesquisas de varietais.

 

22-09-2004 – VEUVE CLICQUOT, CHAMPAGNE COM ELEGÂNCIA

Fiel ao seu espírito inovador, a Veuve Clicquot lançou a Clicquot Ice Jacket. Trata-se de uma roupa de mergulho em neoprene, com toque de alta costura, que veste a garrafa e mantêm a temperatura do champagne por até 2 horas. Esta embalagem térmica, confeccionada na tradicional cor salmão da Maison, ajusta-se perfeitamente à garrafa e é ideal para consumir a bebida na praia, à beira da piscina ou em piqueniques, substituindo o balde de gelo.

 

22-08-2004 – CIENTISTAS ALERTAM CALIFÓRNIA SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL

Um estudo liderado pelo Departamento de Ecologia Global da Universidade de Stanford, Califórnia, feito juntamente com outros grupos de cientistas atuantes na área do meio ambiente chegaram a conclusões alarmantes quanto aos efeitos do aquecimento global nesse estado até o final do século. Uma conjunção do aumento de temperatura e da redução da umidade, com ondas quentes ocorrendo até sete vezes mais do que no presente, com idêntico aumento no número de mortes causadas pelo calor, além do derretimento de até 90% das neves eternas da Sierra Nevada, condenaria a indústria do vinho ao fim, por problemas de temperatura e falta de irrigação. Esse possível cenário foi alcançado com base nas estatísticas pessimistas de emissão de gases do efeito estufa para as próximas décadas. Porém, mesmo as possibilidades mais otimistas não descartam um sério agravamento de condições para culturas que necessitam de irrigação, como a da uva. A Califórnia tem tomado nos últimos anos medidas mais rígidas para diminuir a emissão de gases; no entanto, elas ainda são insuficientes, principalmente ao se considerar que na maioria dos demais estados norte-americanos não existe este tipo de preocupação com o meio ambiente.

 

22-08-2004 – ÁLCOOL PODE MELHORAR FUNÇÕES COGNITIVA, DIZEM INGLESES

A Universidade de Londres publicou no American Journal of Epidemiology um polêmico estudo envolvendo bebidas alcoólicas e atividades cognitivas. De acordo com essas pesquisas, consumidores habituais de álcool, especialmente mulheres, possuem funções cognitivas melhores do que os abstêmios. Diferentes testes aplicados envolveram pessoas que consumiam de uma a trinta doses por semana, abstêmios e consumidores regulares que passaram por uma semana de abstenção antes da pesquisa. Esse últimos ficaram posicionados, em média, entre os dois outros grupos. “Quanto à função cognitiva, descobrimos que beber regularmente pode ser mais benéfico do que apenas em ocasiões especiais”, disseram os autores. No entanto, ainda não se sabe exatamente se os benefícios se devem apenas ao álcool: os consumidores tendiam a ganhar mais e a ter escolaridade superior aos não-consumidores. Além disso, os já comprovados efeitos do álcool na melhora de atividades vasculares também pode auxiliar nos resultados. A pesquisa partiu do estudo Whitehall, desenvolvido nos anos 90, que envolvia diversos outros hábitos dos ingleses. A partir do banco de dados do Whitehall, selecionaram-se os pesquisados para esse novo teste. O alerta dos cientistas é de que a melhora nas condições cognitivas pode ser superada por outros danos à saúde e riscos de acidentes causados pelo consumo excessivo de álcool.

 

22-08-2004 – MAIOR VINÍCOLA DA NOVA ZELÂNDIA MUDA DE NOME

A Montana Wines, que processa aproximadamente um terço da produção de uvas da Nova Zelândia, foi rebatizada como Allied Domecq Wines NZ Limited, deixando assim explícito no nome que a vinícola faz parte da multinacional inglesa de bebidas Allied Domecq, aquisição ocorrida em 2001. Todos os vinhos da Montana, até o fim dos anos 80, eram vendidos sob essa marca. No entanto, na década seguinte, a companhia passou a ter diversas marcas no mercado, por ter instalado novas vinícolas e comprado outras já existentes. Além disso, o nome Montana não era usado nos EUA e no Canadá devido à existência de uma estado homônimo no norte dos EUA. Assim, a estratégia unifica nomenclaturas e firma a agora total posse da Montana pela Allied Domecq.

 

30-07-2004 – FRANÇA REAGE À PERDA DE MERCADO COM MEDIDAS HISTÓRICAS

Frente à conjunção de um aumento de produção e uma queda nas exportações, representantes de vinícolas francesas se reuniram a autoridades governamentais para estabelecer medidas a fim de reverter esse quadro de crise enfrentado pelo setor. Com a ascensão de países como Argentina, Chile e Nova Zelândia, dentre outros, cujos vinhos normalmente tem um custo muito mais acessível ao consumidor internacional, a França perdeu significativas parcelas do mercado de países que produzem bem menos do que consomem, como Alemanha e Canadá. No total, as exportações francesas de vinho no primeiro trimestre do ano tiveram redução de 7% em valor e 4,6% em volume se comparadas ao mesmo período de 2003, enquanto no ano passado as vendas externas dos países do Novo Mundo aumentaram em 20% em relação a 2002. Dentre as polêmicas medidas a serem autorizadas pelo Ministério da Agricultura francês, está a permissão do uso do critério varietal nos rótulos de seus vinhos (exibição das uvas usadas na composição do vinho) em adição ao regional, o que garantiria maior informação ao consumidor leigo, e até mesmo a autorização para utilização de chips (lascas) de carvalho no lugar de barricas para aromatizar o vinho a um custo menor; esta segunda medida, no entanto, também necessita de autorização da União Européia. Haverá também um incremento de 50% na verba pública destinada à promoção das exportações.

 

30-07-2004 – FALECE AOS 92 ANOS O ENÓLOGO FRANCÊS EMILE PEYNAUD

No dia 21 deste mês faleceu na França o enólogo, professor e escritor do mundo vinícola Emile Peynaud. Considerado o pai da enologia contemporânea, Peynaud iniciou sua carreira aos quinze anos, na bordalesa Maison Calvet. Desde então, escreveu centenas de artigos científicos em publicações especializadas, publicou livros que abordavam tanto a degustação do vinho como a parte da enologia e desenvolveu diversos estudos no departamento de enologia da Universidade de Bordeaux. Além disso, sua influência foi crucial para redefinir o modo de fabricação do vinho na região de Bordeaux por muitas décadas, o que conseqüentemente acarretou a difusão de suas técnicas por diversas outras regiões vinícolas do mundo. Como principais marcas de seu estilo de vinificação estão a seleção rigorosa das uvas tanto quanto à sanidade como em relação à maturidade, grande habilidade na extração dos taninos e o controle da temperatura da fermentação. Emile Peynaud chegou a trabalhar como consultor para 70 propriedades diferentes ao mesmo tempo, dentre as quais o Château Margaux, abrindo mão de descansar aos fins de semana a fim de poder visitar todas as plantações. Mesmo depois de aposentado, ele continuou a prestar serviços a vinícolas de outros países, como Espanha, Itália e Grécia.

 

30-07-2004 – ROSCA ADOTADA EM EXPERIÊNCIA COM SEGUNDO VINHO DO CHÂTEAU MARGAUX

Paul Pontallier, diretor do renomado Château Margaux, uma das mais tradicionais vinícolas de Bordeaux, anunciou o início de experiências usando garrafas com tampa de rosca para o segundo vinho da casa, o Pavillon Rouge. Ele diz que “está pronto para usar qualquer coisa [que substitua com eficácia as rolhas tradicionais], desde que funcione”. Um pequena parcela do vinho produzido em 2002 será engarrafada usando este novo método, a fim de se verificar se os benefícios por ele causados para vinhos brancos também podem se estender a vinhos tintos jovens. Essa embalagem começou a ser experimentada, obtendo especial sucesso entre os brancos neozelandeses, como tentativa de evitar o bouchonée, fungo que afeta uma parcela das rolhas naturais e estraga o vinho. Pontallier ressaltou a boa aceitação que essa experiência tem tido entre vinícolas da região, porém lembrou que ainda não é possível prever como um vinho de guarda, como o top Château Margaux, se comportaria nesse invólucro após vinte ou mais anos, destacando que é necessário ter cautela antes de realizar uma mudança tão drástica.

 

12-07-2004 – TERRAZAS E VALDUGA PREMIADAS EM CONCURSO NOS EUA

A San Francisco International Wine Spirits Competition, realizada entre os dias 11 e 13 de junho, escolheu a vinícola Terrazas de los Andes, do conglomerado de luxo francês LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy), como a melhor vinícola argentina. O júri formado por jornalistas e escritores especializados e grandes profissionais da indústria do vinho avaliou 946 vinícolas de 21 países diferentes. O painel completo de premiações pode ser encontrado no site www.sfwinecomp.com. A linha Terrazas de los Andes é líder de vendas no Brasil entre os importados na categoria premium (acima de R$25,00). Também nesse concurso, a gaúcha Casa Valduga teve seu Espumante Moscatel Safra 2003 premiado com uma Medalha de Prata. Ele foi elaborado pelo processo Asti, de fermentação única, com a uva Moscato Bianco, e dessa forma possui baixa graduação alcoólica (8ºGL) e sabor adocicado, sendo classificado como espumante de sobremesa.

 

12-07-2004 – VINÍCOLA MIOLO LANÇA LOJA VIRTUAL PARA COMPRAS VIA INTERNET

O representante em Porto Alegre da Vinícola Miolo inaugurou uma loja virtual, a Miolo Shop (www.mioloshop.com.br), para vendas pela internet. Com isso, será possível atingir a um maior número de consumidores de diferentes regiões do país. Além da venda dos vinhos da Miolo, incluindo os recém lançados Quinta do Seival e Cuvée Giuseppe, o site também traz informações sobre a vinícola, matérias e dicas de escolha de vinhos, de acordo com as preferências do cliente. A promoção de lançamento dá uma garrafa grátis de espumante Moscatel 300ml para compras acima de 100 reais.

 

12-07-2004 – SBAV-RS DE PORTO ALEGRE INAUGURA SITE PRÓPRIO

A sucursal da Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (SBAV) de Porto Alegre (RS) inaugurou na última semana seu site próprio. Nele, é possível encontrar artigos, notícias, entrevistas, se informar a respeito dos eventos a ser realizados e consultar os livros disponíveis na biblioteca da sede, entre outras coisas. O endereço é www.sbav.com.br e já está incluído na seção "Links" do Degustadores Sem Fronteiras.

 

12-07-2004 – PRODUTORES TOP MUNDIAIS SE UNEM CONTRA TRANSGÊNICOS

Um grupo de renomados produtores de vinho denominado Terre et Vin du Monde (Terra e Vinho do Mundo, em francês) se declarou contrário à realização de teste de modificação genética em videiras. A entidade, que tem entre seus 400 membros vinícolas tradicionais como Château Latour, Domaine de la Romanée Conti e Vega Sicilia foi formada quando experiências genéticas com videiras começaram a ser realizadas na França, em 1999, pelo Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola de Colmar, na região da Alsácia. Anteriormente favorável a uma moratória aos transgênicos, agora a Terre et Vin du Monde se declarou totalmente contrária à intenção do Instituto de realizar estudos de campo envolvendo cavalos (suportes de raiz das videiras) modificados com a finalidade de evitar uma espécie de doença degenerativa denominada court-noué. O temor dos produtores é de que possa haver contaminação das videiras não-modificadas próximas ao local. O Institut National des Appellations d´Origine (INAO), que controla as demarcações legais das regiões vinícolas francesas, decidiu pelo banimento dos transgênicos nas regiões de AOC, porém o ministro da Agricultura francês ainda não ratificou essa norma.

 

14-06-2004 – PREÇOS DOS PREMIER CRU DE BORDEAUX ESTÃO EM ALTA

Saíram esta semana os preços no mercado futuro da safra de 2003 dos cinco Premier Cru de Bordeaux, apontando para uma significativa alta.Os Châteaux Lafite-Rothschild, Margaux, Mouton-Rothschild e Haut-Brion anunciaram que venderão seus vinhos aos negociantes de Bordeaux por 120 euros a garrafa, enquanto o Château Latour será vendido por 130 euros. Estes preços soa o dobro dos preços iniciais do ano passado (safra de 2002), que tiveram sua cotação inicial entre 60 e 65 euros.

 

10-06-2004 – TALENTO, NOVO VINHO DA SALTON, FOI DESTAQUE EM DEGUSTAÇÃO

O italiano Enrico Bernardo, eleito o melhor sommelier da Europa em 2002 e chefe dos sommeliers do Hotel George V, de Paris, classificou o vinho TALENTO, da Vinhos Salton, em primeiro lugar em uma degustação às cegas com os 7 melhores vinhos brasileiros. O novo vinho premium da Salton – um corte das uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat, produzido na Serra Gaúcha – deverá chegar ao mercado em setembro deste ano.

 

14-06-2004 – CRU CLASSÉ BRANCO É PRIMEIRO VINHO DE ROSCA DE BORDEAUX

Aderindo a um tipo de embalagem cada vez mais popular no Novo Mundo, o Châteaux Couhins-Lurton 2003, Cru Classé branco da sub-região de Graves, começará a ser vendido com uma tampa de rosca em vez da tradicional rolha em alguns países da Europa. De acordo com a assessoria dos vinhedos André Lurton, a mudança visa garantir maior frescor do vinho, já que havia reclamações a respeito da fragilidade do produto. “Acreditamos que o vinho se tornou mais frágil, e temos tido problemas com o frescor em alguns brancos. Isso deve acabar e nós precisamos nos adaptar às mudanças do gosto dos consumidores”. Cada vez mais vinícolas têm procurado substituir as tradicionais rolhas de cortiça por modos mais modernos de lacrar seus vinhos a fim de evitar o problema do “bouchonée”, fungo que ataca em média 3 a 4% das rolhas e prejudica a qualidade da bebida.

 

16-05-2004 – DOCUMENTÁRIO FAZ RETRATO POLÊMICO DO MUNDO DO VINHO

Incluído de última hora na mostra competitiva do Festival de Cannes, o documentário "Mondovino", de Jonathan Nossiter, promete criar grande polêmica no mundo vinícola. O foco do filme são os bastidores da poderosa indústria do vinho, em especial americana e francesa, concentrando-se especialmente em um “lado podre” em que estariam presentes os grandes produtores californianos, enólogos prestigiados e até o mais reputado degustador do mundo, Robert Parker. Além de acusar as corporações de uniformizar o sabor das bebidas para torná-las mais fáceis de se beber ao redor do mundo – retratados em contraposição aos pequenos "terroiristas" tradicionais (os que valorizam o "terroir" da região plantada) – e de explorar trabalhadores mexicanos, Nossiter acusa Parker de possuir peso excessivo na definição da qualidade dos vinhos, podendo levar empresas a despontar ou falir. Por causa desse poder, Nossiter sugere até que Parker está envolvido em esquemas com enólogos famosos, que se ofereceriam a vinícolas após uma nota ruim dada pelo degustador, que melhoraria a pontuação dos vinhos nos anos seguintes à contratação. A curiosidade é que até mesmo o Vale do São Francisco é citado no documentário, por sua localização exótica e pelo fenômeno das 2,5 safras anuais. O diretor planeja elaborar a partir do filme uma minissérie em dez episódios de uma hora cada.

 

16-05-2004 – ANUNCIADA VINDA DE MICHEL ROLLAND AO BRASIL

A Vinícola Miolo divulgou recentemente que o famoso enólogo francês Michel Rolland virá ao Brasil no início do mês de junho para o lançamento de três novos vinhos da empresa que contaram com seu envolvimento: o Quinta do Seival, produzido com uvas de castas portuguesas na região da Campanha, área meridional do Rio Grande do Sul em que a Miolo recentemente se instalou; o Cuvée Giuseppe, corte composto por Cabernet Sauvignon e Merlot da Serra Gaúcha; e o Terranova Cabernet/Shiraz, produzido no Vale do Rio São Francisco, Bahia. O investimento da Miolo em novas plantações, mudas e tecnologia, entre outros fatores, chegou a R$ 44 milhões nos últimos cinco anos.

 

16-05-2004 – GRAND HYATT REALIZA CONCURSO EM ASSOCIAÇÃO COM VINOPRES

Ocorreu no início do mês, no Grand Hyatt São Paulo, o concurso “Hyatt Wine Awards” de vinhos brasileiros, organizado pela Vinopres, criadora do Concours Mondial de Bruxelles, em parceria com a revista Vinho Magazine. A peculiaridade da versão nacional foi a realização também do “Hyatt Cachaça Awards”, no qual diversos destilados de cana também foram avaliados pelo júri, formado por 18 membros: seis jornalistas estrangeiros, seis jornalistas especializados do Brasil, indicados pela Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores do Vinho (ABJEV), entre os quais Aguinaldo Záckia Albert, do DSF, e seis enólogos brasileiros, indicados pela Associação Brasileira de Enologia (ABE). O evento, apoiado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN), teve um total de 155 vinhos inscritos, sendo 42 deles premiados; a etapa de cachaças recebeu 26 exemplares, ds quais oito receberam prêmios. O vinhos que receberam o prêmio máximo (Grandes Medalhas de Ouro) foram: Casa Amaro Reserva Cabernet Sauvignon 2003, Doppio A Grande Reserva Cabernet Sauvignon 2002, Miolo Quinta do Seival 2003, RAR Reserva da Família Cabernet Sauvignon/Merlot 2002 e Reserva Miolo Merlot 2000.

 

21-04-2004 – ANTINORI COMEÇA A PRODUZIR VINHO NO CHILE

Reconhecendo o enorme potencial vitivinícola do Chile, Piero Antinori, um dos maiores e mais tradicionais nomes do vinho na Itália, associou-se ao produtor chileno Eduardo Matte (Haras de Pirque) para produzir um vinho de alta estirpe. Trata-se do ANTINORI-MATTE ALBIS MAIPO VALLEY 2001, um blend composto de 85% da uva Cabernet Sauvignon e 15% de Carmenère, uvas essas oriundas dos vinhedos de Haras de Pirque. O vinho foi elaborado a quatro mãos, uma parceria do enologo chileno Álvaro Espinoza com o italiano Renzo Cotarella. Foram produzidas 5 000 caixas, mas o objetivo é alcançar 10 000 nos próximos anos. O vinho custa U$ 55,00 no mercado norte-americano e obteve 91 pontos na avaliação da revista WINE SPECTATOR.

 

21-04-2004 – UVIBRA DIVULGA NOVOS NÚMEROS SOBRE O VINHO NO BRASIL

Segundo dados da UVIBRA – União Brasileira de Vitivinicultura, em 2003 o Brasil produziu 43.367.979 kgs de uvas viníferas e 339.744.071 kgs de uvas comuns, totalizando 383.112.050 kgs. A produção de vinhos de uvas viníferas foi de 203.918.885 litros, e a produção de vinho de uvas comuns foi de 179.280.945, totalizando 203.199.830 litros. Porém, cerca de 51% dos vinhos finos disponíveis no mercado brasileiro são importados. De janeiro a novembro de 2003, o Brasil trouxe do exterior 22.916.034 litros de vinhos finos, sendo o Chile líder, com 29,3% do mercado de importados, seguido por Argentina, Itália, Portugal, França, Uruguai, Alemanha, Espanha e EUA, nesta ordem. No entanto, os espumantes nacionais já superam os importados em quantidade, com a marca de 4.880.128 litros (68,9% do total). O maior exportador de espumantes para o mercado brasileiro foi a Itália, com 44,2% do segmento, seguida pela França (41,3%) e pela Espanha (7,4%). Quanto às exportações, o investimento das vinícolas nacionais em tecnologia deu resultado. Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), em 2002 o Brasil exportou 2.013.803 litros de vinho de mesa para o Paraguai, 135.602 litros para o Japão e 23.328 litros para a Finlândia, além de 39.960 litros de espumante para a Colômbia. Países como Angola, Alemanha, Bolívia, EUA, França, Honduras e Japão também importaram vinhos de mesa e espumantes brasileiros.

 

28-03-2004 - VINHATEIROS ARGENTINOS DISPUTAM O TÍTULO DE “VINHEDO MAIS ALTO DO MUNDO”

De um lado o multimilionário suíço Donald Hess, famoso pelo “Hess Colection” produzido no Napa Valley, e que agora investe na província de Salta, Argentina; do outro, Raúl Dávalos, dono do vinhedo de Tacuil, vizinho ao vinhedo experimental de Hess em El Arenal. Ambos disputam o título de terem o vinhedo em maior altitude do planeta. Os dois hectares de Hess, situados a 3015 m. de altitude, foram comprados em 1998 do próprio Dávalos, e nele foram plantadas várias castas: Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot, Chardonnay e Tannat. Sua primeira safra é esperada para 2006. Dávalos, com seis hectares plantados a 2 596 m., já produz vários vinhos (Cabernet Sauvignon, Malbec e Sauvignon Blanc), e é, sem dúvida, o vinhedo mais alto já produzindo comercialmente. A disputa deve prosseguir, pois ambos pretendem plantar seus sarmentos ainda mais alto em futuros empreendimentos, o que permitirá mais estudos sobre a cultura da videira em altitudes limite. Situada bem mais ao norte de Mendoza, Salta é um lugar bastante quente e o plantio em altitude é uma forma de compensar sua latitude pouco adequada ao plantio da uva vinífera. Apesar do ardor competitivo, a disputa vem se realizando num clima de grande cordialidade entre ambos.


28-03-2004 - LANÇADO O MUMM EGO, PRODUTO TRINACIONAL EM PEQUENAS QUANTIAS

A associação entre a inglesa Allied Domecq, a francesa GH MUMM et Cie e as terras argentinas de Mendoza resultou em um novo espumante, o Mumm Ego, vendido em uma pouco convencional garrafa de 250 ml, 1/3 do padrão. De acordo com release da empresa, o público-alvo são os jovens freqüentadores de festas e casas noturnas. A tradicional casa francesa MUMM, adquirida em 2000 pela Allied Domecq, tem como símbolo a faixa vermelha (“cordon rouge”) no rótulo e é conhecida por produzir o champagne oficial da Fórmula 1. Há alguns anos, o grupo adquiriu terras em Mendoza, atraído pelo destaque que tem sido dado a essa região por suas condições naturalmente favoráveis à produção de vinhos, e já comercializa o espumante Mumm Cuveé Spéciale lá produzido desde outubro de 2003. O Mumm Ego é esse mesmo vinho em invólucro individual, tendo preço sugerido de R$ 13,00.

 

21-03-2004 - 2004: SAFRA EXCEPCIONAL PARA O VINHO BRASILEIRO

São Pedro mais uma vez resolveu ser generoso com os produtores gaúchos. As fortes chuvas que se abateram sobre as regiões Sudeste e Nordeste no início do ano – as quais são prejudiciais aos vinhedos em época de colheita – pouparam a região Sul, que teve assim uma estação seca, ideal para a obtenção de uvas suficientemente maduras que possam gerar vinhos bem concentrados, de alta qualidade e mais longevos. A expectativa dos produtores da Serra Gaúcha é de que os vinhos de 2004 cheguem ao nível ou até superem a qualidade das safras históricas de 1991, 1999 e 2002, ainda mais considerando-se os crescentes investimentos em tecnologia na área de vinificação. Os melhores tintos da linha reserva de 2004 devem chegar ao consumidor em dois anos; brancos, espumantes e tintos leves, no entanto, já estarão disponíveis a partir deste ano. Vamos aguardar para conferir.

 

21-03-2004 - VAZAMENTO DE DOSSIÊ ESQUENTA DEBATE SOBRE VINHO NA FRANÇA

O jornal francês Libération antecipou proposta do programa governamental de saúde de reduzir o consumo de álcool em até 20% por pessoa nos próximos cinco anos. O relatório oficial vazado prevê uma redução de até 50% no consumo de vinhos na França nesse período, e segue recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), que indica um limite de três taças diárias para homens e duas para mulheres. No entanto, ainda não há uma decisão formal do governo, apenas discussões, de acordo com o porta-voz do grupo interministerial que formula políticas antidrogas. Os produtores franceses se encontram em uma crise devido à queda tanto nas exportações quanto no consumo interno; porém, a “Vin et Societé”, entidade que agrega diversos viticultores, alegou que não há conflito de interesses entre essa nova proposta do governo e as reivindicações do grupo, dentre as quais está a diminuição nas restrições à propaganda de bebidas alcoólicas.

 

20-02-2004 - ABE PROMOVE CURSO DE DEGUSTAÇÃO DE UVAS

Cerca de 60 profissionais do setor vitivinícola participaram, no dia 9 de fevereiro, do curso de Análise Sensorial de Uvas promovido pela Associação Brasileira de Enologia (ABE) em Bento Gonçalves. O programa foi conduzido por Dominique Delteil, diretor científico do Institut Cooperatif du Vin de Montpellier e perito da OIV na França, com diversos artigos publicados em revistas especializadas no mundo todo. A técnica de análise ensinada no curso visa complementar o estudo físico-químico da uva (açúcar, acidez, etc.), com a vantagem de ter baixo custo, podendo-se avaliar as características mecânicas das bagas, o equilíbrio ácido, o potencial aromático e a qualidade dos polifenóis. Os participantes também puderam ampliar seus conhecimentos no que diz respeito aos componentes da uva que influenciam na decisão do melhor momento para a colheita.

 

20-02-2004 - ADESÃO DO BRASIL À OIV AVANÇA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade, hoje pela manhã, a adesão do Brasil à Organização Internacional do Vinho (OIV). A matéria passa ainda por mais duas comissões até chegar a Plenário. Se aprovada a proposta, o Brasil estará oficialmente inserido na OIV, principal organismo de caráter técnico-científico da vitivinicultura mundial. Na prática, o país passará a ter maior comprometimento com normas internacionais de qualidade, vindo, assim, a ter maiores possibilidades de conquista do mercado externo. Em 2001, foi assinada a aceitação aos termos do estatuto do organismo por representantes da cadeia produtiva da uva e do vinho nacional. O Brasil participa da Organização na condição de observador desde 1995.


20-02-2004 - CIENTISTAS APOSTAM NA FÍSICA PARA CONTROLAR PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Estudos de cientistas têm buscado interferir no envelhecimento do vinho por meio do controle do comportamento dos taninos com foco na física, em vez da química, campo que normalmente é o mais investigado. Os taninos são um dos fatores determinantes do potencial de envelhecimento do vinho tinto. Na pesquisa realizada por um laboratório de Paris, busca-se comprender a relação da estrutura e do modo de polimerização (união) das partículas de tanino com as características de adstringência e conservação do vinho. O controle da taxa de polimerização possibilitaria a aceleração ou redução do processo de amadurecimento do vinho, já que a união das partículas de tanino devido a interações físicas as torna “pesadas”, formando o precipitado conhecido como “borra”, tornando o vinho menos adstringente.

 

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